A matéria publicada neste domingo é bem longa, incluindo também o Masculino. Blogarei aqui apenas a parte relacionada ao Feminino. Quem quiser ver na integra acesse:
Basquete volta 16 anos depois
Hortência vê chances de medalha no feminino
Os resultados da seleção feminina de basquete no último ciclo olímpico não inspiram muita confiança. Nos Jogos de Pequim, em 2008, eliminação na primeira fase e 11º lugar. No Mundial da República Tcheca, dois anos atrás, 9ª posição.
Apesar disso, o Brasil garantiu a vaga em Londres vencendo todos os jogos no Pré-Olímpico da Colômbia, ano passado.
Para a "rainha do basquete", Hortência, hoje diretora de seleções da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), o Brasil pode lutar por medalha olímpica. "Chance, a gente tem. Quando você vai para uma competição desse nível, é sempre uma incógnita. Um nível acima estão os Estados Unidos. Os outros, é tudo muito igual", analisa.
Quanto à situação da lateral Iziane, hoje no Maranhão e que pode ter a participação na Olimpíada dificultada caso se transfira para a WNBA, Hortência afirma que a CBB conta com a jogadora. "Não posso falar sobre hipótese. Não recebi nenhuma carta de dispensa, então para mim ela vai ser convocada", diz.
ENTREVISTA
Hortência
Diretora de Seleções da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), campeã mundial em 1994 e prata olímpica em 1996
Os resultados do Brasil no último ciclo olímpico - 11º nos Jogos de Pequim em 2008 e 9º no Mundial de 2010 - preocupam para as Olimpíadas?
Quando você vai para uma competição, é sempre uma incógnita. Os Estados Unidos estão um nível acima, mas não é impossível de ganhar. Entre os outros, é tudo muito igual. A Austrália, que havia sido campeã mundial no Brasil [em 2006], foi quinta no último mundial [em 2010]. A Espanha que foi terceira do mundo [em 2010], nem está disputando a repescagem, já está fora da Olimpíada. A República Tcheca [vice-campeã mundial em 2010] está disputando a repescagem. A gente tem que ver como a seleção brasileira vai chegar e como as outras equipes chegarão; a chave que nós vamos pegar; para analisar e ver se temos chance ou não de subir. É muito difícil fazer uma previsão, as equipes ainda estão se estruturando.
Nas projeções da CBB, vocês colocam a seleção feminina com chance de medalha?
Chance, a gente tem; como pode não pegar [medalha] também. Não dá para você prever. Vamos ver como nossa equipe vai se comportar nos jogos amistosos que nós temos. Vamos fazer uma viagem à Austrália, jogos nos Estados Unidos, jogos no Brasil, vamos pra França antes de Londres.
Esses últimos resultados ruins do Brasil coincidem com a aposentadoria da Janeth. Em sua opinião, faltou renovação no basquete brasileiro?
Não tenha dúvida. Desde a minha época, passando pela Janeth... É o que a gente está tentando agora. Eu falo que tem que ter uma renovação.
Pensando em 2016?
Não sei se a gente chega em 2016 já com essas meninas que hoje tem 15, 16, 17 anos. Você não monta um craque em cinco anos, a não ser que ele seja excepcional. Para ter aquela experiência que uma atleta precisa para disputar uma Olimpíada, isso leva um pouquinho de tempo.
Como está a situação da ala Iziane e a possibilidade de ela ir à WNBA e não disputar a Olimpíada? A CBB está tentando negociar com ela?
Negociar em que sentido?
Tentar convencê-la a disputar a Olimpíada caso ela decida ir para a WNBA.
O que eu sei é que ela vai ser convocada como todas as outras. O resto, eu desconheço.
Mesmo que ela vá para a WNBA, vocês acreditam que ela vá disputar a Olimpíada?
