Rússia surpreende os Estados Unidos e decide o título
São Paulo / Brasil – Por essa, muito poucos esperavam. A Rússia superou o favoritismo dos Estados Unidos e venceu a segunda partida da semifinal do 15º Campeonato Mundial Adulto Feminino de Basquete por 75 a 68 (37 a 32 no primeiro tempo). Com esse resultado, as russas, se classificaram para a final da competição, sábado, às 14 horas, contra a Austrália. As cestinhas da partida foram Rakhmatulina, da Rússia, com 18 pontos, e Taurasi, dos Estados Unidos, com 21 pontos. Depois de 14 edições, o Mundial Feminino terá um campeão inédito. Até hoje, só Estados Unidos (sete vezes), União Soviética (seis) e Brasil (uma) conquistaram a medalha de ouro.
— Essa vitória foi muito importante para nós, porque queríamos vencer os Estados Unidos há muito tempo. Nossa porcentagem de acertos nos arremessos e também nos rebotes foi melhor do que a das americanas, isso fez a diferença. O ataque jogou bem, mas a defesa foi fundamental, tanto que as americanas obtiveram um baixo índice de aproveitamento no ataque. Fomos melhores em praticamente todos os aspectos do jogo. Os Estados Unidos é uma equipe muito forte, talvez a mais forte desde as Olimpíadas de 1996, em Atlanta. Por isso é uma grande honra vencê-los. Agora, na final contra a Austrália, vai ser um confronto muito difícil. O time australiano tem muitas estrelas, mas acho que as chances estão iguais para nós e para elas. Quem estiver mais concentrado e com os nervos no lugar, vencerá. (Igor Grudin, técnico da Rússia).
— O time russo fez um belo jogo hoje, estiveram quase perfeitos nos arremessos de dois e três pontos. No quarto final, conseguimos encostar no placar por duas vezes, mas não o suficiente para virar o jogo. A Rússia está de parabéns. Perdemos muitos lances de ataque e não conseguimos atingir nosso nível nos rebotes. Simplesmente não era o nosso dia. Não acho que subestimamos a equipe russa. Elas jogaram melhor do que a gente. É desapontador perder dessa forma, vai levar algum tempo até que consigamos nos recuperar do baque, mas vamos nos recuperar. Queremos a vitória na decisão pela medalha de bronze. Queremos levá-la para casa e vamos lutar para isso. (Anne Donovan, técnica dos Estados Unidos).
— Durante o café da manhã hoje, no hotel, uma senhora brasileira veio nos dizer que o Brasil estaria torcendo por nós. Mesmo assim, o apoio da torcida brasileira nos surpreendeu e deu forças para vencer o bom time americano. (Arteshina, ala da Rússia).
— Percebi logo no início que a partida seria bem diferente daquela que jogamos na primeira fase. O time russo estava muito concentrado e arremessando bem de todos os cantos da quadra. Chegou a um ponto que a diferença no placar ficou muito grande (20 pontos) e difícil de ser reduzida. Tentamos muito, mas elas estavam muito bem nos arremessos. Em alguns momentos da partida, elas pareciam querer a vitória mais do que a gente. (Sheryl Swoopes, ala dos Estados Unidos).
RÚSSIA (25 + 12 + 21 + 17 = 75)
Rakhmatulina (18pts), Vodopyanova (7), Shchegoleva (10), Korstin (15) e Stepanova (13). Depois: Arteshina (12), Abrosimova (0) e Osipova (0).
ESTADOS UNIDOS (13 + 19 + 6 + 30 = 68)
Bird (8pts), Milton (3), Catchings (2), Thomson (15) e Taurasi (21). Depois: Beard (0), Swoopes (3), Snow (0), Smith (3) e Parker (13).
