Encerrada a segunda rodada, já posso dizer algumas palavrinhas sobre o Nacional.
Primeiro, parece que as equipes paulistas (que jogam no Estado de São Paulo) vão voltar ao domínio da competição, depois de um tempo de predomínio das equipes paulistas que vestiam a camisa de outros estados.
A líder provisória Unimed/Americana ainda sente a falta de Helen, mas se virou bem nas rodadas iniciais com o time que foi vice-campeão paulista. Campeonato aliás, que Americana dominou na primeira fase, mas que acabou perdendo de forma apática, parecendo que assistia uma minissérie: Presença de Janetita. O torcedor de Americana deve esperar por um time mais firme, com ou sem Helen. O retorno da capitã, uma boa temporada de Silvinha e a manutenção do bom padrão de jogo das pivôs Êga e Geisa, refrescadas agora pela lituana Reda, e ainda um rexvezamento eficiente com o jovem e talentoso banco serão fatores fundamentais para o sucesso do time de Paulo Bassul.
A primeira grande surpresa do Nacional, o São Paulo/Guaru, parece querer renascer das cinzas depois da tenebrosa campanha no Paulista. E até agora, o time tem conseguido. Conta com o retorno da armadora Sandrinha, alma da equipe em suas temporadas mais bem sucedidas, com a boa chegada da pivô Érika, que espero que apague dos torcedores as suas atuações apáticas na China e com as pivôs Ana Lúcia e Pontello. Nas laterais, um dos pontos de instabilidade do time, Íris, Palmira e Tayara tem se revezado. A revelação Gilmara está contundida, e o técnico Alexandre Catto perde essa valiosa atleta.
Outra boa surpresa é o Dom Bosco, do Mato Grosso do Sul, uma equipe bem-armada pelo técnico Antônio Vendraminni, que mesmo com pouco tempo de treinamento, parece ter imprimido um bom ritmo ao time. Micaela, Karla, Eliane, Rose e Maristela. Um time que pode surpreender.
A Unimed/Ourinhos, campeã paulista, vem respaldada pela conquista para esse Nacional. É evidente que o time perde muito com a saída de Janeth, que havia resolvido um problema no time desde a saída de Cíntia Luz: o do auxílio à armadora Vanessa Gattei na condução de bola e armação de jogadas. Outro problema é a carência de pivôs. Não sei porque a americana Cosette não aparece mais, depois de assistir as finais do Paulista da arquibancada. Mas Ferreto conta com boas opções no banco, que podem resolver esses problemas, mesmo que não por completo.
Santo André permanece com a equipe que disputou as semifinais. O retorno de Simone Lima deve ajudar um pouco o time, que estava com opções limitadíssimas no garrafão. Espero que a exemplo do que aconteceu na última rodada, o talento de Aide seja bem explorado pelo time, já que por razões que desconheço, a ala foi sub-aproveitada nas finais do Paulista. A maior virtude e o maior defeito de Santo André estão no seu elenco: jogam juntas há um bom tempo, na mesma cidade, sempre sob o mesmo comando de Laís Elena, mas as limitações (decorrentes dos problemas financeiros) são evidentes.
São Caetano do Sul se apresenta para o Nacional com novo técnico Borracha e pode ser precipitação, mas parece já haver modificações. Borracha é talentoso e eu espero que ele leve esse time ao vôo mais alto possível. Permanecem a armadora Regininha e a ala Kattynha, reforçadas pelas Perandinis: Luciana e Patrícia. Nos pivôs, a carência é grande, e o técnico investe suas fichas em Jucilaine (irmã da queridíssima Mamá) e no retorno da disciplinada Juliana Kanda.
Sírio-Black&Decker/Uberaba, por que não? É uma outra surpresa. Um time de juvenis que há algum tempo vem chamando atenção. Reforçadas apenas por duas atletas um pouco mais experientes: Silmara Pereira (Gorda) e Sandra Leão, o time de Tina, Lelê, Graziane e Fernanda já deu mostras do seu talento ao bater Ourinhos na segunda rodada.
A equipe de Campos, excelente no papel, não teve sorte nas primeiras rodadas e acabou perdendo para concorrentes diretos na luta pela classificação. Mas tudo é começo, e o time do técnico Marcus Gama tem tudo pra cruzar uma recuperação. Time não falta: as jovens Fabianna Manfredi e Juliana Belinazzo são talentosas, Lílian Gonçalves tem atuado com desenvoltura e um garrafão com Marta Sobral e Patrícia Mara é um privilégio.
A equipe de Lages/Uniplac, de SC, se equilibra com duas veteranas: a armadora Mina e a pivô Patrícia. Estará pronta a tentar surpreender quem cochilar contra elas.
A equipe de Ponta Grossa reúne juvenis e terá cumprido seu papel se mantiver o basquete em atividade num Estado que já teve o campeão nacional.
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