Cesta na Rede, toda Sexta na Rede...
Por Marcelo Suwabe
Só nos resta torcer
O ano era 1992. Uma expectativa muito grande rondava o coração de nós torcedores: Será que nossas meninas iriam finalmente participar de uma Olimpíada?
Paula e Hortência ainda eram as estrelas de nossa seleção feminina de basquete. E pasmem, apesar de serem consideradas duas das melhores jogadoras do mundo em sua época, nunca tinham participado de uma olimpíada.
A imprensa fazia uma grande cobertura sobre a situação. Paula e Hortência iam a programas de televisão contar sobre seus medos, seus anseios e ansiedades. Elas já estariam ficando velhas para os padrões do basquete feminino da época. Ambas, na casa dos 30 anos de idade, teriam a última oportunidade de estar na maior competição esportiva do mundo e sonho de qualquer atleta.
O Pré-olímpico veio. Sofrido, abria vaga apenas para três equipes. Era quase um mundial à parte. Havia pelo menos oito equipes com chances de chegar à classificação. Isto, sem se esquecer daquelas que ficaram pelo meio do caminho na pré seleção continental. Exatamente isto, havia, para o Pré Olímpico de Vigo na Espanha, um "Pré-Pré-Olímpico".
O Brasil fez um torneio muito irregular, perdendo logo de cara seu principal jogo contra a Tchecoslováquia. Depois perdeu para a China e viu suas chances de classificação ficarem quase nulas. Para se classificar, teria que vencer a Austrália que era o grande bicho papão da época e ainda torcer para um conjunto de resultados.
Quase como por milagre e depois de duas prorrogações, o Brasil bateu a Austrália por apenas dois pontos de diferença. Na última rodada venceu a Itália da temível Catarina Pollini e teria que esperar uma vitória da Tchecoslováquia, que já estava desclassificada, sobre as temíveis Australianas.
O jogo foi cercado de muita expectativa. Apesar das brasileiras não estarem em quadra, a rede globo de televisão transmitiu o duelo entre Austrália e Tchecoslováquia ao vivo. O jogo foi equilibrado do inicio ao fim. As câmeras filmavam cada reação das nossas meninas que estavam de mãos dada nas arquibancadas. Paula, Hortência e cia festejavam cada cesta das européias e ficavam aflitas a cada revés australiano. Novamente, como por milagre, a Tchecoslováquia deu a vitória para nós brasileiros e, junto com ela, a tão sonhada classificação para as Olimpíadas.
Classificar-se para o torneio de Basquete Feminino, na época, era fazer parte de uma elite, de um grupo seleto de apenas oito equipes. O Brasil cumpriu sua missão. Nossas meninas, apesar de cambaleando, levaram finalmente nosso basquete feminino a uma olimpíada. Paula e Hortência poderiam ter finalmente uma aposentadoria de glória.
Hoje, às vésperas da fase final do torneio Pré-Olímpico das Américas, que classifica uma equipe para Atenas 2004, mais uma vez a mesma pergunta de 11 anos atrás ronda a cabeça de nós torcedores:
Será que vamos nos classificar para as olimpíadas?
Só nos resta torcer.
Por Marcelo Suwabe
Só nos resta torcer
O ano era 1992. Uma expectativa muito grande rondava o coração de nós torcedores: Será que nossas meninas iriam finalmente participar de uma Olimpíada?
Paula e Hortência ainda eram as estrelas de nossa seleção feminina de basquete. E pasmem, apesar de serem consideradas duas das melhores jogadoras do mundo em sua época, nunca tinham participado de uma olimpíada.
A imprensa fazia uma grande cobertura sobre a situação. Paula e Hortência iam a programas de televisão contar sobre seus medos, seus anseios e ansiedades. Elas já estariam ficando velhas para os padrões do basquete feminino da época. Ambas, na casa dos 30 anos de idade, teriam a última oportunidade de estar na maior competição esportiva do mundo e sonho de qualquer atleta.
O Pré-olímpico veio. Sofrido, abria vaga apenas para três equipes. Era quase um mundial à parte. Havia pelo menos oito equipes com chances de chegar à classificação. Isto, sem se esquecer daquelas que ficaram pelo meio do caminho na pré seleção continental. Exatamente isto, havia, para o Pré Olímpico de Vigo na Espanha, um "Pré-Pré-Olímpico".
O Brasil fez um torneio muito irregular, perdendo logo de cara seu principal jogo contra a Tchecoslováquia. Depois perdeu para a China e viu suas chances de classificação ficarem quase nulas. Para se classificar, teria que vencer a Austrália que era o grande bicho papão da época e ainda torcer para um conjunto de resultados.
Quase como por milagre e depois de duas prorrogações, o Brasil bateu a Austrália por apenas dois pontos de diferença. Na última rodada venceu a Itália da temível Catarina Pollini e teria que esperar uma vitória da Tchecoslováquia, que já estava desclassificada, sobre as temíveis Australianas.
O jogo foi cercado de muita expectativa. Apesar das brasileiras não estarem em quadra, a rede globo de televisão transmitiu o duelo entre Austrália e Tchecoslováquia ao vivo. O jogo foi equilibrado do inicio ao fim. As câmeras filmavam cada reação das nossas meninas que estavam de mãos dada nas arquibancadas. Paula, Hortência e cia festejavam cada cesta das européias e ficavam aflitas a cada revés australiano. Novamente, como por milagre, a Tchecoslováquia deu a vitória para nós brasileiros e, junto com ela, a tão sonhada classificação para as Olimpíadas.
Classificar-se para o torneio de Basquete Feminino, na época, era fazer parte de uma elite, de um grupo seleto de apenas oito equipes. O Brasil cumpriu sua missão. Nossas meninas, apesar de cambaleando, levaram finalmente nosso basquete feminino a uma olimpíada. Paula e Hortência poderiam ter finalmente uma aposentadoria de glória.
Hoje, às vésperas da fase final do torneio Pré-Olímpico das Américas, que classifica uma equipe para Atenas 2004, mais uma vez a mesma pergunta de 11 anos atrás ronda a cabeça de nós torcedores:
Será que vamos nos classificar para as olimpíadas?
Só nos resta torcer.
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