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COMENTÁRIO DO JOGO
A final do Campeonato Mundial do Brasil será entre Rússia e Austrália. Os Estados Unidos, que venceram as três últimas Olimpíadas e os dois últimos Mundiais estão fora da disputa da medalha de ouro após a derrota na semifinal para a Rússia por 75 a 68. As russas venceram o primeiro tempo por 37 a 32. É possível falar em surpresa quando se lembra da superioridade das americanas nos últimos 12 anos. Mas é impossível falar em injustiça após uma análise do jogo. A Rússia foi melhor nos rebotes, nos arremessos de dois e três pontos, nos lances-livres, nos bloqueios e ainda empatou nas assistências, além de cometer menos faltas. Os Estados Unidos? Roubaram oito bolas contra sete. O jogo começou com as russas bem melhores. Firmes na defesa e serenas no ataque abriram uma vantagem de dez pontos que foi mantida até o final do quarto, que terminou 25 a 13. O grande destaque foi Ilons Korstin, que marcou 11 pontos. O segundo período começou com uma violenta reação dos Estados Unidos. Fizeram quatro pontos em um minuto e com dois minutos, a contagem já era de 28 a 20 para a Rússia. O treinador Gudrin fez com que Maria Stepanova e Korstin voltassem à quadra, mas a reação americana continuou. A vantagem de 12 pontos já havia se transformado em apenas três aos três minutos de jogo. O placar mostrava 30 a 27. A derrota russa parecia certa. Mas Stepanova estava em quadra e conseguiu um bloqueio, fez pontos e ganhou rebotes. Quando faltavam dois minutos, Vodopyanova fez uma cesta de três pontos. Taurasi respondeu com outra. E o quarto terminou com 12 a 10 para os Estados Unidos e 37 a 32 para a Rússia. A diferença de 12 pontos agora era de apenas cinco. E havia dois quartos para se jogar. Não havia quem deixasse de acreditar que os Estados Unidos passariam a frente. Questão de tempo. Mas o que se viu no terceiro período foi o domínio da Rússia. As russas tiveram um aproveitamento excelente nos dois e três pontos, com Rakhmatulina. Além disso, se aproveitaram dos erros e do nervosismo dos Estados Unidos, e chegaram a uma vitória por 20 pontos. O placar era de 58 a 38, mas Stepanova estava no banco, com quatro faltas. Os Estados Unidos jogariam sua sorte em dez minutos. E entraram fazendo marcação na quadra toda. Daria tempo? A reação foi fulminante. Com um minuto e meio, as americanas haviam feito sete pontos e não sofreram nenhum. Com três minutos e 45 segundos, a diferença era de apenas nove pontos – 60 a 51. Mais uma vez, era só esperar a virada. E novamente a Rússia impediu. Marcou dois com Stepanova, dois com Korstin e outros dois com Rakhmatulina: 66 a 51 no placar. Os Estados Unidos marcam mais dois. E a Rússia responde com uma nova arma. Olga Arkteshina acerta dois arremessos de três pontos, aos seis e oito minutos. Faltam dois minutos e a Rússia vence por 73 a 58. O jogo fica dramático. A marcação americana nunca foi tão forte. É difícil para as russas passarem do meio da quadra. E em 40 segundos, os Estados Unidos tiram oito pontos. Ao faltarem 45 segundos, a Rússia vence por 73 a 68. Os vinte pontos do início do quarto agora eram apenas cinco. Mas o tempo acabava. Os Estados Unidos fazem falta. E Korstin, cestinha do primeiro quarto, faz o último ponto do jogo. E faz história também. Rússia e Austrália estão na final. E os Estados Unidos, para ganharem o bronze, precisarão vencer o Brasil.
São Paulo / Brasil – Por essa, muito poucos esperavam. A Rússia superou o favoritismo dos Estados Unidos e venceu a segunda partida da semifinal do 15º Campeonato Mundial Adulto Feminino de Basquete por 75 a 68 (37 a 32 no primeiro tempo). Com esse resultado, as russas, se classificaram para a final da competição, sábado, às 14 horas, contra a Austrália. As cestinhas da partida foram Rakhmatulina, da Rússia, com 18 pontos, e Taurasi, dos Estados Unidos, com 21 pontos. Depois de 14 edições, o Mundial Feminino terá um campeão inédito. Até hoje, só Estados Unidos (sete vezes), União Soviética (seis) e Brasil (uma) conquistaram a medalha de ouro.