Não sei se ela tem proposta ou se assinou. Não posso falar sobre hipótese. Por enquanto, não recebi nenhuma carta de dispensa, então, para mim, ela vai ser convocada.
A Iziane é fundamental nesse grupo?
Todas são importantes, inclusive a Iziane. Ela é fundamental, é uma grande jogadora, tem experiência.
Nos últimos anos, vários treinadores passaram pela seleção brasileira. Até que ponto as trocas de comando técnico podem prejudicar a preparação para as Olimpíadas?
Prejudica bastante, é óbvio, mas o Luiz Cláudio Tarallo [atual técnico da seleção feminina] está com a gente, nas categorias de base, desde 2003. Antes de eu entrar na CBB, ele já era das categorias de base da seleção brasileira, então ele conhece muito bem essas meninas. Todas elas já passaram por ele, estou muito confiante nele. Antes, ele não podia assumir porque tinha problemas particulares que estavam sendo resolvidos. Agora, que ele resolveu tudo, pode ser considerado confiável para a seleção.
Você disse que os Estados Unidos estão um nível acima. Eles são favoritos disparados à medalha de ouro?
Favoritos eles são, mas vão ter de mostrar em quadra. Não dá para falar nada antes de ver como as equipes estão.
Opiniões
Brasil na briga pelo pódio
O Brasil vai às Olimpíadas de Londres para brigar por medalha. Essa é a expectativa do ala/armador Marcelinho Machado, 36, o mais experiente no grupo atual da seleção. Com o know-how de ter disputado quatro edições do pré-olímpico desde 1999, o atleta do Flamengo acredita que Estados Unidos e Espanha estão um pouco acima dos demais, mas a briga por medalhas está aberta.
“A distância é pequena. O importante é a gente estar brigando e, se tiver oportunidade de ganhar um jogo contra Espanha ou EUA, não vacilar. No último Mundial, o jogo mais difícil dos EUA foi contra o Brasil, decidido na última bola. Não coloco mais eles como imbatíveis, como alguns anos atrás”, acredita.
Para obter um bom resultado em Londres e, quem sabe, beliscar uma medalha, o Brasil terá de superar a dificuldade dos anos recentes de vencer equipes europeias. “A gente sempre sentiu jogar com os europeus até pela falta de jogos contra eles. Nossa preparação vai ser também contra equipes europeias. No Mundial, jogamos bem e vencemos a Croácia. A gente está em equilíbrio com outras seleções do mundo. A questão é se preparar bem, como fizemos no último Pré-olímpico, e brigar por uma medalha”, prega.
O comentarista dos canais Sportv, Byra Bello, faz uma retrospectiva histórica para mostrar porque o basquete mundial está mais equilibrado. Segundo ele, após as Olimpíadas de Barcelona, em 1992, vários astros da NBA se aposentaram, como Magic Jhonson, Larry Bird e Michael Jordan. Para conter o esvaziamento, a liga começou a importar jogadores de outros países, que hoje são vistos aos montes nas quadras norte-americanas – só brasileiros são quatro (os pivôs Nenê, Anderson Varejão e Tiago Spliter e o armador Leandrinho).
Esse quadro, diz Byra, contribuiu para elevar o nível das outras seleções. “A globalização fez com que o basquete se desenvolvesse no mundo inteiro. Tirando a equipe americana, que, se colocar todos os melhores da NBA é imbatível, e a Espanha, que está um pouco acima, tem 14 ou 15 equipes desenvolvendo um basquete de primeiríssima qualidade. O Brasil, se os meninos que estão jogando lá fora, principalmente os da NBA, atenderem a convocação e estiverem dispostos e fechados com o grupo, comprometidos a defender a seleção, pode até disputar pódio”, projeta.
