A equipe de basquete de Ourinhos está se preparando para participar do Campeonato Paulista, que já começou no dia 16 de agosto. Em entrevista ao Diário, o preparador físico e coordenador da equipe, João Nunes, destacou que a expectativa para a competição é as melhores. Novas jogadoras também estão sendo testadas para compor o grupo.
Com a equipe toda reunida, só agora é possível ter uma noção do grupo que participará da competição. “Na verdade agora que nós estamos conseguindo dar uma noção de coletividade para a equipe. Porque nós tínhamos meninas que estavam num ritmo, treinando e foram para os regionais. Tínhamos as meninas voltando a jogar que é o caso da Ana Flavia que ficou muito tempo parada e agora está adquirindo a forma razoável para jogar, e também nós tínhamos o grupo que chegou das olimpíadas. Então nós tínhamos três grupos distintos, e que agora começam a entrar no mesmo ritmo de trabalho”, afirmou.
João ressalta que o grande desafio da equipe nesses últimos dias, foi tentar entender o nível de cada jogadora, para poder adequar a carga de trabalho a cada uma. “Detectamos o nível de condicionamento físico e técnico de cada uma delas para poder administrar a carga física de forma individualizada e assim chegar ao campeonato na melhor forma física, técnica, tática e conseqüentemente psicológica no momento certo”.
O coordenador da equipe afirma que o campeonato será realmente difícil, mas que todos esperam bons resultados. O campeonato Paulista é a segunda competição mais difícil do basquete brasileiro, e tem um sistema totalmente diferente da Liga Nacional.
“O campeonato paulista é mais condensado, a primeira fase vai ser reduzida pela forma que foram distribuídas as chaves. Nós vamos ter quatro jogos: contra Venceslau e Americana, dentro e fora de casa. Aí na segunda fase, praticamente zera tudo e temos um outro campeonato paulista, onde os quatro melhores jogam entre si e se faz a somatória de pontos após jogar contra todos os adversário. Quem tiver o maior número de pontos, passa para a final”, disse João.
O objetivo da equipe de Ourinhos é chegar bem na segunda fase da competição, para assim a equipe chegar às finais. A chave que Ourinhos está só tem três equipes, porque Piracicaba desistiu logo no principio do campeonato, desequilibrando assim as chaves. Enquanto a primeira chave tem seis jogos cada equipe, Ourinhos terá quatro.
“São poucos jogos para se conseguir ritmo, o que não acontece na outra chave. A idéia da federação paulista era regionalizar essas chaves para deixar o campeonato mais barato, principalmente para essas equipes que estão vindo da segunda divisão como Venceslau, Guarulhos, Jundiaí. Se Piracicaba não tivesse desistido era para estar mais ou menos equilibrado, eles estariam com cinco equipes do lado de lá e nós com quatro nesta chave”, relatou.
Mesmo com essa dificuldade, a expectativa da equipe é as melhores. “A expectativa é sempre a melhor possível, complementando a equipe com as novas contratações acredito que nossa equipe chega bem, com a vinda das nossas olímpicas, com as meninas daqui, com a Plutin, a Ana Flavia, Bethânia, a chegada da Kika que é uma jogadora jovem, da mesma geração da Jennifer e a Tatão, então nossa equipe chega forte, pra ser campeã. Se não campeã, fazendo uma grande final. Essa é a nossa expectativa”.
Novas contratações
Nas últimas semanas, uma nova jogadora se apresentou a equipe, a jovem Kika de 22 anos. A pivô sempre esteve presente nas seleções brasileiras em sua categoria, mas sofreu com o problema de encaixe nas equipes adultas. Essa ‘transição’ é complicada no Brasil, o que faz com que muitas jovens atletas abandonem o esporte.
“Ela não achou nenhuma equipe que tivesse espaço pra jogar, pois nas equipes adultas que passou sempre tiveram outras pivôs mais maduras. Ela saiu de Jundiaí, foi pra São José e de lá foi pra Pindamonhangaba jogar a 2ª divisão. Mas ela queria vir pra uma equipe maior que desse condições para ela desenvolver seu basquete e é por isso que ela esta aqui”, disse o preparador físico.
Na última quarta-feira (22) uma jogadora sérvia também passou pelas quadras do Monstrinho para um teste. “Nós queremos ver o nível do basquete dela. Ela estava no Brasil acompanhando seu marido que também joga basquete, aí soubemos que ela estava por aqui e a chamamos para um teste. Mas temos mais jogadoras em vista, e com certeza faremos mais uma contratação para este campeonato. Aí a gente fecha a equipe e vamos tentar chegar nas finais e desempenhar nosso melhor”, concluiu.
Fonte: Diário de Ourinhos