— Essa vitória foi muito importante para nós, porque queríamos vencer os Estados Unidos há muito tempo. Nossa porcentagem de acertos nos arremessos e também nos rebotes foi melhor do que a das americanas, isso fez a diferença. O ataque jogou bem, mas a defesa foi fundamental, tanto que as americanas obtiveram um baixo índice de aproveitamento no ataque. Fomos melhores em praticamente todos os aspectos do jogo. Os Estados Unidos é uma equipe muito forte, talvez a mais forte desde as Olimpíadas de 1996, em Atlanta. Por isso é uma grande honra vencê-los. Agora, na final contra a Austrália, vai ser um confronto muito difícil. O time australiano tem muitas estrelas, mas acho que as chances estão iguais para nós e para elas. Quem estiver mais concentrado e com os nervos no lugar, vencerá. (Igor Grudin, técnico da Rússia).
— O time russo fez um belo jogo hoje, estiveram quase perfeitos nos arremessos de dois e três pontos. No quarto final, conseguimos encostar no placar por duas vezes, mas não o suficiente para virar o jogo. A Rússia está de parabéns. Perdemos muitos lances de ataque e não conseguimos atingir nosso nível nos rebotes. Simplesmente não era o nosso dia. Não acho que subestimamos a equipe russa. Elas jogaram melhor do que a gente. É desapontador perder dessa forma, vai levar algum tempo até que consigamos nos recuperar do baque, mas vamos nos recuperar. Queremos a vitória na decisão pela medalha de bronze. Queremos levá-la para casa e vamos lutar para isso. (Anne Donovan, técnica dos Estados Unidos).
— Durante o café da manhã hoje, no hotel, uma senhora brasileira veio nos dizer que o Brasil estaria torcendo por nós. Mesmo assim, o apoio da torcida brasileira nos surpreendeu e deu forças para vencer o bom time americano. (Arteshina, ala da Rússia).
— Percebi logo no início que a partida seria bem diferente daquela que jogamos na primeira fase. O time russo estava muito concentrado e arremessando bem de todos os cantos da quadra. Chegou a um ponto que a diferença no placar ficou muito grande (20 pontos) e difícil de ser reduzida. Tentamos muito, mas elas estavam muito bem nos arremessos. Em alguns momentos da partida, elas pareciam querer a vitória mais do que a gente. (Sheryl Swoopes, ala dos Estados Unidos).
RÚSSIA (25 + 12 + 21 + 17 = 75)
Rakhmatulina (18pts), Vodopyanova (7), Shchegoleva (10), Korstin (15) e Stepanova (13). Depois: Arteshina (12), Abrosimova (0) e Osipova (0).
ESTADOS UNIDOS (13 + 19 + 6 + 30 = 68)
Bird (8pts), Milton (3), Catchings (2), Thomson (15) e Taurasi (21). Depois: Beard (0), Swoopes (3), Snow (0), Smith (3) e Parker (13).
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COMENTÁRIO DO JOGO
A final do Campeonato Mundial do Brasil será entre Rússia e Austrália. Os Estados Unidos, que venceram as três últimas Olimpíadas e os dois últimos Mundiais estão fora da disputa da medalha de ouro após a derrota na semifinal para a Rússia por 75 a 68. As russas venceram o primeiro tempo por 37 a 32. É possível falar em surpresa quando se lembra da superioridade das americanas nos últimos 12 anos. Mas é impossível falar em injustiça após uma análise do jogo. A Rússia foi melhor nos rebotes, nos arremessos de dois e três pontos, nos lances-livres, nos bloqueios e ainda empatou nas assistências, além de cometer menos faltas. Os