Kelly representa legião feminina na Espanha
Quinta cestinha da Liga Feminina, pivô atesta invasão do Brasil também entre as mulheres
Quinta cestinha da Liga Feminina, pivô atesta invasão do Brasil também entre as mulheres
A presença de altetas brasileiros no basquete espanhol é evidente em ambos os gêneros. Entre os homens são quatro na divisão principal, mas no feminino a participação ainda é maior: dez jogadoras nascidas em território verde-amarelo disputam a Liga Feminina da Espanha. A pivô Kelly do Extremadura Dato é uma delas. - Aqui eu jogo contra a Alessandra, Érika, Palmira, Silvinha, Helen Luz... Tem brasileiras na A-2 e até na terceira divisão! O basquete brasileiro é muito respeitado, dizem que temos talento. Mas a fama do futebol acaba servindo para o basquete também. Dizem que as brasileiras precisam treinar mais. Acabam misturando tudo - diz a jogadora de 28 anos, por telefone, da cidade de Badajoz, perto da fronteira com Portugal. Kelly atuou no Brasil, EUA, Itália e França antes de chegar à Espanha. Na opinião da pivô, a quantidade de estrangeiras é um dos fatores que tornam o campeonato espanhol um dos mais nivelados do mundo. São atletas procedentes de diversas partes do mundo. - O Espanhol está fortíssimo. Aqui você pode ter duas estrangeiras e outras cinco comunitárias com passaporte europeu. Na minha equipe tem uma americana, duas da Bósnia, croata, portuguesa e chilena (com passaporte italiano). São sete estrangeiras e apenas cinco espanholas.
Preterida por Bassul, Kelly foca no presente
Com uma medalha olímpica de bronze no currículo para o Brasil (Sydney 2000), a pivô participou da campanha da seleção no vice-campeonato pan-americano no Rio de Janeiro. Mas sua temporada passada na Espanha havia sido irregular. E quando Paulo Bassul assumiu, o técnico preferiu experimentar outras jogadoras para o Pré-Olímpico do Chile. Fora da seleção desde então, Kelly está disposta a focar no presente, em que tem a quinta melhor média de pontos da Liga Espanhola (15,75): - Sinceramente, eu agora estou mais preocupada com o desenvolvimento da minha equipe na Espanha. Prefiro pensar em uma coisa de cada vez, e meu trabalho mais longo é este. Estou pensando em não me preocupar com a seleção ainda. Apesar de não criar expectativas, Kelly, assim como as outras nove brasileiras na Espanha, tem um conhecimento apurado acerca das rivais do Brasil no grupo do Pré-Olímpico Mundial, que será disputado em Madri entre 9 e 15 de junho.
- No basquete feminino, as duas escolas se assemelham em criatividade, liberdade e velocidade. Acredito que dentro do garrafão temos mais vantagens, mas as alas espanholas são muito rápidas. Apesar de não ter muita tradição, a Espanha ganhou do Brasil no Mundial de 2006, em jogo que não alterou em nada a campanha, mas em Atenas (2004) nós ganhamos delas nas quartas-de-final - lembra. Mesmo que perca para a Espanha, é bem provável que o Brasil ganhe das Ilhas Fiji e avançe às quartas-de-final. Se assim acontecer, o Brasil fará o seu jogo decisivo contra Cuba, algoz no Pré-Olímpico das Américas, ou Bielorrúsia, uma das forças do continente europeu. - A Bielorrúsia me preocupa mais que Cuba, pois a escola russa no basquete feminino é muito forte. Se o Brasil conseguir impor o jogo de contra-ataque, infiltração e garrafão passa por Cuba. Nossas jogadoras têm mais experiência internacional do que as cubanas. Temos que conseguir harmonizar essa experiência em grupo
- No basquete feminino, as duas escolas se assemelham em criatividade, liberdade e velocidade. Acredito que dentro do garrafão temos mais vantagens, mas as alas espanholas são muito rápidas. Apesar de não ter muita tradição, a Espanha ganhou do Brasil no Mundial de 2006, em jogo que não alterou em nada a campanha, mas em Atenas (2004) nós ganhamos delas nas quartas-de-final - lembra. Mesmo que perca para a Espanha, é bem provável que o Brasil ganhe das Ilhas Fiji e avançe às quartas-de-final. Se assim acontecer, o Brasil fará o seu jogo decisivo contra Cuba, algoz no Pré-Olímpico das Américas, ou Bielorrúsia, uma das forças do continente europeu. - A Bielorrúsia me preocupa mais que Cuba, pois a escola russa no basquete feminino é muito forte. Se o Brasil conseguir impor o jogo de contra-ataque, infiltração e garrafão passa por Cuba. Nossas jogadoras têm mais experiência internacional do que as cubanas. Temos que conseguir harmonizar essa experiência em grupo
Fonte: globoesporte.com
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