sábado, 10 de fevereiro de 2007

Basquete feminino ainda não tem projeto para o Pan do Rio

Sem treinador ainda confirmado, o Brasil não contará com estrelas como Janeth, Cíntia Tuiú e Alessandra


Heleni Felippe

A cinco meses dos Jogos Pan-Americanos do Rio, a seleção brasileira feminina de basquete ainda não tem um programa de preparação detalhado para o período e não sabe com que atletas e comissão técnica vai contar. O treinador Antônio Carlos Barbosa não foi confirmado no cargo e nem demitido após o quarto lugar no Mundial, disputado em setembro no Brasil, mas vem atuando como supervisor do basquete feminino desde então e deve ser mantido - fala-se na substituição do treinador desde o fim da Olimpíada de Atenas, em 2004.
A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) informou que fará uma reunião com a comissão técnica na semana que vem. O basquete feminino terá uma comissão técnica ampliada este ano para atender aos times sub-21 e juvenil, que têm Mundiais, e o Sul-Americano sub-17. O Brasil ainda disputa o Pan e o Pré-Olímpico com a seleção principal.

A seleção terá de lidar com a renovação nesse Pan. Barbosa observa que o grupo estará bem modificado. Não terá mais as pivôs Alessandra e Cíntia Tuiú, que se despediram após o Mundial. Dificilmente terá a ala Janeth: quer encerrar carreira na liga norte-americana WNBA, cujo calendário coincide com o Pan. Pelo mesmo motivo, Iziane é dúvida. Apesar de essencial num grupo renovado, Iziane atua no Seattle Storm. “Não temos a certeza de que será liberada. Se for, pode chegar em cima da hora.”

Barbosa disse que a equipe também deverá ter caras novas, meninas vindas da seleção sub-21, que disputará o Mundial da categoria, na Rússia - o torneio termina dias antes do início do Pan. E está à caça de atletas espalhadas pelo mundo que possam servir à seleção, como a pivô Kátia, de 22 anos e 1,92 m, que jogava em Santo André e foi afastada, em 2005, por causa de um problema de arritmia no coração. Kátia está jogando na Espanha, com a pivô Ega. “Nossa base de busca é pequena, não somos os EUA que formam dez equipes diferentes sem as atletas da WNBA.”

A presença dos EUA é incerta no basquete - se vier ao Brasil, não será a seleção principal. “Se os EUA não vierem alivia. O Brasil sempre disputa o Pan com desfalques, mas ainda assim é candidato ao ouro”, avalia Barbosa.

Fonte: Estado de São Paulo

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