Antonio Carlos Barbosa evita dizer com todas as letras que o basquete
feminino do Brasil chegou ao fundo do poço. Mas o técnico da seleção
não nega que pense assim. Com apenas seis clubes jogando a Liga de
Basquete Feminino, um número reduzido de atletas profissionais e sem
campanhas expressivas da seleção há dez anos, a modalidade já não vê
mais luz no fim do túnel.
"Acho que não tem para onde afundar
mais. Chegou já numa situação muito ruim em termos de clube, poucos
clubes, não tem mais para onde ir", opina Barbosa, de 71 anos, técnico
do Brasil nos Jogos Olímpicos de 2000 (bronze) e 2004 (quarto lugar) e,
agora, em 2016. "Não vou chamar de fundo do poço, só não tem para onde
descer", diz.
Chamado apenas no fim do ano passado para comandar a
equipe no Rio-2016, Barbosa não acredita que, na Olimpíada, estará em
jogo o futuro do basquete feminino no Brasil. Mesmo em caso de um bom
resultado, o investimento não será significativo nem chegará tão cedo.
Se a campanha for ruim, não há muito o que se perder.
"Não vai
mudar. O investimento do Santo André, do Americana, do Sampaio Corrêa,
do Sport, do Presidente Venceslau não depende do que acontecer aqui. O
que pode, se for muito bem, é surgir alguns, mas não imediatamente",
aposta o treinador.
Para ele, a situação não é novidade. O
basquete feminino do Brasil, diz Barbosa, nunca teve investimentos. "Já
tivemos momentos ruins como esse. Em 1994, quando ganhamos o Mundial,
não tinha nem Campeonato Brasileiro. O feminino sempre viveu de
sobressaltos. O investimento sempre foi em cima de nomes."
Ainda
de acordo com Barbosa, o problema não é falta de mão de obra, ainda que
os seis clubes profissionais do País não empreguem muito mais do que 50
jogadoras. "Temos jogadoras boas. O time do Brasil no sub-18 foi
vice-campeão da Copa América. Com toda essa crise temos as equipes de
base. O problema sempre foi investimento nos clubes."
Fonte: MassaNews
Um comentário:
Antônio Carlos Barbosa , o Brasil não foi vice campeão da copa América sub 18 , ela ficou em terceiro lugar.
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