Quanto às mulheres, o comentarista admite que o basquete feminino deu uma queda grande, mas que isso se vê inclusive em nível mundial. A ausência de estrelas após a geração de Paula, Hortência e Janeth – esta última aposentada em 2007, justamente quando começou o período de ausência de resultados de destaque Um fator que dificulta, segundo ele, é a quantidade reduzida de praticantes entre as mulheres. “Você não consegue sequer montar equipes para fechar uma liga como a LBF [Liga Nacional de Basquete Feminino]. A competição começa e você sabe as equipes que vão brigar pelo título”, lamenta.
Um ponto polêmico na seleção feminina, para o comentarista, foi a saída do técnico Enio Vecchi, que era o treinador à época do Pré-olímpico da Colômbia, em setembro do ano passado. Três meses depois, porém, foi anunciada a sua substituição por Luiz Cláudio Tarallo, que já treinava as seleções de base. “Não entendi muito bem a saída do Enio. Até por ter conquistado a vaga olímpica, acho que ele merecia ficar, mas o Tarallo é um bom técnico”, pondera.
Por fim, o Brasil vive nova incerteza se a ala Iziane, atualmente no Maranhão, jogará as Olimpíadas, já que a atleta admitiu o interesse em voltar para a WNBA – a liga profissional norte-americana feminina -, o que pode inviabilizar sua presença em Londres. “A Iziane é uma boa jogadora, apesar de, no meu modo de entender, jogar muito individualmente. Se ela estiver junto, integrada ao grupo, pode ajudar muito, sem dúvida alguma”, analisa.
Mesmo assim, Byra acredita que o basquete feminino tem condições de brigar por pódio em Londres. “Tem que jogar com o regulamento”, recomenda. As favoritas disparadas, porém, são as norte-americanas para ele.
ÍCARO JOATHAN
SUBEDITOR
Fonte: diariodonordeste.globo.com
9 comentários:
bom hortencia so vou te falar uma coisa ou vcs cria vergonha na cara e da mas estruturas para basquete feminino no brasil nos times brasileiros nos campeonatos ou vai acabar nosso basquete feminino nao tem um time contente todos sem dinheiro e vc so quer viajar tem que ter campeonatos igual do masculino como parar agora e voltar so em agosto que time aguenta pagar ate agosto essas jogadoras pelo amor de deus neeee chega de tentar tampar o sol com a peneira
Notícias desatualizadas, a Iziane vai ficar no Marnhão de férias e vai direto pra Seleção Brasileira.
E para a felicidade dos maranhenses, ela fará o Maranhão brilhar nas quadras de Londres.
UMA PENA VER A HORTÊNCIA SE HUMILHANDO PELA IZIANE
ótima entrevista. Hortência ta fazendo o q pode. E espero q realmente Iziane fique no Brasil. A preparação com o grupo fechado será muito positiva p/ a equipe.
E tb espero q ñ esqueçam das mais experientes como Silvinha Luz, Cris, Micaela... pq assim como disse Hortência, olimpíada ñ é lugar p/ testar novatas...
Para resumir um pouco é só convocar as jogadoras de Americana e a seleção brasileira estará bem representada, com certeza Americana é seleção. Desculpem a modéstia, mais quem assiste os jogos da LBF estão vendo.
Da vontade de vomitar cada vez que escuto as declarações dessa mulher.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk como esse povinho de americana é convencido kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk e na hora no doping chama quem pra fazer ???//??///??
Concordo com o comentário acima que diz que olimpiadas não é para testar novatas. Vamos fazer bonito, por favor.
Nada de convocar jogadoras novatas para dizer que está dando chances, para crescer, etc. Precisamos de um time forte para termos chances de medalha.
Silvinha Luz, Cris, Karla, Adrianinha, Clarissa... São ótimas e podemos ter alguma chance.
Acho que uma novata que merece a convocação é a Patrícia de São José. Jogou muito e não tem medo de ir para cesta.
a karla tem q ir,ela prova toda competicao q e melhor q muita jogadora q e convocada e n merece. karla,clarissa,sil chuca,iziane,adrianinha e titular absoluta...
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