Estados Unidos? Roubaram oito bolas contra sete. O jogo começou com as russas bem melhores. Firmes na defesa e serenas no ataque abriram uma vantagem de dez pontos que foi mantida até o final do quarto, que terminou 25 a 13. O grande destaque foi Ilons Korstin, que marcou 11 pontos. O segundo período começou com uma violenta reação dos Estados Unidos. Fizeram quatro pontos em um minuto e com dois minutos, a contagem já era de 28 a 20 para a Rússia. O treinador Gudrin fez com que Maria Stepanova e Korstin voltassem à quadra, mas a reação americana continuou. A vantagem de 12 pontos já havia se transformado em apenas três aos três minutos de jogo. O placar mostrava 30 a 27. A derrota russa parecia certa. Mas Stepanova estava em quadra e conseguiu um bloqueio, fez pontos e ganhou rebotes. Quando faltavam dois minutos, Vodopyanova fez uma cesta de três pontos. Taurasi respondeu com outra. E o quarto terminou com 12 a 10 para os Estados Unidos e 37 a 32 para a Rússia. A diferença de 12 pontos agora era de apenas cinco. E havia dois quartos para se jogar. Não havia quem deixasse de acreditar que os Estados Unidos passariam a frente. Questão de tempo. Mas o que se viu no terceiro período foi o domínio da Rússia. As russas tiveram um aproveitamento excelente nos dois e três pontos, com Rakhmatulina. Além disso, se aproveitaram dos erros e do nervosismo dos Estados Unidos, e chegaram a uma vitória por 20 pontos. O placar era de 58 a 38, mas Stepanova estava no banco, com quatro faltas. Os Estados Unidos jogariam sua sorte em dez minutos. E entraram fazendo marcação na quadra toda. Daria tempo? A reação foi fulminante. Com um minuto e meio, as americanas haviam feito sete pontos e não sofreram nenhum. Com três minutos e 45 segundos, a diferença era de apenas nove pontos – 60 a 51. Mais uma vez, era só esperar a virada. E novamente a Rússia impediu. Marcou dois com Stepanova, dois com Korstin e outros dois com Rakhmatulina: 66 a 51 no placar. Os Estados Unidos marcam mais dois. E a Rússia responde com uma nova arma. Olga Arkteshina acerta dois arremessos de três pontos, aos seis e oito minutos. Faltam dois minutos e a Rússia vence por 73 a 58. O jogo fica dramático. A marcação americana nunca foi tão forte. É difícil para as russas passarem do meio da quadra. E em 40 segundos, os Estados Unidos tiram oito pontos. Ao faltarem 45 segundos, a Rússia vence por 73 a 68. Os vinte pontos do início do quarto agora eram apenas cinco. Mas o tempo acabava. Os Estados Unidos fazem falta. E Korstin, cestinha do primeiro quarto, faz o último ponto do jogo. E faz história também. Rússia e Austrália estão na final. E os Estados Unidos, para ganharem o bronze, precisarão vencer o Brasil.
Austrália é a primeira finalista do Mundial 2006
São Paulo / Brasil – Com uma atuação perfeita no último período, quando marcou 31 a 12, a Austrália ganhou do Brasil por 88 a 76 (40 a 39 no primeiro tempo) e garantiu a vaga na final do 15º Campeonato Mundial Adulto Feminino de Basquete. A cestinha da partida foi a australiana Penny Taylor, com 26 pontos, enquanto a principal pontuadora brasileira foi Iziane, com 16 pontos. O Brasil vai disputar a medalha de bronze neste sábado (9h30), com transmissão ao vivo da Tv Globo, SPORTV e ESPN Brasil. A decisão da medalha de ouro está marcada para 14 horas.
