Favoritas ao título, o time feminino de basquete da Faculdade Santa Amélia (Secal), de Ponta Grossa (PR), derrotou a Faculdade Maurício de Nassau (AL), de Maceió, por 96 a 25 (50 a 5 no primeiro tempo), no ginásio da AABB, em Campinas (SP), e carimbou o passaporte para a final da Primeira Divisão. Na outra semifinal, a Universidade Federal do Pará (PA) venceu o Instituto João Neórico/Faculdade de Rondônia (IJN/Faro-RO) por 62 a 60. Com os resultados, Paraná e Pará subiram para a Divisão Especial em 2012.
Depois de arrasar os campeões estaduais do Pará, Amazonas e Distrito Federal, na fase classificatória, a Secal (PR) voltou a mostrar porque é a favorita ao título da competição. Com um time bem montado pela treinadora Carmen Cunha e Silva, a Carminha, as paranaenses encerraram o primeiro quarto com 21 pontos de vantagem (26 a 5).
No fim do primeiro tempo a diferença foi ainda maior. A Secal (PR) marcou 24 pontos no período e não deixou o adversário balançar a redinha uma vez sequer. Com o placar dilatado, o ritmo das paranaenses caiu no terceiro quarto e a treinadora foi logo repreendendo suas comandadas. "O número de passes errados nesse quarto foi um absurdo. Temos que jogar sério", disse a treinadora de 49 anos - 28 deles como técnica de basquete.
A equipe paranaense joga junta há quatro anos e conta com duas atletas experientes, a pivô Flavia Petroski, de 26 anos, e a armadora Larissa Pedroso, de 32. O elenco conta ainda com jovens promessas como a pivô Laís Cristina Leite, de 18 anos, e as alas Juliana Jasinski (20), Maria Lima (22) e Caroline Flak (18). Maria foi a cestinha da partida com 31 pontos, enquanto Flavia e Juliana anotaram 18 pontos cada
Flavia defendeu a seleção brasileira juvenil na conquista do Campeonato Sul-Americano de 2001 da categoria, mas não seguiu a carreira no esporte. Estreante em Olimpíadas Universitárias, a estudante de administração de 1,85m, parou de jogar por dois anos para se dedicar aos estudos e ao trabalho, mas voltou a fazer o que mais gosta.
"Minha melhor fase no esporte foi quando eu tinha 16 anos. Conseguimos vencer a Argentina por um ponto na final do Sul-Americano", disse a habilidosa e ágil atleta que fechou o garrafão com Laís Cristina. Apesar de jovem, a pivô jogou por três anos nas categorias de base de Americana e um por Barueri.
"Sou de São Paulo e desde os 13 anos moro longe dos meus pais. Recebo muito incentivo, principalmente da minha mãe, que fica com o coração partido com a minha ausência, ainda mais sendo filha única", afirmou a caloura do curso de educação física, que mora em uma república com outras sete jogadoras. "A Faculdade tem uma ótima estrutura. Moramos ao lado do ginásio. Eles pagam a alimentação também e nós só pensamos em estudar e jogar basquete".
Outra moradora da república da Secal, Juliana deixou os pais em Rondônia e mora em Ponta Grossa há cinco anos. Estudante de direito, a jovem está disputando a sua segunda Olimpíada Universitária e espera, em 2012, em Foz do Iguaçu, fazer bonito na Divisão Especial.
As Olimpíadas Universitárias JUBs 2011 são uma realização do COB em parceria com a Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) e o Ministério do Esporte, tendo apoio da Prefeitura Municipal de Campinas e da Federação Universitária Paulista de Esportes (FUPE).
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