terça-feira, 29 de junho de 2010
Seleção Sub-18 retorna ao Brasil
ENTREVISTA – Zheng Haixia (1996)
A pivô chinesa Zheng Haixia foi também protagonista na maior conquista do basquete brasileiro – o Mundial da Austrália (1994). A gigantesca jogadora ficou com a prata na ocasião. Na minha memória ficou marcada uma entrevista de Zheng à Folha de São Paulo em 1996, ano em que ela reencontraria Paula e Hortência na disputa olímpica em Atlanta (1996). O Renato recuperou esse texto, que eu compartilho com os leitores:
Encerrar a carreira com uma medalha de ouro na Olimpíada de Atlanta-96 é o sonho de Zheng Haixia, 28, a mais alta estrela do basquete feminino chinês.
Com seus 2,04 m de altura, ela solta o sorriso maroto e ressalva: "Mas antes disso, quero vencer, em outubro, nos Jogos Asiáticos que serão realizados no Japão".
Zheng aumentou a carga de treinamento e em vez das quatro horas diárias, saltou para seis. Num dos intervalos entre os exercícios, ela recebeu a Folha.
Quando entrou na sala de visitas do centro esportivo, precisou "fazer uma ginástica" para não bater a cabeça no batente da porta.
"Nos Jogos Asiáticos, a Coréia do Sul representa nosso principal adversário", constata a jogadora.
Mas, acrescenta, que as repúblicas que formavam a União Soviética, como o Cazaquistão, também serão adversários difíceis. Têm tradição na modalidade. Nas décadas de 60 e 70, e início de 80, a hegemonia mundial nos torneios femininos era dos times soviéticos.
Zheng faz a análise com sua voz grossa, quase masculina.
Cabelos presos por uma fivela, veste uma camiseta do time profissional norte-americano de basquete do Chicago Bulls e uma bermuda xadrez.
No pulso esquerdo, o toque feminino de duas pulseiras de pano.
A lista de títulos colecionados por Zheng em sua carreira não é tão alta. Neste ano, faturou os Jogos Universitários Mundiais.
Nas três Olimpíadas que participou, o melhor resultado foi em Barcelona 92, medalha de prata, enquanto nos quatro Mundiais jogados, chegou a um vice-campeonato neste ano na Austrália, quando a China foi derrotada pelo Brasil.
Mas as memórias do Brasil não estão ligadas apenas à derrota.
A tarefa árdua de achar roupa só fica um problema menor se comparado com as dificuldades que Zheng enfrenta para entrar em um carro.
Zheng não tem namorado e diz que suas preocupações atuais excluem casamento e a idéia de ter filhos.
A carreira no basquete começou em 1979, quando Zheng tinha 12 anos e 1,74 m de altura. Em casa, a caçula sempre chamou atenção pela altura.
"Meus pais tinham um tamanho normal e entre meus quatro irmãos, o maior tem 1,80 m", conta ela, que adora jogar basquete.
Zheng Haixia gosta de música (clássica e popular chinesa) e leitura, atividades que ocupam seu tempo livre, ou melhor, os momentos que está desobrigada dos treinamentos e exercícios.
Aproveita também esses períodos para ensinar esporte, dedicando-se especialmente ao trabalho com crianças, outro prazer.
Essência de jasmin é seu perfume preferido, bem como as cores preto e vermelho.
Apesar do corpo avantajado (2,04 m de altura, aproximadamente 110 kg), suas preferências alimentares surpreendem: peixes e frutas. Mas ela detesta cozinhar.
Hoje, quando não está na seleção, Zheng joga no "Primeiro de Agosto", o time do Exército e campeão nacional.
Pensando em terminar a carreira em 96, ela desenha os planos para o futuro: "Não quero me afastar do basquete, quero contribuir para o desenvolvimento do esporte em nosso país, talvez como treinadora de crianças ou dirigente".
"Acho que nosso basquete tem um futuro brilhante pela frente", opina Zheng, com otimismo.
A pivô, estrela da seleção de seu país, afirma que o número de admiradores está crescendo.
