Quatro jogos olímpicos e uma medalha de bronze, em Sydney-2000. Com este currículo vitorioso e de alto nível em 15 anos de serviço à Seleção Brasileira, Adriana Pinto Moisés, ou simplesmente Adrianinha, como ficou conhecida a “baixinha” de 1,68m de altura, faz, neste domingo (05/08), contra a Grã-Bretanha, às 18h (horário de Brasília) sua despedida com a camisa verde-amarela. Sucessora de Magic Paula, ela agora passa o bastão a jovens como Joice, de 26 anos, e Tássia, de apenas 20, suas substitutas naturais.
A aposentadoria da seleção já estava nos planos desde antes da convocação do técnico Luís Claudio Tarallo, e foi confirmada por Adrianinha durante o dia à diretora da seleção feminina, Hortência Marcari, que agradeceu os esforços e os serviços prestados pela atleta.
"Conheci a Adrianinha quando ela ainda dava seus primeiros arremessos no basquete, e sempre vi que se tratava de uma grande jogadora. A trajetória dela é de muitas vitórias, garra e dedicação, virtudes importantes em qualquer jogadora. Por isso joga há tanto tempo no alto nível e tem uma medalha olímpica. Ela vai fazer falta à seleção, mas transmitiu sua experiência às meninas, como a Joice e a Tássia, o que certamente vai ajudar muito no processo de transição da posição. Só tenho a agradecer e todos os fãs do basquete também devem agradecer muito pelo que a Adrianinha fez ao país", elogiou Hortência.
SUPERAÇÃO DESDE O INÍCIO DA CARREIRA
Nascida em Franca, na capital brasileira do basquete, o primeiro desafio da valente Adrianinha foi encarar a vontade de jogar basquete no meio dos meninos. Não existiam meninas para acompanhá-la, e aos 12 anos ela já sabia o que queria. Fã de Magic Paula e a Rainha Hortência, seu sonho era se tornar jogadora de basquete. Aprimorou o arremesso, a velocidade e muita garra para superar a baixa estatura que a fez ser reprovada no primeiro teste que fez, na equipe do Leite Moça/Sorocaba. Recebeu apoio da família e de sua primeira técnica, Saiuri Ishimura, para não desistir. Então ganhou coragem e tentou novamente a sorte, na Ponte Preta (SP), equipe de Magic Paula. O apoio das mais antigas, da técnica Maria Helena Cardoso e da assistente Heleninha, foram fundamentais.
Neste domingo, já anunciando que faria a última partida pela Seleção Brasileira, Adrianinha lembrou de todas essas pessoas importantes e postou em seu Facebook um pouco de sua história. “Foram 15 anos de Seleção Brasileira. Tive a honra de vestir a camisa e defender o meu país. Através do basquete conheci o mundo, outras línguas, culturas e ótimas companheiras que para mim fizeram parte da minha família”, discursou.
Depois de passar no teste da Ponte Preta e começar a jogar nas categorias de base, chegar às seleções foi um pulo. Adriana foi campeã Sul-Americana Cadete em 1994, ano do título mundial da Seleção Brasileira, e depois vice-campeã Sul-Americana Juvenil e campeã da Copa América, em 1996, ano da conquista da medalha de prata em Atlanta. “Muitas pessoas me ajudaram, mas não posso esquecer as famílias da Karla Costa e da Luciana Perandini. Elas me ofereceram comida e moradia porque não tinha lugar na república do clube (Ponte Preta). Foram elas que alimentaram meu sonho que era jogar basquete”, relembrou.
Adrianinha também citou nomes de diversas ex-companheiras de seleção, em especial a amiga Alessandra, que a ajudou a jogar fora do país – foram passagens pela Itália, Estados Unidos (WNBA), Rússia, França e Croácia. A pivô, em Londres como comentarista da Bandsports, retribuiu, honrada. "Fiquei muito emocionada, porque é uma grande amiga e tenho um enorme carinho por ela e por tudo que fez ao basquete feminino brasileiro".
Técnico responsável por levar Adrianinha à seleção adulta, Antônio Carlos Barbosa lembra com carinho dos momentos que tiveram juntos como treinador e atleta. “É uma vencedora e só quem a conhece sabe das dificuldades que ela superou para chegar ao nível que chegou. Ela jogou comigo 11 anos, talvez tenha sido o técnico que mais tempo a teve como jogadora. Foi um orgulho para mim, desde que chegou ao cadete, em 1996, até 2007, quando estivemos na mesma equipe. Deixa a Seleção Brasileira com uma medalha que é para poucas jogadoras no mundo. Foi em 2000 que a coloquei como armadora titular, passando a Helen para lateral. Ela merece todas as homenagens pelo que foi e representa ao basquete feminino brasileiro”, afirmou.
