Rose Alf­arth se aposenta após 37 anos de dedicação ao basquete de Joinville

A técnica comandou o time feminino profissional da cidade na temporada 2010/2011 e lamenta o fim do projeto

Termina o casamento, mas o amor continua. É esse o sen­timento da professora Rose Alf­arth, 52. Desde os 15, ela iniciou o romance com a modalidade, com quem conviveu por quase quatro décadas. À frente do nai­pe feminino por muitos anos, ela se aposentou do serviço público e não é mais funcionária da Felej (Fundação de Esportes Lazer e Eventos de Joinville).

Desta bela relação, muitas fi­lhas. Atletas formadas na cidade, educadas, lapidadas e preparadas para o mundo pelas mãos dela. Algumas, de fato, romperam fron­teiras do Brasile mesmo que “in­duzidas” a renegar as origens, não decepcionaram. “Tem uma ex-jo­gadora minha que está na Europa fazendo intercâmbio como bolsista em comércio exterior, mas já cha­maram pra jogar basquete lá. Acho que ela não vai resistir”, brinca.

Rose lembra dos altos e bai­xos e dos apertos que passou para não deixar as equipes que dirigiu sem competir. “A gente organiza­va bazares, fazia os doces e, mui­tas vezes, acabava a gente mesmo comprando tudo”, lembra.

Desde 2010, ela deixou a for­mação de novos talentos para se dedicar a um período mais ma­duro. Foi a técnica do time adulto que jogou a liga nacionalna tem­porada 2010/2011, quando levou o elenco mesclado de jogadoras experientes com jovens promes­sas à sexta posição.

Ela lamenta o fim do projeto por falta de verba, mas garan­te que hoje guarda com carinho cada momento passado com a bola laranja. A lição deixada para as atletas também é a lembrança mais afável. “Antes dos jogos, a gente tinha o grito de guerra e depois dizia ‘meu nome é Rose’. Elas sempre falavam meu nome e eu dizia que elas só cresceriam quando lembrassem de gritar o nome delas próprias”, diverte-se.

Por mais dois anos, ela segui­rá como professora de educação física na rede estadual. “Por cau­sa do basquete, me afastei por um tempo”, explica.

Fonte: Notícias do Dia