— Parabenizo as jogadoras e o técnico brasileiro por tudo que fizeram em quadra. Foi um jogo muito bonito e disputado. Já jogamos um Mundial em casa e a expectativa sempre tende a ficar muito alta. Entendo a decepção das brasileiras, é muito difícil mesmo. O Brasil fez um bom trabalho na defesa, tornou as coisas muito mais difíceis para a gente. Vencemos, mas o resultado poderia ser muito bem a vitória brasileira, o jogo foi igual. Como tem sido ao longo dos últimos anos, o Brasil sempre é um grande desafio para nossas jogadoras. Espero que a torcida apóie o time brasileiro na disputa do bronze porque elas merecem. (Jan Stirling, técnica da Austrália)
— Perdemos para uma grande equipe. Nos últimos anos, desde 1978, a Austrália sempre aparece nos principais torneios, seja Mundial ou Olimpíada, disputando medalhas. Hoje, mostraram porque. elas têm um time forte e determinado, que não tem altos e baixos, é sempre muito constante. E têm jogadoras excepcionais, como a Penny Taylor e a Lauren Jackson. Nosso primeiro tempo foi muito bom, conseguimos manter uma pequena vantagem. Na etapa final, continuamos jogando bem até o início do último quarto, quando em dois ou três minutos elas tomaram controle da partida e viraram o placar. As australianas abriram nove pontos num curto espaço de tempo e aí fica muito difícil de retomar. Infelizmente, não conseguimos chegar à final, mas vamos disputar a medalha de bronze com o mesmo empenho, ela também é muito importante para nós. (Antônio Carlos Barbosa, técnico do Brasil)
— Estamos muito felizes com essa vitória, foi muito importante para nós. Mostramos o espírito australiano em quadra, virando o jogo quando estávamos muito atrás no placar. Não perdemos o foco em nenhum momento. Estamos fazendo história porque é a primeira vez que vamos a uma final de Mundial. O Brasil fez uma boa marcação em cima de Jackson e Penny Taylor, mas as demais jogadoras do time souberam chamar a responsabilidade para si. Isso foi determinante para nossa vitória. (Snell, ala da Austrália)
— Foi um bom jogo. Tínhamos o controle da partida até o último quarto, mas faltando cinco minutos para o fim, a Austrália passou na frente e não conseguimos mais recuperar. Perdemos o foco. Para mim, foi muito triste porque estamos jogando em casa e eu queria muito ser campeã no Brasil. Sonhava em ganhar uma medalha de ouro no Mundial aqui no Ibirapuera. Mais até do que uma Olimpíada. (Iziane, ala do Brasil)
— Perdemos o foco no começo do último quarto da partida. A partir daí elas colocaram nove pontos na nossa frente e perdemos completamente o equilíbrio. Numa partida desse nível, é muito difícil recuperar assim tão perto do fim do jogo. Estou muito triste porque este é o meu último Mundial e gostaria muito de conquistar o título em casa. (Alessandra, pivô do Brasil)
BRASIL (21 + 19 + 24 + 12 = 76)
Helen (3pts), Iziane (16), Janeth (7), Ega (9) e Alessandra (13). Depois: Adrianinha (9), Micaela (9), Erika (10) e Cintia (0).
AUSTRALIA (21 + 18 + 18 + 31 = 88)
Taylor (26), Harrower (9), Snell (22), Whittle (6) e Jackson (19). Depois: Belivaqua (0), Screen (2), Grima (0), Summerton (4) e McLnerny (0).
COMENTÁRIO DO JOGO
A Austrália fez um quarto período irretocável, tirou uma diferença de nove pontos em dois minutos e 10 segundos, não deu chances ao Brasil e é a primeira finalista do Mundial. Nas oitavas-de-final, as australianas já haviam vencido as brasileiras por 82 a 73. É a primeira vez que a Austrália, que conseguiu sua oitava vitória seguida na competição, chega à uma final de Mundial. Nos Campeonatos de 1998 (Alemanha) e China (2002), ficaram em terceiro lugar. A partida semifinal começo equilibrada. Nenhuma equipe conseguia abrir vantagem no placar. O Brasil fez 10 a 7, as australianas chegaram a 13 a 10 e as brasileiras virara para 15 a 13. O Brasil estava marcando bem e forçando as australianas ao erro, que perderam seis posses de bola no primeiro quarto. A marcação sobre Lauren Jackson era muito efetiva. Só que a Austrália não é apenas Jackson. E Penny Tayor a substituiu bem como astro da equipe, fazendo 13 pontos no primeiro período. O equilíbrio prevaleceu e as equipes empataram em 21 pontos. O segundo quarto começou com um duelo de três pontos. Lauren Jackson acertou primeiro e Micaela respondeu. Erika, que entrou no lugar de Alessandra, estava muito bem, acertando três bolas de dois pontos. O Brasil chegou a 35 a 29, mas permitiu a reação australiana no final do quarto (40 a 39). A Austrália voltou para o segundo tempo melhor com duas cestas de dois pontos, mas Penny Taylor e Lauren Jackson saíram, com três faltas cada uma. E o Brasil aproveitou para dominar a partida. Iziane acertou de três pontos e deixou o placar em 49 a 46. Outro ponto forte do Brasil era a parceria no garrafão entre Ega e Alessandra, que terminou o jogo com 13 pontos e oito rebotes. Com 66 a 57 à frente, o Brasil via grandes chances de chegar à final. As brasileiras aumentaram com dois arremessos livres convertidos por Janeth. E depois o Brasil não acertou nada, enquanto a Austrália começou a acertar tudo. Lauren Jackson, que tinha nove pontos no jogo, chegou a 19 no final do quarto. Taylor fez 22 e Belinda Snell, 22. Um aproveitamento excelente facilitado pela falta total de concentração do time brasileiro. O Brasil vencia por 68 a 64 e permitiu dez pontos seguidos das australianas. E as vencedoras se mostraram muito mais constantes e concentradas que as brasileiras. Defenderam ao máximo seus seis pontos de vantagem. Não facilitaram um segundo, marcaram muito e foram colhendo os frutos. Ganharam a primeira metade do último período por 17 a 6. E a segunda, por 14 a 6. Um rendimento que tira dúvidas sobre a justiça do resultado. A Austrália está na final. E o Brasil luta para conseguir a medalha de bronze, como em 1971.