"Por isso vamos nos desenvolver ainda mais", diz a jogadora, embebida por um otimismo chinês.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Os 1000 pontos de Iziane
Na partida de ontem contra o Sparks, a cestinha Iziane alcançou a marca dos mil pontos com a camisa do Atlanta Dream.
É a primeira atleta da franquia a alcançá-la.
Estrela do basquete canadense se impressiona com a seleção brasileira de futebol
A pivô canadense Tammy Sutton-Brown (Indiana Fever) deixou registradas hoje no Twitter suas boas impressões sobre a seleção de Dunga, após a vitória sobre o Chile (3 a 0) nas quartas-de-final da Copa do Mundo. E apostou no time como candidato ao título mundial:
Depois da prata, o que a CBB vai fazer com Tássia, Damiris, Joice & Cia?
Encerrada mais uma campanha das categorias de base, fica difícil não voltar ao tema.
O que será feito com essas meninas que conquistaram a prata das Américas? Qual o plano da Confederação Brasileira de Basquete e da nossa dirigente Hortência para Damiris, Tássia, Joice, Aruhza, Cacá, Mayara, Isabela Ramona, Milena, Jennifer Sirtoli, Mariana Lambert, Érika Leite e Aline?
Elas parecem promissoras e conseguiram um resultado que repete o da primeira edição da competição (Campinas, 1988), quando a seleção de Heleninha tinha nomes como Adriana, Janeth, Roseli e Pontello.
Nas edições seguintes a seleção chegou duas vezes ao ouro. Em 1992 (Méxic0), com o grupo de Alessandra, Cíntia Tuiú, Silvinha, Jacqueline Godoy, Leila Sobral e Claudinha, comandadas por Miguel Ângelo. Esse resultado, aliás, foi o combustível para que ele assumisse a seleção, que dois anos mais tarde seria campeã mundial, com três atletas desse grupo.
Quatro anos mais tarde, ouro em Cancún, sob o comando de Barbosa, com Adrianinha, Cris, Kelly, Micaela, Mamá, Karla. Duas delas estavam nas Olimpíadas num intervalo de 4 anos.
De lá para cá, em 2000 fomos bronze, em 2004 e 2006, quarto e em 2008, terceiro. Dessas três últimas edições, há apenas duas atletas convocadas para a seleção brasileira (Nádia e Franciele).
Após a disputa da edição 2010, há um Mundial no próximo ano. Mas o basquete brasileiro tem falhado em oferecer uma oportunidade a essas meninas de “adultecerem" – me permitam o neologismo: de mostrarem seu valor em times adultos, de terem oportunidades na seleção e um lugar no mercado do basquete.
A regra tem sido denominar as gerações de “preguiçosas” ou “sem talento” e nomes que tiveram uma vida nas seleções de base são rifados do processo, passando a se investir em outros mais velhos (a saída mais comum) ou mais jovens.
O cenário todo é muito complicado, mas algo tem que ser feito. Se essas meninas forem entregues ao sub-mundo dos nossos sofridos clubes, o resultado vai ser mais uma geração rifada do mapa.
O basquete feminino é dependente da Confederação e é dela que precisa partir algo: um ranqueamento, uma seleção B, um time da CBB de jovens para disputar Nacional e Paulista ou amistosos internacionais, um incentivo aos poucos que têm se aventurado nesse terreno árido (como Sâo Caetano e Jundiaí).
Repito: algo precisa ser feito, a não se continuemos confortáveis vendo o número de carreiras interrompidas depois de uma trajetória de sucesso na base. E mais confortáveis ainda pagando um mico olímpico em 2016.
Seleção Adulta se apresenta amanhã em Barueri
Os velhos vícios
Já tratei aqui no blog inúmeras vezes do tratamento privilegiado que a CBB oferece às seleções masculinas. Nos últimos tempos, andava até calado. Talvez já conformado com algo que não deve mudar tão cedo e que se repete com o futebol feminino (mas não com o vôlei).
Até acredito que a atual gestão tem feito boas iniciativas nesse sentido, mas certamente ainda há diferenças, como as vistas no fim-de-semana que assustam e incomodam.
