Marta Teixeira
São Paulo (SP) - Vai longe o tempo em que a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) garantia aos clubes participantes do Campeonato Nacional a quase totalidade dos recursos necessários para disputar o torneio. Nesta sexta-feira, a Comissão Executiva encarregada de organizar o torneio se reuniu em São Paulo para discutir a competição, mas pouca coisa foi definida. A certeza que já se tem é que cada vez mais os clubes terão de caminhar pelas próprias pernas.
'O que os clubes têm de saber é que partem de receita zero', admitiu o presidente da CBB, Gerasime Grego Boziki. 'Para jogar, o time tem de saber que há necessidade de ter estrutura financeira e técnica para isso', avisa, afirmando que a entidade continua em busca de um patrocínio master para o evento. A exemplo do que aconteceu na temporada passada, os parceiros atuais principais limitam-se à Sportv, emissora de tevê a cabo responsável pela transmissão, e a Penalty, que fornece as bolas.
Mesmo sem contar com um patrocinador para o torneio desde a saída da Caixa Econômica Federal e com uma edição em aberto da competição (o último Nacional aguarda decisão da Justiça para conhecer seu campeão), Grego acredita que o interesse pela modalidade continua grande 'apesar de todos os senãos'. 'Tivemos o Mundial aqui e temos que aproveitar este boom', garante.
Pelos cálculos da Confederação, uma equipe que não queira fazer feio no Nacional precisaria gastar cerca de R$ 50 a R$ 60 mil/mês com a competição. Times de ponta, que chegam a uma despesa mensal de R$ 100 mil, gastariam até R$ 1 milhão.
Mas a atratividade do torneio nacional continua em jogo. Os grandes problemas são o custo e a simultaneidade do torneio com o Campeonato Paulista, que começou esta semana. Pela programação atual, o Nacional começa dia 12 de novembro e termina no mesmo dia do mes de junho de 2007. As disputas serão em dois turnos com playoffs decisivos.
Contudo, muitos times paulistas condicionam sua presença na competição à possibilidade de entrar no torneio apenas após o término da primeira fase do Estadual. Semifinalista do último Paulista, o Winner/Limeira é um exemplo disso. O presidente do clube, Cássio Roque, garante que o time faz sua inscrição no próximo dia 13, mas avisa que a participação dependerá do que for viabilizado na tabela de jogos e também de uma avaliação financeira dos custos.
Segundo ele, para disputar as duas competições o clube terá um aumento de aproximadamente 40% nos gastos previstos. 'Vamos analisar a situação, mas acredito que a gente vá conseguir equacionar tudo isso'. Para o técnico do Limeira, Luiz Zanon, participar do Nacional desde o início seria inviável pelo desgaste dos jogadores uma vez que não foi feito um trabalho físico prevendo esta situação. 'Agora seria complicado, mas para o próximo ano tudo bem'.
Deixar os paulistas de fora das primeiras rodadas não seria um fato inédito na competição. Isso já aconteceu em outras oportunidades para dar um alívio às equipes que chegam às finais do Estadual. Contudo, desta vez, a janela teria de ser maior porque o Nacional, que começava em janeiro, antecipou seu início em dois meses.
Há, contudo, quem já tenha sua situação definida. É o caso do Pinheiros/Santo André que só vai participar do Estadual. 'Nós só disputamos o Paulista em função do custo', admite Carlos Osso, dirigente do clube. A equipe prevê uma despesa com o torneio entre R$ 130 e R$ 150 mil.
A única possibilidade de a equipe disputar o Nacional seria com a concretização do projeto de torneio em duas divisões. Mas para que isso aconteça, a competição da CBB precisaria reunir mais de 24 clubes (o número ambicionado por Grego para esta temporada). 'Neste caso, teríamos Divisão Especial e 1ª Divisão', diz o dirigente, que não vê inconveniente na coincidência de parte do calendário de duas competições.
'Há anos isso acontece. Há dificuldade? Há, mas também há um produto para vender. Tudo é uma questão de conveniência dos clubes', afirma Grego, que não se preocupa nem mesmo com a possibilidade de o número de paulistas no torneio ser inferior às vagas à disposição do Estado. 'São Paulo tem oito vagas, se menos equipes irão participar eu não posso dizer'.
