Claudio Nogueira csn@oglobo.com.br
Aos 32 anos, ela mostrou o fôlego de uma novata, e com 1,70m, agigantou-se com a bola nas mãos, conduzindo na quadra a seleção brasileira feminina rumo ao título invicto do Pré-Olímpico de Neiva, na Colômbia, e à conquista da vaga nos Jogos de Londres. Ela é a armadora Adrianinha, destaque da campanha brasileira, junto com Érika, a jogadora mais importante do campeonato. Com experiências das Olimpíadas de Sydney-2000 (bronze), Atenas-2004 e Pequim-2008, Adrianinha aposta que o grupo irá crescer, a ponto de lutar por um lugar no pódio no megaevento de 2012.
- Acredito na medalha em Londres. Não vamos repetir as campanhas ruins de Pequim-2008 e do Mundial-2010. A equipe tem tudo para dar alegrias. Estávamos em um momento de transição tanto em Pequim (Olimpíadas) quanto na República Tcheca (Mundial) - afirmou Adrianinha, por correio de voz.
CBB toca Projeto Érika
A delegação desembarcou em São Paulo ontem de madrugada. Ainda em Neiva, a dirigente Hortência, ex-craque, revelou o planejamento, que inclui torneios internacionais e a repatriação de Érika, do Atlanta Dream, da WNBA. Segundo Adrianinha, do Parma, da Itália, o Brasil precisa de mais jogos internacionais.
- Na Europa, os campeonatos são tão fortes, e as meninas que estão lá convivem semanalmente com jogos e campeonatos mais fortes. O Brasil precisa disso não só no adulto, como na base - disse Adrianinha. - Isso vai dar uma referência muito boa. Quando já se conhece o adversário é diferente. Jogamos com Cuba várias vezes e já sabíamos o que esperar, como nos comportar, em que nível está o nosso jogo.
A vaga invicta foi obtida com consagradores 75 a 33 sobre a Argentina, no sábado.
- A vaga representa, acima de tudo, para todas nós, o resultado do treinamento, do esforço, e serve para mostrar que o basquete brasileiro ainda está entre os melhores, apesar de campanhas ruins em Mundiais e Olimpíadas, mas estamos aí ainda representando nosso país na principal competição - enfatizou ela, afastando, de início, a hipótese de jogar na Rio-2016. - Penso só em 2012, por enquanto. Pensava na vaga, e agora penso em Londres. É um passo de cada vez.
A classificação do masculino e do feminino, o que não ocorria desde Atlanta-1996, faz renascer a modalidade:
- Quando o masculino ganha, não é só ele. É a modalidade em geral. Masculino ou feminino é o menos importante. A modalidade é a mesma.
Em São Paulo, o presidente da CBB, Carlos Nunes, confirmou que vai se movimentar para repatriar Érika, da WNBA, que só pôde se apresentar à seleção às vésperas do Pré-Olímpico, sem treinar.
- Queremos trazer a Érika de volta, para nos prepararmos bem para 2012. Seria interessante trazê-la não só para jogar, mas para treinar. Érika gostaria de voltar ao Rio por ser carioca - disse Nunes, acrescentando que em até 40 dias o projeto estará na rua.
Nesta segunda-feira, ele assinou carta de intenção para a prefeitura de Campinas construir lá o CT do adulto e um ginásio para seis mil pessoas. Em São Sebastião do Paraíso (MG), o governo estadual e a prefeitura construíram um CT para a base:
- Quero me reunir com Eduardo Paes, para ver uma parceria com a Prefeitura do Rio, embora não tenhamos recursos para fazer as obras.
Fonte: O Globo
Um comentário:
"Quero me reunir com Eduardo Paes, para ver uma parceria com a Prefeitura do Rio, embora não tenhamos recursos para fazer as obras." esse cara fala, fala e não diz nada! cala a boca!
Postar um comentário