São Paulo / Brasil – Com uma atuação perfeita no último período, quando marcou 31 a 12, a Austrália ganhou do Brasil por 88 a 76 (40 a 39 no primeiro tempo) e garantiu a vaga na final do 15º Campeonato Mundial Adulto Feminino de Basquete. A cestinha da partida foi a australiana Penny Taylor, com 26 pontos, enquanto a principal pontuadora brasileira foi Iziane, com 16 pontos. O Brasil vai disputar a medalha de bronze neste sábado (9h30), com transmissão ao vivo da Tv Globo, SPORTV e ESPN Brasil. A decisão da medalha de ouro está marcada para 14 horas.
— Parabenizo as jogadoras e o técnico brasileiro por tudo que fizeram em quadra. Foi um jogo muito bonito e disputado. Já jogamos um Mundial em casa e a expectativa sempre tende a ficar muito alta. Entendo a decepção das brasileiras, é muito difícil mesmo. O Brasil fez um bom trabalho na defesa, tornou as coisas muito mais difíceis para a gente. Vencemos, mas o resultado poderia ser muito bem a vitória brasileira, o jogo foi igual. Como tem sido ao longo dos últimos anos, o Brasil sempre é um grande desafio para nossas jogadoras. Espero que a torcida apóie o time brasileiro na disputa do bronze porque elas merecem. (Jan Stirling, técnica da Austrália)
— Perdemos para uma grande equipe. Nos últimos anos, desde 1978, a Austrália sempre aparece nos principais torneios, seja Mundial ou Olimpíada, disputando medalhas. Hoje, mostraram porque. elas têm um time forte e determinado, que não tem altos e baixos, é sempre muito constante. E têm jogadoras excepcionais, como a Penny Taylor e a Lauren Jackson. Nosso primeiro tempo foi muito bom, conseguimos manter uma pequena vantagem. Na etapa final, continuamos jogando bem até o início do último quarto, quando em dois ou três minutos elas tomaram controle da partida e viraram o placar. As australianas abriram nove pontos num curto espaço de tempo e aí fica muito difícil de retomar. Infelizmente, não conseguimos chegar à final, mas vamos disputar a medalha de bronze com o mesmo empenho, ela também é muito importante para nós. (Antônio Carlos Barbosa, técnico do Brasil)
— Estamos muito felizes com essa vitória, foi muito importante para nós. Mostramos o espírito australiano em quadra, virando o jogo quando estávamos muito atrás no placar. Não perdemos o foco em nenhum momento. Estamos fazendo história porque é a primeira vez que vamos a uma final de Mundial. O Brasil fez uma boa marcação em cima de Jackson e Penny Taylor, mas as demais jogadoras do time souberam chamar a responsabilidade para si. Isso foi determinante para nossa vitória. (Snell, ala da Austrália)
— Foi um bom jogo. Tínhamos o controle da partida até o último quarto, mas faltando cinco minutos para o fim, a Austrália passou na frente e não conseguimos mais recuperar. Perdemos o foco. Para mim, foi muito triste porque estamos jogando em casa e eu queria muito ser campeã no Brasil. Sonhava em ganhar uma medalha de ouro no Mundial aqui no Ibirapuera. Mais até do que uma Olimpíada. (Iziane, ala do Brasil)
— Perdemos o foco no começo do último quarto da partida. A partir daí elas colocaram nove pontos na nossa frente e perdemos completamente o equilíbrio. Numa partida desse nível, é muito difícil recuperar assim tão perto do fim do jogo. Estou muito triste porque este é o meu último Mundial e gostaria muito de conquistar o título em casa. (Alessandra, pivô do Brasil)
BRASIL (21 + 19 + 24 + 12 = 76)
Helen (3pts), Iziane (16), Janeth (7), Ega (9) e Alessandra (13). Depois: Adrianinha (9), Micaela (9), Erika (10) e Cintia (0).
