Após "blecaute" brasileiras buscam motivação para o bronze
Por Tatiana Ramil
SÃO PAULO (Reuters) - A explicação para a derrota diante da Austrália estava na ponta da língua das brasileiras: o time fez um péssimo último quarto e acabou sendo derrotado por 88 a 76. Frustradas, elas agora procuram se recuperar para a disputa da medalha de bronze no Mundial de basquete.
O Brasil vencia as vice-campeãs olímpicas por 64 a 57 ao final do terceiro quarto. No quarto decisivo, porém, as australianas viraram e deixaram as donas da casa estarrecidas no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
"Deu blecaute total no time. A Austrália joga sempre no mesmo ritmo e intensidade e quando tomamos a virada, é difícil voltar na partida", disse a pivô Alessandra sobre a equipe que também derrotou o Brasil na semifinal dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.
"Foi meu último Mundial, ainda mais em casa", completou ela antes de começar a chorar na entrevista coletiva, nesta quinta-feira.
Alessandra foi consolada pela técnica australiana, Jan Stirling, que levantou-se de sua cadeira para abraçar a brasileira. "É bastante compreensível a decepção do time brasileiro. Sei o quanto é difícil perder em casa. O Brasil fez um jogo muito duro, qualquer um poderia ter vencido. Admiro muito o basquete brasileiro", declarou ela.
A ala Iziane, principal cestinha brasileira na partida, com 16 pontos, também chorou. Ela disse que o Brasil não soube tomar as melhores decisões nos momentos decisivos, mas não detalhou o que poderia ter sido feito.
Enquanto a Austrália abria vantagem, as brasileiras erravam seguidos ataques e pareciam sem confiança para arremessar.
"Estou muito triste, era um sonho e não sei se vou ter outra chance de disputar um Mundial no Brasil. Tivemos o controle do jogo até o 4o quarto. Faltando cinco minutos a Austrália passou e o Brasil não conseguiu se recuperar", afirmou Iziane.
A treinadora australiana elogiou a marcação do Brasil em Lauren Jackson, uma das melhoras jogadoras do mundo, mas destacou que as outras atletas souberam lidar com a situação e também com a "pressão da torcida".
Os destaques da Austrália foram Penelope Taylor, com 26 pontos, e Belinda Snell, 22. Mesmo bem marcada, Jackson marcou 19 pontos.
Após a derrota, o técnico Antônio Carlos Barbosa reuniu suas atletas no vestiário para, segundo ele, motivá-las para a disputa pelo terceiro lugar, no sábado, contra Rússia ou Estados Unidos.
"Às vezes você coloca uma carga total no título e o que acontece depois perde a graça, a razão. Minha preocupação foi de mostrar que temos uma medalha extremamente importante a disputar e que é para ser muito bem comemorada", declarou Barbosa.
A ala Janeth, que fez apenas sete pontos no jogo, concorda com o treinador. "Esse jogo já foi. Temos que entrar ligadas para disputar o bronze", disse.
Por Tatiana Ramil
SÃO PAULO (Reuters) - A explicação para a derrota diante da Austrália estava na ponta da língua das brasileiras: o time fez um péssimo último quarto e acabou sendo derrotado por 88 a 76. Frustradas, elas agora procuram se recuperar para a disputa da medalha de bronze no Mundial de basquete.
O Brasil vencia as vice-campeãs olímpicas por 64 a 57 ao final do terceiro quarto. No quarto decisivo, porém, as australianas viraram e deixaram as donas da casa estarrecidas no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
"Deu blecaute total no time. A Austrália joga sempre no mesmo ritmo e intensidade e quando tomamos a virada, é difícil voltar na partida", disse a pivô Alessandra sobre a equipe que também derrotou o Brasil na semifinal dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.
"Foi meu último Mundial, ainda mais em casa", completou ela antes de começar a chorar na entrevista coletiva, nesta quinta-feira.
Alessandra foi consolada pela técnica australiana, Jan Stirling, que levantou-se de sua cadeira para abraçar a brasileira. "É bastante compreensível a decepção do time brasileiro. Sei o quanto é difícil perder em casa. O Brasil fez um jogo muito duro, qualquer um poderia ter vencido. Admiro muito o basquete brasileiro", declarou ela.
A ala Iziane, principal cestinha brasileira na partida, com 16 pontos, também chorou. Ela disse que o Brasil não soube tomar as melhores decisões nos momentos decisivos, mas não detalhou o que poderia ter sido feito.
Enquanto a Austrália abria vantagem, as brasileiras erravam seguidos ataques e pareciam sem confiança para arremessar.
"Estou muito triste, era um sonho e não sei se vou ter outra chance de disputar um Mundial no Brasil. Tivemos o controle do jogo até o 4o quarto. Faltando cinco minutos a Austrália passou e o Brasil não conseguiu se recuperar", afirmou Iziane.
A treinadora australiana elogiou a marcação do Brasil em Lauren Jackson, uma das melhoras jogadoras do mundo, mas destacou que as outras atletas souberam lidar com a situação e também com a "pressão da torcida".
Os destaques da Austrália foram Penelope Taylor, com 26 pontos, e Belinda Snell, 22. Mesmo bem marcada, Jackson marcou 19 pontos.
Após a derrota, o técnico Antônio Carlos Barbosa reuniu suas atletas no vestiário para, segundo ele, motivá-las para a disputa pelo terceiro lugar, no sábado, contra Rússia ou Estados Unidos.
"Às vezes você coloca uma carga total no título e o que acontece depois perde a graça, a razão. Minha preocupação foi de mostrar que temos uma medalha extremamente importante a disputar e que é para ser muito bem comemorada", declarou Barbosa.
A ala Janeth, que fez apenas sete pontos no jogo, concorda com o treinador. "Esse jogo já foi. Temos que entrar ligadas para disputar o bronze", disse.
Fonte: Reuters
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