A histórica
vitória do Brasil contra os Estados Unidos nas semifinais da Copa América
Sub-16 em 2015 abriu caminho para que as atletas brasileiras dessa geração recebessem
convites para participar do gigantesco campeonato
colegial norte-americano, chamado lá de High School Basketball, que se encerrou
no início de abril.
O desempenho
das atletas brasileiras foi bastante significativo:
- A armadora
paranaense Maria Paula encerrou sua atuação como sênior pelo colégio Neuse
Christian na Carolina do Norte e foi recrutada para jogar na Brigham Young
University de Utah, que disputa a Divisão I da NCAA.
Em seu último
ano como colegial, os números de Maria Paula foram 13,8pontos, 3,4 assistências e 3,5 rebotes
- A
ala/armadora Izabela Nicoletti também joga no colégio Neuse e fechou a
temporada com médias de 20 pontos, 5,6 rebotes, 3,3 assistências e 2,8 roubos. No conceituado ranking de prospectos da ESPN, Izabela aparece em terceiro lugar na lista das
melhores atletas disponíveis para o recrutamento universitário em 2018, o que
gera a expectativa de que ela seja selecionada por uma Universidade de elite com
possibilidade de chegar ao Final Four ou ao título da NCAA.
- Também
atuando no Neuse Christian, Izabel Varejão conquistou médias de 9,6pontos, 6,8 rebotes e 2 tocos por jogo. Ela terá idade para ser recrutada
por Universidades em 2019.
- A ala/pivô Babalu Ugwu joga também no estado da Carolina do Norte, no colégio Friendship Christian, apresentando médias de 20,3 pontos , porém seus números não estão atualizados. Nos vídeos dos jogos, ela parece com uma estatura maior do que na época da Copa América sub-16. Assim como Nicoletti, Babalu também foi ranqueada pela ESPN entre as melhores atletas colegiais nos Estados Unidos que serão graduadas em 2018.
- A ala Geassy Germano é colega de time de Babalu e fechou a temporada com média de 11,8 pontos.
Além das meninas que jogam nos Estados Unidos, essa geração ainda conta com diversos talentos, como a armadora Lays Silva de 19 anos, titular da seleção brasileira no Mundial Juvenil de 2015, mesmo sendo sub-17 na época. Lays também foi titular da equipe adulta de São Bernardo, na disputa do último Campeonato Paulista, apresentando ótimos números para uma juvenil jogando entre atletas adultas: 13 pontos e 3,5 assistências em média. A ala Milena Rodrigues também joga no juvenil e adulto em São Bernardo e tem no currículo o título de MVP do Campeonato Brasileiro sub-17 em 2015. A ala Clarissa Carneiro é cestinha de Presidente Venceslau e foi uma das líderes da seleção brasileira na Copa América sub-16 ao lado da Izabela Nicoletti. A pivô Raphaella Silva, talvez seja o principal nome dessa geração talentosa. Ela foi a cestinha (18,8 pontos), reboteira (10,4) e jogadora mais eficiente (23) da Copa América sub-18 do ano passado, que classificou o Brasil para o Mundial Juvenil que acontecerá no mês de julho na Itália.
O Brasil estaria no grupo D, ao lado de Austrália, Hungria e Japão, mas embora esteja classificado, a vaga no grupo ainda está indefinida e a seleção brasileira corre o risco de ficar de fora da competição devido à suspensão que à FIBA impôs à CBB.
Quem deseja um futuro melhor para o basquete feminino, só resta torcer para que a gestão eleita recentemente consiga agir rápido para reverter essa triste situação, a tempo talvez de investir numa preparação digna para essas jovens talentosas possam atuar numa competição tão importante para a evolução das atletas.
4 comentários:
Eu acho que a essas alturas essas meninas não vão ao mundial sub-19 não. Até porque pra ir juntando elas no aeroporto não vale a pena.
Excelente texto, Paulo!
Obrigado pelas informações. EXCELENTE TEXTO, ACHO que a CBB deve investir nesta talentosa geração pra podermos sonhar com bons resultados no futuro
Quem sabe a renovação da seleção braslieira não esteja sendo construída em território ianque. Deus salve a América
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