AUSTRALIA (21 + 18 + 18 + 31 = 88)
Taylor (26), Harrower (9), Snell (22), Whittle (6) e Jackson (19). Depois: Belivaqua (0), Screen (2), Grima (0), Summerton (4) e McLnerny (0).
COMENTÁRIO DO JOGO
A Austrália fez um quarto período irretocável, tirou uma diferença de nove pontos em dois minutos e 10 segundos, não deu chances ao Brasil e é a primeira finalista do Mundial. Nas oitavas-de-final, as australianas já haviam vencido as brasileiras por 82 a 73. É a primeira vez que a Austrália, que conseguiu sua oitava vitória seguida na competição, chega à uma final de Mundial. Nos Campeonatos de 1998 (Alemanha) e China (2002), ficaram em terceiro lugar. A partida semifinal começo equilibrada. Nenhuma equipe conseguia abrir vantagem no placar. O Brasil fez 10 a 7, as australianas chegaram a 13 a 10 e as brasileiras virara para 15 a 13. O Brasil estava marcando bem e forçando as australianas ao erro, que perderam seis posses de bola no primeiro quarto. A marcação sobre Lauren Jackson era muito efetiva. Só que a Austrália não é apenas Jackson. E Penny Tayor a substituiu bem como astro da equipe, fazendo 13 pontos no primeiro período. O equilíbrio prevaleceu e as equipes empataram em 21 pontos. O segundo quarto começou com um duelo de três pontos. Lauren Jackson acertou primeiro e Micaela respondeu. Erika, que entrou no lugar de Alessandra, estava muito bem, acertando três bolas de dois pontos. O Brasil chegou a 35 a 29, mas permitiu a reação australiana no final do quarto (40 a 39). A Austrália voltou para o segundo tempo melhor com duas cestas de dois pontos, mas Penny Taylor e Lauren Jackson saíram, com três faltas cada uma. E o Brasil aproveitou para dominar a partida. Iziane acertou de três pontos e deixou o placar em 49 a 46. Outro ponto forte do Brasil era a parceria no garrafão entre Ega e Alessandra, que terminou o jogo com 13 pontos e oito rebotes. Com 66 a 57 à frente, o Brasil via grandes chances de chegar à final. As brasileiras aumentaram com dois arremessos livres convertidos por Janeth. E depois o Brasil não acertou nada, enquanto a Austrália começou a acertar tudo. Lauren Jackson, que tinha nove pontos no jogo, chegou a 19 no final do quarto. Taylor fez 22 e Belinda Snell, 22. Um aproveitamento excelente facilitado pela falta total de concentração do time brasileiro. O Brasil vencia por 68 a 64 e permitiu dez pontos seguidos das australianas. E as vencedoras se mostraram muito mais constantes e concentradas que as brasileiras. Defenderam ao máximo seus seis pontos de vantagem. Não facilitaram um segundo, marcaram muito e foram colhendo os frutos. Ganharam a primeira metade do último período por 17 a 6. E a segunda, por 14 a 6. Um rendimento que tira dúvidas sobre a justiça do resultado. A Austrália está na final. E o Brasil luta para conseguir a medalha de bronze, como em 1971.
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