O Fábio Balassiano retoma a discussão em texto hoje, que merece a leitura: A democracia da CBB.
domingo, 27 de junho de 2010
Brasil fica com a prata na Copa América Sub-18
Decisão do Sétimo Lugar:
Porto Rico 71 x 41 Costa Rica
Decisão do Quinto Lugar:
Argentina 64 x 51 México
Decisão do Bronze:
Canadá 81 x 42 Chile
Decisão do Ouro
Estados Unidos 81 x 38 Brasil
Mais fotos de Brasil x Estados Unidos
Fonte: USA Basketball
CBB me responde no Twitter, mas depois muda de ideia e apaga
Assumo.
Eu sou o chato da paróquia.
E tem certas coisas capazes de elevar essa minha chatura a níveis jamais esperados.
Ao ver ontem a deselegante postura da CBB na cobertura das Copas Américas masculina e feminina sub-18, não me contive e disparei reclamações.
Hoje pela manhã, reforcei o combate e inclusive enviei e-mail ao presidente da CBB e à ouvidora da entidade.
Fui surpreendido ao ver que a resposta apareceu no mesmo Twitter.
O responsável resolveu dar uma desculpa (esfarrapada – é verdade) a esse humilde datilógrafo, como diria Barbara Gancia.
O pior é que ele(a) se arrependeu e apagou a mensagem, mas consegui recuperá-la no FriendFeed:
(“transmitidos ao vivo” era o final do argumento).
Enfim, taí o registro da resposta ao meu protesto, mas o melhor é ver a lição aprendida – já são vários os tweets sobre a competição feminina no dia de hoje.
Nada como um dia após o outro.
Iziane é cestinha na vitória sobre o Los Angeles
Iziane, que tem um excelente histórico em partidas contra o Los Angeles, voltou a chamar atenção no encontro de hoje, em que o Atlanta venceu o Sparks por 89-81.
A brasileira marcou 21 dos seus 25 pontos na segunda metade da partida e foi decisiva para a vitória.
Em 31’, Izi acertou 4 das seis tentativas de três pontos e 2 dos sete arremessos de dois pontos. O ponto negativo foi o 50% nos lances-livres (9 em 18). Sua média na carreira na WNBA é 75%.
A maranhense ainda pegou 4 rebotes.
Érika jogou apenas 11’. Teve 9 pontos, 4 rebotes e 4 faltas.
A cestinha do Sparks foi Delisha Milton, com 19 pontos e 11 rebotes.
As brasileiras Iziane, Érika e Janeth (!) em Atlanta
O Atlanta Dream mantém uma página no Facebook muito interessante (Atlanta Dream Facebook Page), que conta com uma seção de fotos exclusivas.
Muitas dessas fotos registram a dupla de brasileiras da equipe.
Por falar em registro fotográfico, o blog Pleasant Dreams flagrou a passagem de Janeth por Atlanta na última semana. Confira no post One of the Greats.
E o saldo final do dia no twitter da CBB foi…
31 tweets sobre a seleção sub-18 masculina que estreou na Copa América
x
1 tweet sobre a seleção sub-18 feminina que é finalista da Copa América
sábado, 26 de junho de 2010
Twitter da CBB deixa bem clara a preferência pelos queridinhos
Acho fantástica a incursão da CBB em novas mídias, como o Twitter.
Mas fiquei espantado ao checar agora há pouco que a entidade não conseguiu disfarçar sua ‘devoção’ ao basquete masculino nem no serviço de microblogs.
Hoje a sub-18 masculina estreou com vitória na Copa América.
A sub-18 feminina faz a semifinal da mesma competição, contra o Canadá.
Há pelo menos 15 tweets sobre o jogo dos meninos no canal da CBB (@CBB_basquete), com uma animação ímpar: “Jogaram muito!!!”.
Perdi as contas no meio, mas é gritante o desequilíbrio em relação aos tweets mencionando a competição feminina.
Até o momento (19:45) não há nenhuma informação sobre a semifinal feminina em curso.
Mas o twitter da USA Basketball, por exemplo, já traz a informação:
Um pouquinho mais de atenção e disposição para cubrir o femino não faria mal, não é mesmo?