No encontro desta tarde participaram representantes de 15 equipes. Os 13 membros da Comissão - Paulistano, Franca, Pinheiros, Rio Claro, Universo, Minas, Flamengo, Joinville, Bandeirante, União Londrina, Ulbra, Limeira e CETAF -, mais Saldanha da Gama e 14 Eventos, responsável pelo time do ex-jogador Oscar, presidente da Nossa Liga de Basquete (NLB), e que foi representado pelo diretor-executivo da entidade, José Medalha. A Ulbra também participaria, mas seu representante ficou retido no aeroporto.
Sete equipes se increvem na NLB e frustram expectativa da CBB
Marta Teixeira e Fábio Mello, especial para GE.Net
São Paulo (SP) - Em menos de 24 horas, a expectativa do presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis, de contar com um recorde de equipes no Nacional Feminino virou decepção. Após participarem da reunião de quinta-feira para discussão do torneio, cinco equipes decidiram se inscrever na competição organizada pela Nossa Liga de Basquete (NLB), que será disputada paralelamente ao Nacional.
Dessa forma, sete times já estão inscritos no campeonato da NLB: Santos (SP), Uberaba (MG), Unimep/Piracicaba (SP), São Bernardo (SP), Suzano (SP), Marília (SP) e Guarulhos (SP). Os dois primeiros já haviam confirmado presença no último domingo.
A opção das equipes pela NLB praticamente enterra as chances de o recorde de participantes do Nacional – dez times – ser batido, conforme Grego esperava. Dos 13 clubes representados na reunião de quinta, apenas sete não estão inscritos na competição paralela: Fluminense, Jundiaí, Santo André, Recife, Catanduva, Ourinhos e São Caetano.
A Nossa Liga Feminina, inclusive, ganha força em relação à última edição, quando apenas cinco equipes a disputaram. As inscrições vão até o dia quatro de novembro e a diretoria espera por mais três participantes. O sistema de disputa e o regulamento serão definidos dois dias mais tarde.
Apesar do quadro desfavorável, Grego mantém o discurso otimista e diz que espera que os times confirmem participação até o dia 16 de outubro, data limite de inscrição do Nacional. “Fiquei surpreso (com a opção dos clubes). Mas tem campeonatos para todos. Se as equipes querem disputar aqui e lá, será muito sadio. Se tem condições de disputar os dois, ótimo”, argumenta.
No entanto, as chances de uma equipe disputar o Nacional e a Nossa Liga ao mesmo tempo são escassas, já que os dirigentes têm dificuldades financeiras em manter o clube até mesmo quando disputam apenas uma competição. Dessa forma, a tendência é que os dois torneios tenham um número parecido de participantes em mais uma temporada marcada pelo ‘racha’ do basquete brasileiro.
Marta Teixeira e Fábio Mello, especial para GE.Net
São Paulo (SP) - Em menos de 24 horas, a expectativa do presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis, de contar com um recorde de equipes no Nacional Feminino virou decepção. Após participarem da reunião de quinta-feira para discussão do torneio, cinco equipes decidiram se inscrever na competição organizada pela Nossa Liga de Basquete (NLB), que será disputada paralelamente ao Nacional.
Dessa forma, sete times já estão inscritos no campeonato da NLB: Santos (SP), Uberaba (MG), Unimep/Piracicaba (SP), São Bernardo (SP), Suzano (SP), Marília (SP) e Guarulhos (SP). Os dois primeiros já haviam confirmado presença no último domingo.
A opção das equipes pela NLB praticamente enterra as chances de o recorde de participantes do Nacional – dez times – ser batido, conforme Grego esperava. Dos 13 clubes representados na reunião de quinta, apenas sete não estão inscritos na competição paralela: Fluminense, Jundiaí, Santo André, Recife, Catanduva, Ourinhos e São Caetano.
A Nossa Liga Feminina, inclusive, ganha força em relação à última edição, quando apenas cinco equipes a disputaram. As inscrições vão até o dia quatro de novembro e a diretoria espera por mais três participantes. O sistema de disputa e o regulamento serão definidos dois dias mais tarde.
Apesar do quadro desfavorável, Grego mantém o discurso otimista e diz que espera que os times confirmem participação até o dia 16 de outubro, data limite de inscrição do Nacional. “Fiquei surpreso (com a opção dos clubes). Mas tem campeonatos para todos. Se as equipes querem disputar aqui e lá, será muito sadio. Se tem condições de disputar os dois, ótimo”, argumenta.
No entanto, as chances de uma equipe disputar o Nacional e a Nossa Liga ao mesmo tempo são escassas, já que os dirigentes têm dificuldades financeiras em manter o clube até mesmo quando disputam apenas uma competição. Dessa forma, a tendência é que os dois torneios tenham um número parecido de participantes em mais uma temporada marcada pelo ‘racha’ do basquete brasileiro.