Armadora mais jovem convocada para as Olimpíadas, Tássia Carcavalli celebrou o período que teve ao lado de Adrianinha, e acredita que ter convivido com ela pode ajuda-la a, possivelmente, se tornar armadora principal da seleção um dia.
"A Adrianinha foi uma grande 'professora' para mim. Foi maravilhoso passar esses meses treinando ao seu lado. Aprendi os mínimos detalhes da posição, o que devo e não devo fazer. É um espelho para mim, me inspira muito para conseguir assumir a armação da seleção um dia e honrar essa camisa por tanto tempo e da mesma forma como ela. Espero um dia chegar ao mesmo nível dessa grande jogadora e ótima pessoa".
Depois de passar pela WNBA e diversos países da Europa, Adrianinha deixa a Itália para voltar ao Brasil. Ela, Érika, Alessandra e Francielle encabeçam um projeto ousado do Sport Recife, tradicionalíssimo clube de futebol de Pernambuco, que vai jogar a próxima temporada da LBF.
Fonte: CBB
Observação: Bem legal a homenagem à Adrianinha e o release feito pela CBB. No entando em função de uma declaração equivocada de Barbosa, ele contem uma incorreção histórica. Segundo o treinador na conquista do bronze olímpico “ em 2000 a coloquei como armadora titular, passando a Helen para lateral”.
Barbosa foi traído pela sua memória. A armadora titular em Sydney foi Claudinha. Adrianinha mal jogou na competição.
Por falar em memória, achei a foto acima bem curiosa.
Há exatos dez anos, Adrianinha (Phoenix Mercury, aos 23 anos) e Iziane (Miami Sol, aos 20 anos) disputavam uma bola na WNBA.
10 comentários:
Adrianinha merecia uma despedida melhor do que essa.
Tássia, substituta natural???? desde quando??
Essa menina é péssima, sem talento algum.
Não servfe para seleção de jeito nenhum.
Foi um erro levar ela para Londres2012, não serviu para nada.
Seria muito melhor levar Babi, Gattei, Bethania, mais experientes e que poderiam mudar tatiacamente o jogo rápido da Adrianinha.
Ah, não tinha tática, desculpa.
Foi só faltya de sorte né...
O Barbosa se confundiu com as datas. A mudança da Helen para a lateral e a Adrianinha como armadora titular ocorreu no Mundial da China em 2002.
Valeu Adrianinha! Acompanhei sua trajetória na seleção e torci muito por vc.
Foi isso mesmo, Maurício!
E foi uma formação que funcionou bem (ADRIANINHA-1 HELEN-2), até que a Helen se machucou e não jogou mais no torneio, no qual fomos eliminados nas quartas.
http://espn.estadao.com.br/noticia/273505_hortencia-defende-brasil-apos-vexame-garante-que-tecnico-fica-mas-lamenta-a-realidade-e-essa-hoje
ADRIANINHA VAMOS SENTIR SUA FALTA, JOICE SERÁ A SUA SUBISTITUTA, MAS A TÁSSIA CÉUS QUE MENINA RUIM NÃO TEM POSTURA, NÃO VIBRA, NÃO ASSUME O JOGO MARCA TODA TORTA COM AS MÃOS P/ TRÁS. ELA ESTA NA SELEÇÃO E NINGUÉM VIU ISSO? ATÉ UM CARAMUJO MARCA MELHOR QUE ELA,(PORQUE CARAMUJO NÃO TEM MÃO) NÃO SABE NEM CORRER. SÓ HORTÊNCIA MESMO.
PAULA ASSUME O COMANDO DA SELEÇÃO
Adrianinha parabéns pela sua dedicação e pelo sucesso pela seleção!!!!
Boa sorte no Sport Recife e em tudo que fizer na vida!!!
Bjs!!!
Exato Bert, fomos eliminados nas quartas pela Coréia, onde perdememos uma grande chance de fazer a final com os EUA haja visto que teríamos a Austrália na semi e já havíamos as vencido na fase anterior. A Helen fez muita falta.
Iziane sempre linda! Graciiinhaaa! ;)
Lov U!
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