Brasil vence Canadá por um ponto e faz final da Copa América Sub-18
Disputa do Quinto Lugar
México 73 x 55 Porto Rico
Argentina 86 x 34 Costa Rica
Semifinais
Estados Unidos 98 x 28 Chile
Brasil 50 x 49 Canadá
As cestinhas da partida foram Aruzha e Carina com 15 pontos cada.
Santo André levanta cabeça e pensa nos Regionais
Anderson Fattori
O sentimento na equipe de basquete feminino de Santo André era o pior possível, ontem, um dia após perder de forma inacreditável a decisão do Campeonato Paulista para Americana. Até mesmo a técnica Laís Elena, com quase 40 anos de basquete, sentiu o golpe. Não pela derrota, mas por saber que esteve tão perto da conquista.
"Estamos decepcionadas. Tínhamos tudo para conquistar o título e vacilamos. Prevaleceu a experiência de Americana", lamentou a treinadora.
Se esforçando para deixar a derrota em segundo plano, Laís Elena falou sobre o futuro. "Temos de levantar a cabeça e nos preparar para os Jogos Regionais (a partir de julho) e também para a Liga Nacional (em outubro)", aconselhou. "Pelas conversas que tivemos, vamos manter a equipe. Se alguma jogadora tem proposta para sair, ainda não nos comunicou", garantiu.
Sobre reforços, Laís considera difícil, já que são poucas opções. "Os times estão fechados e não tem tantas jogadoras no mercado. Para contratar temos de buscar fora do País", explicou a treinadora, que não teme perder o patrocínio do Semasa. "Cumprimos o que prometemos no começo do Paulista que era chegar às finais. Claro que queríamos o título, mas não deu. Os representantes do Semana e da Prefeitura estiveram no ginásio e elogiaram nossa determinação", finalizou.
Fonte: Diário do Grande ABC
A menina Thamara deixa o basquete
Há algumas semanas circula nas caixinhas a informação de que a pivô Thamara, 15 anos, teria deixado o basquete.
O Fábio Balassiano confirma hoje o fato em ótimo texto: S.O.S. Thamara.
Trata-se de uma das maiores promessas da modalidade, destaque na conquista do Sul-Americano sub-15 (2009) e convocada para a seleção sub-18, que ontem confirmou a vaga para o Mundial.
Aqui no blog, há alguns registros sobre Thamara (clique aqui para ver) e muito se falou dela na entrevista com Guilherme Vos, seu técnico na Mangueira, que já então comentava sobre a timidez da jovem. Relida agora, sua frase ‘Se ela [Thamara] continuar a amar o basquete, será uma das atletas que passará pelo funil e poderá continuar vivendo do que ama’ parece ter outro significado.
É realmente uma pena.
Por falar na seleção sub-18, indico outro texto do Bala na Cesta que gostei bastante: A vitória e a constatação.
A Frase
“Se Sancho Lyttle é espanhola, eu sou o Batman!”
O ‘homem-morcego’ comentando a recém-anuncidada cidadania da pivô do Atlanta Dream no site espanhol EnCancha.
Unimed mostra força e é campeã paulista de 2010 (O Jogo)
Foi uma noite inesquecível para o basquete feminino de Americana. A equipe da Unimed, depois de começar perdendo por 2 a 0 o playoff final do Campeonato Paulista de Basquete Feminino, mostrou força para reagir e fechar em 3 a 2 a série melhor-de-cinco. O ápice da história foi quinta-feira (24), no Ginásio Pedro Dell´Antônia, na Vila Pires, em Santo André, no confronto que definiu o título da temporada 2010.
Apoiadas por aproximadamente 300 torcedores que foram ao ABC, as meninas do técnico Luiz Zanon derrotaram o time da casa por 71 a 61 (31 a 35 no primeiro tempo) e sagraram-se campeãs estaduais. A Unimed não ganhava um campeonato desde 2003, quando conquistou o Paulista e o Brasileiro. A festa foi intensa na casa do adversário, com jogadoras, comissão técnica, dirigentes e torcida extravasando toda alegria pela vitória.
