terça-feira, 19 de setembro de 2006

Seleção brasileira chega aos mata-matas com confiança em alta

Giancarlo Giampietro
Em São Paulo


A seleção brasileira vai enfrentar a República Tcheca, nas quartas-de-final, com a confiança em alta. Depois de um início atribulado, com vitória apertada em cima da Argentina e derrota para a Espanha na primeira fase, o time se reencontrou em quadra.

"Chegamos em um momento crucial com as jogadoras progredindo individualmente", disse o treinador Antonio Carlos Barbosa.

Se na primeira fase o Brasil mostrou um basquete reticente, o time se recuperou nos últimos três jogos e foi competitivo. Bateu a Lituânia por 17 pontos, teve jogo parelho com a favorita Austrália e, nesta quarta-feira, conseguiu sua vitória mais expressiva, marcando o dobro de pontos do Canadá (82 a 41).

"Fizemos contra a Austrália e contra o Canadá nossos melhores jogos, tanto no ataque como na defesa. A equipe está crescendo no momento certo. Em um torneio como esse, é importante evoluir pouco a pouco", disse a pivô Kelly.

Os 41 pontos sofridos resultaram no segundo melhor desempenho defensivo de todo o torneio, ao lado dos Estados Unidos, que seguraram a França com a mesma soma. "Estamos fazendo o básico: encaixando boa defesa para livrar o ataque", afirmou a ala-pivô Êga.

A defesa precisará seguir agressiva nas quartas-de-final. "A República Tcheca faz um jogo mais cadenciado, apostando bastante no arremesso de fora", disse a ala Iziane, que atuou no basquete tcheco, em Praga, de novembro a janeiro, na temporada passada. "É um jogo que encaixa muito bem com nós, que usamos muita velocidade. Temos de marcar bem para criar os contra-ataques".

Durante a campanha, Barbosa nunca se mostrou muito preocupado com a defesa, que foi agressiva e vinha cumprindo sua expectativa. Mas o ataque lhe chamou a atenção devido à irregularidade. A seleção foi inconstante nos fundamentos e cometeu muitos desperdícios de posse de bola.

"O problema não é só o erro, mas mais a movimentação de jogada. Estamos tendo mais paciência para escolher o melhor momento de execução. Pesa também nisso a intranqüilidade. Você tem de ter calma para cumprir a movimentação", afirmou Barbosa.

"Mas estamos em um processo de evolução jogo a jogo, em termos táticos e de coordenação. O time voltou a jogar, no momento certo, aquilo que sabe", completou o técnico. "Mostramos nesta segunda que nosso ataque está encaixando", disse a pivô Cíntia Tuiu.

CAMPANHA - BRASIL
Brasil 71 x 69 Argentina
Brasil 106 x 86 Coréia
Brasil 66 x 67 Espanha
Brasil 84 x 67 Lituânia
Austrália 82 x 73 Brasil
Brasil 82 x 41 Canadá

CAMPANHA - REP. TCHECA
França 62 x 58 Rep. Tcheca
Rep. Tcheca 73 x 51 Cuba
Taiwan 72 x 93 Rep. Tcheca
Rep. Tcheca 79 x 73 China
Rep. Tcheca 85 x 83 Rússia
EUA 63 x 50 Rep. Tcheca


Fonte: UOL

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