Limpol/São Caetano 65 x 83 FIO/Pão de Açúcar/Unimed
Encontro sem brilho entre os líderes do Nacional
O encontro entre São Caetano e Ourinhos, na tarde de hoje, não rendeu o que prometia.
No duelo de líder e vice-líder, faltou equilíbrio.
Antes de falar do jogo em si, gostaria de falar de uma seara que não me meto muito: arbitragem. Não gostei do trabalho de Marcos Benito e Fabrício Urbino. Foram confusos, pareciam querer atuar de forma equilibrada: uma falta técnica aqui; uma pra lá. Não conseguiram também o respeito, nem de técnicos, nem de jogadoras.
São Caetano começou o jogo muito mal. Não se sabe se foi o calor de São Paulo ou uma feijoada ao meio dia... O fato é que o time estava lento e disperso. Do outro lado, Ourinhos estava aplicado na defesa. Foi o suficiente para abrir um 0-10, vantagem que manteve até o fim do quarto: 11-21. Com o jogo das pivôs mais acertado e melhor na defesa, Ourinhos seguiu dominando no segundo quarto. Por São Caetano, pesavam as péssimas atuações de Vívian e Sílvia. No segundo tempo, não sei o que animou as atletas do time da casa. Talvez a bronca de Borracha no vestiário. Talvez o surgimento de Barbosa na arquibancada... O fato é que certas atletas tiveram uma súbita vontade de jogar no segundo tempo...Rá-rá! Por alguns minutos, pareceu até que a reação de São Caetano viria. Mas não veio. A vantagem inicial de Ourinhos se manteve e foi ampliada no final, encerrando a partida em 65-83.
Sobre Ourinhos, o time melhorou no trabalho defensivo. No ataque, o arrozinho-com-feijão tem sido suficiente para ganhar as partidas sem muito esforço. Espero que as jogadoras não se acomodem com essa facilidade. E gostaria que num momento em que o campeonato está depenado de talentos, algumas "promessas" como Palmira e Ísis, por exemplo, tivessem mais tempo de jogo. A segunda nem entrou na partida.
Mais do que em partidas anteriores, o basquete de Lisdeivi (15 pontos, 14 rebotes, 3 tocos) me chamou muito a atenção. Realmente, é uma jogadora que as novas (e até as velhas - por que não?) gerações deveriam observar. Lisdeivi é corretíssima em quadra. A postura, o posicionamento... perfeitos. Tudo exaustivamente trabalhado pela incansável escola cubana. Lis joga como se escovasse o dente ou penteasse o cabelo. Sem esforço. Naturalmente. No seu rosto, não se vê o desespero, a afobação e as caretas que as brasileiras fazem quando pegam a bola. Lis ainda dificulta muito o trabalho das adversárias; hoje complicou a vida de Panta e Eliane; mas sem se carregar em faltas. Um dado a mais: jogou 35 minutos inteira; sem demonstrar cansaço ou esboçar lentidão. Um verdadeiro e -enfim- bom exemplo. E uma belíssima aquisição de Ourinhos.
Ao lado de Lis, Chuca (23 pontos) é a nova dama-de-ferro de Ourinhos. A correção e a discrição de seu basquete se mantém. Falta, no entanto, uma pitada de alguma coisa - que não sei exatamente o que é - para dar brilho à Chuca. Talvez ousadia? Agressividade? Não sei. Não sei.
Nova estrela de Ourinhos e da seleção brasileira, Micaela (3 pontos) está visivelmente com problemas físicos. Não sei por que Vendramini insistiu nela. Ao puxar um contra-ataque, ficou visível que algo não está bem ali. Considerando-se a precariedade com que os clubes (e até mesmo a seleção) tem lidado com a parte física de suas atletas, é uma temeridade. Seja o que for, espero que Micaela esteja logo na casa dos 100% novamente. E mesmo não caindo, seu arremesso está, como diria Caetano, uma coisa linda.
Êga está bem. Fez 18 pontos. Só acho que talvez seja a hora de se arriscar como lateral, já que tanto no clube, como na seleção, vem jogando cada vez mais aberta e menos preocupada com o garrafão.
Na armação, o basquete de Gattei (10 pontos) e Bethânia (6 recuperações) não me comove muito. Mas não chegam a comprometer o time.
Palmira (7 pontos) ainda não explodiu.
No basquete de Lílian (4 assistências), continuam a chamar a atenção a falta de cores e rumos.
Por São Caetano, não houve um destaque maior.
A cestinha foi Eliane, com 15 pontos. Mas ela teve extrema dificuldade de atuar sob a marcação de Lisdeivi. Sofria ainda com passes medonhos de Vívian. Na fogueira. Com a entrada de Lore, seu jogo apareceu um pouco mais, mas também sem brilho. Maristela (7 rebotes) teve a mesma dificuldade. Sem Simone Lima, as duas estão ficando sobrecarregadas.