O jogo foi digno de final de campeonato. Santo André foi um pouco melhor no primeiro tempo, vencendo o primeiro quarto por 15 a 12 e o segundo por 20 a 19. A Unimed sobrou no segundo tempo. Com defesa agressiva e sob comando de Karla Costa e Helen Luz, a equipe de Americana, gradativamente, passou a dominar as ações em quadra, enquanto o adversário começou a cometer erros em excesso. A Unimed venceu o terceiro quarto por 19 a 13 e o último período por 21 a 13, fechando o jogo em 71 a 61.
Antes mesmo do cronômetro zerar, da arquibancada já ecoavam os gritos de "é campeão!". Ao final da partida, jogadoras, comissão técnica, dirigentes e patrocinadores se abraçaram e não faltou choro de alegria. A delegação retornou a Americana na madrugada de hoje. No início da tarde, aconteceu evento na sede da VivoSabor Alimentação. Logo após, houve carreata pelas principais ruas e avenidas de Americana.
Karla Costa foi a cestinha do jogo com 22 pontos. Também pontuaram pela Unimed: Mamá (5), Carina (10), Karina (7), Fabi (2), Karen (9), Helen (12) e Fabão (4).
KC22: "Foi a conquista da superação e merecimento"
Ídolo da torcida e destaque nos jogos finais, a lateral Karla Costa, a KC22, teve o privilégio de levantar a taça do Campeonato Paulista como capitão da equipe. Depois de muita comemoração e fotos com os torcedores, a jogadora falou ao O JOGO sobre o título.
"Foram cinco jogos difíceis, mas nossa conquista foi a conquista da superação, do merecimento. Nossa equipe foi muita criticada, judiada, mas mostrou que tem valor. Devíamos um título para Americana e para os patrocinadores. O título agora está aí", afirmou KC22.
"Voltei para ser campeã. Estou muito feliz. Merecemos o título por toda superação que tivemos", disse a armadora Helen Luz, outro destaque da Unimed e que retornou do basquete europeu recentemente.
"É o tipo de conquista que ninguém pode contestar, não há questionamento. Superamos Catanduva, que era apontada como grande favorita, e agora batemos Santo André depois de sair perdendo por 2 a 0. Nossa primeira missão do ano está cumprida. Temos outras pela frente", comentou o técnico Luiz Augusto Zanon, que faz história como campeão com time masculino e com equipe feminina.
"Tivemos alguns momentos complicados ao longo do campeonato, mas em momento algum as meninas perderam o foco no trabalho. Todos nós tínhamos confiança naquilo que estávamos fazendo e o resultado veio. Me enche de orgulho saber que a parte física foi importante na conquista do título", falou o preparador físico Vita Haddad.
Bastidores do título da Unimed – Zaramelo Jr
- O jogo começou com 40 minutos de atraso porque o ônibus que levava a delegação da Unimed ao ginásio ficou preso em congestionamento monstro pelas ruas de Santo André.
- O atraso acabou sendo benéfico, pois a chegada das jogadoras coincidiu com a chegada dos ônibus dos torcedores. A troca de energia positiva começou fora do ginásio.
- Karla Costa, a KC22, desceu do ônibus com a cara fechada, amarrada, sinal de concentração total. E ela jogou muito.
- Torcida de Americana deu show na arquibancada do Pedro Dell´Antônia. Apoiou do início ao fim. A torcida da casa, mesmo em maior número, foi goleada pelos americanenses.
- Além dos ônibus, muita gente de Americana foi ao ABC paulista de carro.
- Parentes de integrantes da comissão técnica de Santo André meteram pressão para que não fosse liberado um espaço para a torcida da Unimed. Um carequinha mau-humorado e uma moça histérica queriam que os americanenses ficassem no fundo do ginásio, mas o policiamento liberou e a galera fez a festa.
- Dos patrocinadores da equipe, dois estavam em Santo André: Alexandre Brochi, da VivoSabor Alimentação, e Émerson Oliveira, da Folhamatic.
- Mario Antonucci, secretário de Esportes, também marcou presença no jogo que valeu o título à Unimed. Ele abraçou e beijou quem apareceu pela frente. E fez a entrega da taça à capitã Karla Costa.