Dúvidas também atingem Nacional da Nossa Liga
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - As questões financeiras não colocam em risco apenas a participação das equipes no Campeonato Nacional da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). A relação custo/benefício também pode pesar para algumas equipes que estudam a possibilidade de disputar o torneio pela versão da Nossa Liga de Basquete (NLB).
Participante da reunião de quinta-feira da Nossa Liga, o Saldanha da Gama ainda não bateu o martelo quanto a seu futuro. Segundo o técnico João Marcelo Leite, que representou o clube na NLB e também na reunião desta sexta da CBB, as condições dos dois torneios serão informadas à diretoria do clube que irá determinar em qual deles participar.
'Nossa idéia era ouvir as duas propostas, mas a decisão será dos dirigentes e dos patrocinadores. Tudo depende do orçamento porque é preciso equacionar o que cada competição oferece', explica. 'Foi feita a inscrição na NLB, mas vou colocar as duas situações à diretoria que irá decidir. Isto deve ser resolvido pela próxima semana'.
Já no Winner/Limeira não há margem de dúvida. Primeiro campeão do nacional da NLB, o time do interior paulista não irá defender seu título. O presidente do clube, Cássio Roque, afirmou que a equipe não participará da segunda edição do torneio.
'Sempre defendi que a Nossa Liga deve ser representante de clubes e não organizadora de torneios', destaca o dirigente. A dúvida da equipe é quanto a participação ou não no Nacional da CBB.
Representação - O desejo de os clubes contarem com uma entidade representativa de seus interesses segue a todo vapor nos bastidores do basquete. Durante a reunião da Confederação nesta sexta, o representante de Franca solicitou que a Comissão Executiva do Nacional seja reconhecida juridicamente. A idéia é usar a estrutura como um embrião para a criação da Associação Brasileira dos Clubes de Basquete de Alto Rendimento, uma versão basqueteira do Clube dos 13 do futebol.
A Comissão Executiva não é a única incorporada à estrutura da CBB. Para este campeonato também foi criada uma Comissão de Marketing - reunindo representantes de Brasília, Franca, Minas e Flamengo. O grupo é encarregado de participar das negociações de contrato da Confederação, representando os interesses dos clubes
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - As questões financeiras não colocam em risco apenas a participação das equipes no Campeonato Nacional da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). A relação custo/benefício também pode pesar para algumas equipes que estudam a possibilidade de disputar o torneio pela versão da Nossa Liga de Basquete (NLB).
Participante da reunião de quinta-feira da Nossa Liga, o Saldanha da Gama ainda não bateu o martelo quanto a seu futuro. Segundo o técnico João Marcelo Leite, que representou o clube na NLB e também na reunião desta sexta da CBB, as condições dos dois torneios serão informadas à diretoria do clube que irá determinar em qual deles participar.
'Nossa idéia era ouvir as duas propostas, mas a decisão será dos dirigentes e dos patrocinadores. Tudo depende do orçamento porque é preciso equacionar o que cada competição oferece', explica. 'Foi feita a inscrição na NLB, mas vou colocar as duas situações à diretoria que irá decidir. Isto deve ser resolvido pela próxima semana'.
Já no Winner/Limeira não há margem de dúvida. Primeiro campeão do nacional da NLB, o time do interior paulista não irá defender seu título. O presidente do clube, Cássio Roque, afirmou que a equipe não participará da segunda edição do torneio.
'Sempre defendi que a Nossa Liga deve ser representante de clubes e não organizadora de torneios', destaca o dirigente. A dúvida da equipe é quanto a participação ou não no Nacional da CBB.
Representação - O desejo de os clubes contarem com uma entidade representativa de seus interesses segue a todo vapor nos bastidores do basquete. Durante a reunião da Confederação nesta sexta, o representante de Franca solicitou que a Comissão Executiva do Nacional seja reconhecida juridicamente. A idéia é usar a estrutura como um embrião para a criação da Associação Brasileira dos Clubes de Basquete de Alto Rendimento, uma versão basqueteira do Clube dos 13 do futebol.
A Comissão Executiva não é a única incorporada à estrutura da CBB. Para este campeonato também foi criada uma Comissão de Marketing - reunindo representantes de Brasília, Franca, Minas e Flamengo. O grupo é encarregado de participar das negociações de contrato da Confederação, representando os interesses dos clubes
Fonte: Gazeta Esportiva
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