sábado, 2 de maio de 2009

Candidato promete priorizar mulheres, criar liga e estudar ranqueamento

A medalha de bronze conquistada pela seleção feminina nos Jogos de Sidney-2000 foi o melhor resultado da gestão de 12 anos de Gerasime "Grego" Bozikis na CBB. Enquanto os homens já esqueceram como é disputar uma Olimpíada, as mulheres participaram regularmente da competição. Único adversário do atual mandatário nas eleições presidenciais da entidade, Carlos Nunes promete priorizar o feminino, criar uma liga independente e estudar a possibilidade de promover um ranqueamento no Nacional."O basquete feminino é nossa única chance de medalha neste momento. Não que no masculino não tenha, mas chances reais mesmo, agora é só no feminino. As coisas têm que mudar, precisamos de um apoio muito maior, decisivo e profissional para as meninas que vêm representando muito bem o nosso basquete. Precisa existir, no mínimo, uma isonomia (igualdade de condições) em relação ao masculino", afirmou o candidato.Reunidos na LNB, os principais clubes do País passaram a organizar um campeonato de forma independente e com a chancela da CBB nesta temporada. Entusiasta do NBB, Carlos Nunes pretende estender o modelo para as mulheres, que seguem sob o espectro da entidade comandada por Bozikis. "Se a atual diretoria da liga masculina não quiser encampar e fazer o mesmo no feminino, vamos fazer essa proposta", declarou o candidato.
Ainda sob a batuta da CBB, o Nacional Feminino é monopolizado por Ourinhos. Desde 2004, a equipe do interior paulista conquistou todos os títulos. O pentacampeonato provocou a discussão de um possível ranqueamento das atletas para equilibrar os times, nos mesmos moldes da Superliga de vôlei. Nunes prefere não comentar a parte técnica, porém admite estudar a proposta. "Meu foco é o setor administrativo, mas quero chamar gente que entende para discutir isso", declarou.
Ex-jogadora do Catanduva e atualmente em Americana, a armadora Natália aprova a ideia de elaborar uma maneira de aumentar o equilíbrio entre as equipes na disputa do campeonato nacional. "Seria uma solução. Ourinhos é uma elite no basquete, é um time que tem seis seleções. Seria bom se tivesse uma forma de distribuir as jogadoras de seleção brasileira entre as participantes", declarou a jogadora da equipe nacional.

Hoje em Americana, a pivô Micaela já jogou em Ourinhos. Companheira de Natália na seleção, a atleta também se mostrou favorável ao ranking, mas lembrou que todos os clubes devem ter condições para receber e remunerar as atletas. "Tem time que é uma tristeza. Se distribuírem as jogadoras, ninguém vai querer ficar em um lugar sem estrutura. Vou fazer 30 anos e tenho que parar daqui a uns cinco. Espero que tenha um ranqueamento e salários decentes para todos", afirmou.Entre o fim do Nacional e o começo dos campeonatos estaduais, as jogadoras passaram mais de 100 dias sem jogar. Nunes se disse preocupado com a questão do calendário, mas avisou que a princípio não pretende mudar nada neste sentido até a disputa da Copa América. "A única coisa que eu queria quando acabou o campeonato era sair para jogar na Europa. É horrível ficar só treinando tanto tempo, quase me descabelei. Peguei tanto peso, que até meu pai falou que eu estava forte", reclamou Micaela.As atletas preferiram não manifestar preferência por um determinado candidato, mas a pivô fez algumas reivindicações. Ela pediu mais atenção com as categorias de base e foi enérgica no momento de falar sobre os amistosos da seleção brasileira. "Não queremos jogar contra o Chile, que é uma porcaria e não acrescenta nada. Mesmo perdendo, é melhor pegar times europeus e dos Estados Unidos. Para que enfrentar o Chile se sabemos que vamos ganhar? Temos que ter parâmetros", disse.



Fonte: Gazeta Esportiva

7 comentários:

sta.ignorancia® disse...

"Não queremos jogar contra o Chile, que é uma porcaria e não acrescenta nada. Mesmo perdendo, é melhor pegar times europeus e dos Estados Unidos. Para que enfrentar o Chile se sabemos que vamos ganhar? Temos que ter parâmetros"


Hahuahauahuahuahuahauhauhaua, Micaela tá certissima!

Cleverson disse...

È dessas que gosto, que colocam a boca no trambone mesmo :)

Márcio - Ourinhos-SP disse...

Bom dia, pessoal. Concordo com tudo isso que foi dito, não tiro uma vírgula sequer. O rumo é esse mesmo e tomara que não fique só nas palavras, mas que seja realmente colocado em prática. O ranqueamento realmente é uma forma inteligente de distribuirmos as forças de maneira equilibrada. E é aí que queria dar uma "pitadinha": Ourinhos não está mais sozinho nessa história de "time imbatível"! Tá certo que os títulos vieram, isso é fato! Mas no atual campeonato, Americana e Catanduva também estão com super-times, concordam? Prova disso foi o jogo daqui de quinta-feira. Pra terminar, só um recado pro pessoal de Americana: pessoal da diretoria, as meninas daí merecem um ônibus melhor e mais confortável pra viajar hein! Elas merecem. Não digo isso pra insultar Americana, tá, por favor não me entendam mal. Só quero mesmo dar esse alerta. Forte abraço a todos.

Anônimo disse...

PIVô Micaela!!!??? Era só o que faltava...

Anônimo disse...

A MICAELA BOTAR A BOCA NO TROMBONE..VC SÓ PODE TA DE BRINCADEIRA...ELA É AFINADA PRA TUDO...KKKK

sta.ignorância® disse...

Pois é, cismaram que a Kaé é pivô... rs

Cris Lima disse...

Desejo msm que isso vire realidade.
É muito triste ver o feminino que sempre esta nas olimpíadas e fazendo um belo papel, apesar da estrutura, sem no mínimo um campeonato decente.