Daniel Neves
Fundada no ano passado, a Liga de Basquete Feminino (LBF) inicia sua segunda edição neste sábado, com a realização de três jogos. Dentro de quadra, o panorama é de evolução, com equipes reforçadas e repatriamento de jogadoras. Nos bastidores, porém, a competição começa com orçamento mais enxuto que o anterior e ligação íntima com a CBB.
A primeira edição da LBF foi inteiramente bancada pela liga, que custeou viagens, hospedagem e alimentação das equipes. Na temporada 2011-12, porém, a diminuição de recursos fará com que os clubes tenham que assumir alguns dos gastos, que ainda não foram totalmente definidos.
“Com o decorrer do campeonato, vamos vendo o que podemos fazer. Os clubes terão que custear um transporte aqui, um transporte lá. Podem cortar hospedagem no caso de jogos em que a viagem seja próxima. O importante é que hoje temos mais credibilidade para buscarmos patrocínios do que no ano passado”, disse o presidente da LBF, Márcio Cattaruzzi.
Patrocinadores da CBB, Bradesco e Eletrobrás serão os apoiadores da LBF. O contrato com a estatal virá através da Lei de Incentivo ao esporte e não está totalmente finalizado, enquanto o acerto com o banco ocorreu através da Brunoro Sport Business (BSB), entidade que controla o marketing e os contratos de patrocínio da Confederação.
“Quando foi acertado o contrato com a CBB, a BSB também ofereceu o patrocínio da liga feminina e o Bradesco aceitou”, contou Cattaruzzi. “A BSB é a nossa parceira na questão comercial, é ela quem fecha os nossos contratos de patrocínio. Mas não se mete na parte técnica, isto é responsabilidade da liga”.
O compartilhamento de patrocinadores e a íntima relação com a BSB não são as únicas ligações da Liga Feminina com a CBB. Assim como no ano anterior, a competição deixará as questões sobre inscrições das atletas e sobre arbitragem sob responsabilidade da Confederação.
Se nos bastidores a segunda da edição da LBF apresenta poucos avanços, dentro de quadra a promessa é de uma competição mais forte que a anterior, com o repatriamento de atletas importantes. Destaque para o retorno de duas campeãs mundias em 1994, as veteranas Alessandra (São José) e Cíntia Tuiu (Maranhão).
Mangueira e Joinville, que disputaram a primeira edição, desta vez não terão equipes no torneio e serão substituídos por São José e Vasto Verde (Blumenau). Mas a grande novidade da competição será a participação da região Nordeste através do Maranhão, em projeto capitaneado pela ala Iziane, que retorna ao basquete brasileiro após defender o Atlanta Dream na WNBA.
“Um dos objetivos da Liga Feminina é expandir o basquete feminino para outras regiões, pois hoje ainda está muito concentrado em São Paulo. A entrada do Maranhão encarece um pouco os custos, mas é boa para a divulgação da modalidade no Nordeste. É uma coisa que a gente faz força para ter”, disse Cattaruzzi.
Fonte: UOL
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