- A família do prefeito Diego De Nadai foi apoiar a equipe de Americana. Estavam no ginásio o pai Oswaldo, a irmã Talita e o cunhado Rodrigo Siqueira.
- Débora Costa e Leila Zabani, jogadoras campeãs nascidas em Americana, assim como Babi Honório, tiveram o apoio dos pais e dos irmãos.
- O último título da Unimed havia sido o Nacional de 2003, com vitória sobre Ourinhos, também na casa do adversário. Daquela época, os remanescentes são o preparador físico Vita Haddad e as jogadoras Babi Honório e Karen Gustavo.
- Na comemoração, a taça caiu das mãos da pivô Mamá e uma parte ficou solta. Mas nem isso serviu para tirar o ânimo das campeãs.
- Ricardo Molina, presidente da ADCF Unimed, estava em êxtase. Foi seu primeiro título desde que assumiu o comando do basquete da cooperativa médica. "PQP, ganhamos essa p...!!!", não cansava de gritar o dirigente.
- Molina queria que jogadoras, comissão técnica e patrocinadores jantassem em churrascaria da Capital, mas em razão do horário avançado, mais de meia-noite, nenhum local estava aberto.
- Por isso, ficou mesmo num lanche no Frango Assado da Rodovia Bandeirantes.
- Vita Haddad desfilava todo orgulhoso pela lanchonete com a medalha de campeão no peito. "Amanhã cedinho vou entregar essa medalha para minha filha", disse o preparador físico.
- Os ônibus das jogadoras e dos torcedores chegaram em Americana durante a madrugada, por volta das 3h. Os veículos tiveram que desviar de congestionamnto na Marginal, em São Paulo.
- Pela ordem, as próximas competições da Unimed são Jogos Regionais, em julho, Jogos Abertos do Interior, em outubro, e Liga Nacional, a partir de 30 de outubro.
- A armadora Natalinha, que jogou pela Unimed em 2009, foi a Santo André levar seu apoio às amigas da equipe de Americana.
- O JOGO foi ao Pedro Dell´Antônia. Estive lá ao lado do fotógrafo Allisson Roberto.
- O cartola multiuso Roberto Camacho não aguentou a tensão e ficou o jogo todo do lado de fora do ginásio. Só voltou quando escutou a torcida gritando "Americana!" e "É campeão!". O coração do glorioso Tio disparou
- Na foto da coluna, o rebolation de Karina Jacob e Karla Costa.
Zaramelo Jr
Vídeo (EPTV): http://eptv.globo.com/emc/VID,0,1,18310;1,americana+campea.aspx
Fonte: Jornal O Jogo
Campeãs paulista desfilam pela cidade
O time de basquete feminino de Americana, que conquistou o título paulista quinta-feira, ao bater Santo André no ABC, foi recepcionado no início da tarde de ontem na empresa Vivo Sabor, uma das patrocinadoras da equipe, em Americana, e depois percorreu as principais ruas e avenidas da cidade sobre um carro de som. A ausência foi o técnico Luiz Augusto Zanon.
O preparador Vita Haddad, que há anos participa do projeto de basquete da Unimed. “O trabalho em equipe é tudo e posso dizer que é fantástico trabalhar com vocês (grupo de atletas). Passamos juntos por todas as dificuldades”, comemorou. Para a ala Karla, uma das principais jogadoras da equipe, o time “tinha algo a mais” para buscar o título e não se abalou com as críticas.
O secretário de Esporte, Mário Antonucci, era um dos mais animados com a conquista do time americanense. “Vínhamos há vários anos tentando a conquista e sempre batia na trave. Desta vez foi diferente. Vocês não sabem a alegria que deram a Americana. Agora temos pela frente os Jogos Regionais, e com certeza não terá pra ninguém”, comemorou.
Para o presidente da Unimed Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa, Rafael Moliterno, a conquista é “de muita importância e incentivo para as garotas que fazem parte das categorias de base”. Americana tem pela frente os Regionais, no mês que vem, depois o Brasileiro e os Abertos.
LUIZ PENINHA
Fonte: Todo Dia
Mais fotos da carreata:
Fonte: Jornal O Liberal