Com um belo troféu de campeão, medalha no peito e muitos sorrisos. Foi assim que a delegação da Seleção Brasileira feminina de basquete Sub-15, retornou na manhã desta terça-feira (15), em São Paulo. A equipe foi até o Equador,e comandada pelo técnico Cristiano Cedra, conquistou de forma invicta o Campeonato Sul-americano da categoria. E mostrou uma geração cheia de promessas para o futuro do basquete feminino brasileiro.
A ex-armadora Helen Luz, administradora da equipe, foi a primeira a aparecer no saguão do Aeroporto Internacional de Cumbica. E mostrou-se animada como a nova experiência, agora como dirigente. “Foi muito bom ter acompanhado as meninas porque é uma geração que a CBB está olhando com muito carinho”, disse.
Com a intenção de já ir preparando essa geração para o futuro, o técnico Cristiano Cedra fez várias experiências com a equipe nesse sul-americano. E uma delas foi o que mais o deixou orgulhoso. Jogadoras altas, que jogam de pivô nos clubes que defendem tiveram que jogar de lateral. “Algumas delas tiveram dificuldades na parte defensiva, mas de um modo geral foram bem. Já estamos preparando algumas meninas para o futuro”, afirmou Cedra, que chegou totalmente careca, com as próprias jogadoras raspando a cabeça dele na comemoração do título.
O treinador brasileiro, voltou animado com o progresso que as jogadoras tiveram no Equador. “A estréia foi um pouco complicado, até porque não tivemos amistosos para testá-las internacionalmente, mas depois foi mais tranqüilo. Acredito até que algumas delas já poderão ser aproveitadas no Sub-17, no ano que vem. Isso vai depender da Janeth que é a treinadora, mas vou indicá-las. É um grupo muito bom. Tanto que não se preocupou em fazer destaques individuais. Nossa força foi o conjunto”, completou Cedra.
A armadora Tayna Reis e a lateral Caroline de Oliveira, ambos da APAB/Barretos, seguiram do Aeroporto de Cumbica para a Rodoviária do Tietê direto para Mogi das Cruzes, onde lá irão se apresentar a equipe de Barretos para os Jogos Abertos do Interior. Tayna, inclusive não escondia a alegria pelo primeiro campeonato com a camisa da seleção e a conquista invicta do título no Equador. “Foi muito bom. Fácil não foi, porque tivemos que lutar muito para conseguir as vitórias. Foi um campeonato diferente, com adversários diferentes e foi uma experiência muito legal”, disse a armadora de Barretos, que marcou 62 pontos no campeonato e ainda pegou 12 rebotes e deu 15 assistências.
A única carioca da equipe foi Thayna Silva, ala/pivô, outra revelação do projeto Mangueira/Petrobras, do Rio de Janeiro. Além da irmã Tamara, Tayna teve como grande incentivadora a pivô da Seleção Brasileira adulta, Clarissa Santos. “Hoje jogo basquete graças a Clarissa e minha irmã. Quero continuar treinando muito e ficar na expectativa de novas seleções. Futuramente vem as seleções Sub-16 e Sub-17 e quero estar presente”, afirmou a ala/pivô que marcou 52 pontos e pegou 45 rebotes no campeonato, além de 7 assistências.
Destaques individuais
Kananda Ribeiro, do Ourinhos, foi a segunda cestinha do campeonato, com 105 pontos, média de 15 pontos por partida. A primeira colocada foi a argentina Vitória Llorente, com 135 pontos (19,3 de média). Já Monique Pereira, da Unimed/Americana, foi a principal reboteira do campeonato, com 69, média de 9,9 por jogo. A melhor brasileira em assistências foi Caroline de Oliveira, com 21 assistências, média de 3 por partida. Ela também foi a sétima cestinha do campeonato, com 81 pontos, média de 11,6 por partida.
Nos lances livres, o Brasil teve os dois primeiros destaques do campeonato, com Kananda Ribeiro que conseguiu 14 de 17 tentativas, com 82,4% de acerto, ficando em segundo lugar Caroline de Oliveira, com 23 de 31 tentativas, com 71,9% de acerto.
Nos arremessos de três pontos, Susan Cortes, acertou 11 de 34 arremessos, com 32,4% de acerto. A outra brasileira que se destacou foi Tayna Reis, com 7 de 25 tentativas, com 28%.
Campanha no Equador
Foram 7 jogos, 7 vitórias no Equador
Primeira fase
Brasil 64x48 Chile
Brasil 88x24 Peru
Brasil 112x44 Uruguai
Brasil 87x47 Colômbia
Brasil 77x55 Argentina
Semifinal
Brasil 67x28 Equador
Final
Brasil 74x42 Chile
3 comentários:
A Hortencia é sempre criticada as vezes até grosseiramente, mas temos que lembrar que ela sempre disse que iria organizar as seleçoes de base.
Depois de dez anos alguem vai lembrar?
Acompanhei os jogos pelo play by play da Fiba Americas e fiquei por um lado feliz ao perceber que o treinador estava utilizando atletas como Vitória (1,81m) e Kananda (1,78m) nas alas, pois apesar da baixa estatura, com a Janeth elas jogaram exclusivamente na posição 4.
Por outro lado, fiquei com a impressão que o treinador exagerou (não digo se perdeu por que não assisti as partidas ao vivo), ao testar tantas opções diferentes, às vezes por apenas 2 minutos(a mesma atleta que estava jogando de ala armadora, 5 minutos depois, era a atleta mais alta em quadra e supõem-se que era também a única pivô ou então, três armadoras ao mesmo tempo em quadra, ou três pivôs 5).
Enfim, espero que os testes mesmo sendo tantos e por tão pouco tempo, sirva para alguma coisa no futuro, como foi dito por ele no post e não seja algo que fique perdido, porque as partidas foram muito fáceis e mesmo testando tanto, o Brasil sobrou.
Seria muito interessante também que a Janeth tivesse por lá para observar esses testes e quem sabe aproveitar algumas atletas da seleção sub-15, no Mundial sub-17 do ano que vem, mas ao invés dela, quem estava lá era o Enio Vecchi, enfim coisas da CBB!
Parabens cris! Vc merece, oque deveria acontecer é investir no cris e nao na janeth!
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