Nas laterais, Vívian e Sílvia são um caso sério. Fizeram um primeiro tempo de amargar jiló. Terríveis.
Vívian sequer pontuou no primeiro tempo. Passes equivocados, arremessos que nem beijavam o aro... No segundo tempo, com Barbosa na arquibancada, Vívian (9 pontos) tentou. Quando a primeira bola caiu, gritou e pulou tanto que teve que ajeitar o sutiã. Mas errou um total de 9 arremessos. Sem contar os passes... Não dá. Não dá.
Sílvia foi outra que ficou animaaaaaaada no segundo tempo. Depois de fazer 2 pontos em todo o primeiro tempo, foram 12 na segunda etapa. Reafirmo o que disse sobre Silvia no jogo sobre Catanduva. A pontaria não está ruim. Adicionalmente, Sílvia não está gorda. Estava com um top antes de o jogo começar que provava: "está tudo no lugar". Mas Sílvia joga como se estivesse gordíssima: lenta, desarticulada. E na defesa, teve sérios problemas com Chuca.
A armadora Fabianna teve uma boa apresentação. No começo da partida, teve dificuldades em compartilhar a marcação de Chuca com Sílvia e Borracha a pôs no banco. Fabi voltou mais centrada e teve um bom jogo (8 pontos, 5 recuperações). Presenciando a falta de inspiração de seu time no ataque, ousou em alguns lances individuais, com relativo sucesso.
A menina Cláudia (12 pontos) se saiu melhor que as titulares. Se sai bem em jogadas ensaiadas, próximas a cesta. Mas falta a ela ousadia e agressividade. Assim como improvisação e coragem. Espero que ela ganhe tudo isso com os anos. E deixe de ser a Claudinha. E vire a Claudiona.
A armadora reserva Kátia é bem intencionada. O físico franzino não ajuda, no entanto. Após um toco de Lisdeivi, sentiu o joelho.
Loredana é uma boa atleta, mas parece que a bola estava quente. Perdeu 3 vezes, em situações inadmissíveis.
Apesar das limitações técnicas, Leão é uma jogadora que gosto de ver em ação. É extremamente voluntariosa (4 assistências, 3 recuperações) e isso é natural à sua personalidade - mesmo quando está no banco. A pontaria hoje, no entanto, arriou.
Enfim, a partida foi uma reafirmação da supremacia de Ourinhos, favorítissima ao título nacional. Sem muito esforço.
Encontro sem brilho entre os líderes do Nacional
O encontro entre São Caetano e Ourinhos, na tarde de hoje, não rendeu o que prometia.
No duelo de líder e vice-líder, faltou equilíbrio.
Antes de falar do jogo em si, gostaria de falar de uma seara que não me meto muito: arbitragem. Não gostei do trabalho de Marcos Benito e Fabrício Urbino. Foram confusos, pareciam querer atuar de forma equilibrada: uma falta técnica aqui; uma pra lá. Não conseguiram também o respeito, nem de técnicos, nem de jogadoras.
São Caetano começou o jogo muito mal. Não se sabe se foi o calor de São Paulo ou uma feijoada ao meio dia... O fato é que o time estava lento e disperso. Do outro lado, Ourinhos estava aplicado na defesa. Foi o suficiente para abrir um 0-10, vantagem que manteve até o fim do quarto: 11-21. Com o jogo das pivôs mais acertado e melhor na defesa, Ourinhos seguiu dominando no segundo quarto. Por São Caetano, pesavam as péssimas atuações de Vívian e Sílvia. No segundo tempo, não sei o que animou as atletas do time da casa. Talvez a bronca de Borracha no vestiário. Talvez o surgimento de Barbosa na arquibancada... O fato é que certas atletas tiveram uma súbita vontade de jogar no segundo tempo...Rá-rá! Por alguns minutos, pareceu até que a reação de São Caetano viria. Mas não veio. A vantagem inicial de Ourinhos se manteve e foi ampliada no final, encerrando a partida em 65-83.
Sobre Ourinhos, o time melhorou no trabalho defensivo. No ataque, o arrozinho-com-feijão tem sido suficiente para ganhar as partidas sem muito esforço. Espero que as jogadoras não se acomodem com essa facilidade. E gostaria que num momento em que o campeonato está depenado de talentos, algumas "promessas" como Palmira e Ísis, por exemplo, tivessem mais tempo de jogo. A segunda nem entrou na partida.
