terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Kátia & Kattynha: a dupla de cestinhas de Santo André


Cestinhas do Santo André no Campeonato Nacional 2008, a armadora Kátia Cavallaro e a ala Kattya Pereira se destacaram na ótima campanha do time do ABC paulista, que garantiu sua vaga entre as quatro semifinalistas da competição. Kátia Cavalaro é a quarta cestinha do Nacional, com médias de 16.3 pontos por partida (260 no total) e 3.4 assistências, enquanto Kattya Pereira, a Kattynha, é a segunda principal pontuadora do Santo André, com médias de 15.9 por jogo (255) e 2.3 assistências.

Kátia Cavallaro, de 25 anos é o cérebro da equipe. Armadora de alto poder ofensivo, está na segunda temporada no Santo André e atribui seu bom desempenho ao trabalho de equipe.

— Estou bastante satisfeita com meu desempenho, que é fruto de treinamento e da ajuda de minhas companheiras em quadra. A equipe tem uma ótima estrutura e fui muito bem recebida aqui. Meu jogo tem melhorado de maneira considerável, principalmente no aproveitamento das bolas de três pontos.

O basquete não é a única atividade desta jovem armadora, que também é fisioterapeuta. Entre treinos e jogos, Kátia encontra tempo para fazer pós-graduação em Fisioterapia Cardiorespiratória.

— Amo basquete, mas vida de atletas não dura para sempre. Achei melhor ter uma segunda opção. Foi difícil conciliar faculdade, estágio, treinos e jogos, mas consegui. Hoje está mais fácil. Faço pós-graduação uma vez por semana em São Paulo, onde moro, e estou adorando.

Kattya Pereira, ou Kattynha como é conhecida, está no Santo André há três anos. Aos 29 anos, a ala comemora o momento de evolução na carreira.

— Sinto que minha visão de jogo tem melhorado e eu estou podendo ser mais útil ao time. Estou feliz por ter ajudado Santo André a chegar até a semifinal, pois foi uma conquista merecida. Formamos um grupo unido, entrosado, que tem na coletividade seu ponto forte. É muito gratificante jogar em um clube de tanta tradição no basquete feminino.

Kattynha mora em Santo André com mais seis jogadoras do time adulto. Apesar de tanta gente, a ala garante que o ambiente é organizado e alegre.

— Aqui todo mundo faz a sua parte. Somos todas muito alegres, brincalhonas, mas muito responsáveis também. Ninguém sobrecarrega ninguém e a gente mantém tudo limpinho e arrumado.

Kattya, que começou a carreira com 12 anos, em Piracicaba, sua cidade natal. No começo tentou o vôlei, mas depois se apaixonou pelo basquete. Nas categorias de base, defendeu o BCN em Piracicaba e em Osasco. Kattya jogou ainda no Sport Recife, Ourinhos e São Caetano.

— Na infância, tentei jogar vôlei, mas não levava jeito. Assistindo aos treinos de basquete da minha irmã, comecei a me interessar por basquete e comecei a treinar. Adorei e não parei mais. Comecei em Piracicaba, depois fui para Osasco. No início da carreira tive a oportunidade de aprender com grandes técnicas, como a Macau, Maria Helena Cardoso e Heleninha. Há três anos trabalho com a Laís, que é uma excelente profissional e sabe armar um time como ninguém. Meu jogo melhorou muito aqui e hoje sei avaliar melhor a hora de arremessar ou de passar a bola. Enfim, amadureci taticamente desde que vim para Santo André.

A companheira de equipe Kátia Cavallaro endossa as palavras de Kattynha sobre a técnica do time paulista.

— A Laís é uma técnica extremamente inteligente, que sempre tem algo de importante a dizer para suas atletas. Ela é dedicada e sempre consegue montar um time bom, entrosado e com muita disciplina tática.

A técnica Laís Elena agradece e retribui os elogios às duas jogadoras.

— Fico muito contente por fazer parte, de alguma forma, do desenvolvimento dessas duas grandes profissionais, que vêm contribuindo muito para o sucesso do Santo André. A Kattynha está conosco há três anos, é uma ótima atleta e vem fazendo diferença no time. A Kátia Cavallaro está me surpreendendo, principalmente pelo impressionante poder ofensivo que ela está apresentando neste Nacional.

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