Mais do que em partidas anteriores, o basquete de Lisdeivi (15 pontos, 14 rebotes, 3 tocos) me chamou muito a atenção. Realmente, é uma jogadora que as novas (e até as velhas - por que não?) gerações deveriam observar. Lisdeivi é corretíssima em quadra. A postura, o posicionamento... perfeitos. Tudo exaustivamente trabalhado pela incansável escola cubana. Lis joga como se escovasse o dente ou penteasse o cabelo. Sem esforço. Naturalmente. No seu rosto, não se vê o desespero, a afobação e as caretas que as brasileiras fazem quando pegam a bola. Lis ainda dificulta muito o trabalho das adversárias; hoje complicou a vida de Panta e Eliane; mas sem se carregar em faltas. Um dado a mais: jogou 35 minutos inteira; sem demonstrar cansaço ou esboçar lentidão. Um verdadeiro e -enfim- bom exemplo. E uma belíssima aquisição de Ourinhos.
Ao lado de Lis, Chuca (23 pontos) é a nova dama-de-ferro de Ourinhos. A correção e a discrição de seu basquete se mantém. Falta, no entanto, uma pitada de alguma coisa - que não sei exatamente o que é - para dar brilho à Chuca. Talvez ousadia? Agressividade? Não sei. Não sei.
Nova estrela de Ourinhos e da seleção brasileira, Micaela (3 pontos) está visivelmente com problemas físicos. Não sei por que Vendramini insistiu nela. Ao puxar um contra-ataque, ficou visível que algo não está bem ali. Considerando-se a precariedade com que os clubes (e até mesmo a seleção) tem lidado com a parte física de suas atletas, é uma temeridade. Seja o que for, espero que Micaela esteja logo na casa dos 100% novamente. E mesmo não caindo, seu arremesso está, como diria Caetano, uma coisa linda.
Êga está bem. Fez 18 pontos. Só acho que talvez seja a hora de se arriscar como lateral, já que tanto no clube, como na seleção, vem jogando cada vez mais aberta e menos preocupada com o garrafão.
Na armação, o basquete de Gattei (10 pontos) e Bethânia (6 recuperações) não me comove muito. Mas não chegam a comprometer o time.
Palmira (7 pontos) ainda não explodiu.
No basquete de Lílian (4 assistências), continuam a chamar a atenção a falta de cores e rumos.
Por São Caetano, não houve um destaque maior.
A cestinha foi Eliane, com 15 pontos. Mas ela teve extrema dificuldade de atuar sob a marcação de Lisdeivi. Sofria ainda com passes medonhos de Vívian. Na fogueira. Com a entrada de Lore, seu jogo apareceu um pouco mais, mas também sem brilho. Maristela (7 rebotes) teve a mesma dificuldade. Sem Simone Lima, as duas estão ficando sobrecarregadas.
Nas laterais, Vívian e Sílvia são um caso sério. Fizeram um primeiro tempo de amargar jiló. Terríveis.
Vívian sequer pontuou no primeiro tempo. Passes equivocados, arremessos que nem beijavam o aro... No segundo tempo, com Barbosa na arquibancada, Vívian (9 pontos) tentou. Quando a primeira bola caiu, gritou e pulou tanto que teve que ajeitar o sutiã. Mas errou um total de 9 arremessos. Sem contar os passes... Não dá. Não dá.
Sílvia foi outra que ficou animaaaaaaada no segundo tempo. Depois de fazer 2 pontos em todo o primeiro tempo, foram 12 na segunda etapa. Reafirmo o que disse sobre Silvia no jogo sobre Catanduva. A pontaria não está ruim. Adicionalmente, Sílvia não está gorda. Estava com um top antes de o jogo começar que provava: "está tudo no lugar". Mas Sílvia joga como se estivesse gordíssima: lenta, desarticulada. E na defesa, teve sérios problemas com Chuca.
A armadora Fabianna teve uma boa apresentação. No começo da partida, teve dificuldades em compartilhar a marcação de Chuca com Sílvia e Borracha a pôs no banco. Fabi voltou mais centrada e teve um bom jogo (8 pontos, 5 recuperações). Presenciando a falta de inspiração de seu time no ataque, ousou em alguns lances individuais, com relativo sucesso.
A menina Cláudia (12 pontos) se saiu melhor que as titulares. Se sai bem em jogadas ensaiadas, próximas a cesta. Mas falta a ela ousadia e agressividade. Assim como improvisação e coragem. Espero que ela ganhe tudo isso com os anos. E deixe de ser a Claudinha. E vire a Claudiona.
A armadora reserva Kátia é bem intencionada. O físico franzino não ajuda, no entanto. Após um toco de Lisdeivi, sentiu o joelho.
Loredana é uma boa atleta, mas parece que a bola estava quente. Perdeu 3 vezes, em situações inadmissíveis.
Apesar das limitações técnicas, Leão é uma jogadora que gosto de ver em ação. É extremamente voluntariosa (4 assistências, 3 recuperações) e isso é natural à sua personalidade - mesmo quando está no banco. A pontaria hoje, no entanto, arriou.
Enfim, a partida foi uma reafirmação da supremacia de Ourinhos, favorítissima ao título nacional. Sem muito esforço.
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