Barrados, clubes podem entrar na Justiça comum
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - O Campeonato Nacional Masculino da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) nem começou, mas já está rendendo nos bastidores. No último dia 25, seis equipes e duas federações - Telemar, Ulbra, Maringá, Limeira, Araraquara, Casa Branca e as federações do Rio de Janeiro e Paraná - entraram com um mandado de garantia no Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBB para assegurar o direito de participar da competição. O caso deve ser apreciado até esta sexta-feira e, dependendo do resultado, as equipes ameaçam recorrer à Justiça comum para ter seu direito assegurado.
'Ninguém quer parar campeonato ou tirar o Grego (Gerasime Bozikis) da presidência (da CBB). As equipes querem apenas ter seu direito resguardado', afirma o advogado Marcio Andraus Nogueira, um dos representantes dos clubes. 'Não tem nada pessoal contra Grego ou CBB'.
De acordo com ele, as equipes vão aguardar o pronunciamento do presidente do tribunal, Marcelo Barbieri, para definir os próximos passos. 'Se ele não se manifestar, ou dependendo da decisão, podemos entrar em juízo ou pedir uma cautelar na Justiça comum'.
Os clubes querem que seja respeitado o regulamento das competições estaduais. No caso de São Paulo, por exemplo, o artigo 24 garante aos oito quadrifinalistas a classificação automática para o Nacional. 'Acreditamos que isso está valendo', diz o técnico Luiz Zanon, responsável pelo Winner/Limeira, único dos paulistas reclamantes que já teria sua vaga assegurada pelo critério técnico. 'Se não houver isso, quer dizer que o Paulista também não tem valor e isso é muito ruim para o Brasileiro'.
Todo o impasse sobre o direito ou não das equipes participarem do Nacional da CBB surgiu com a criação da Nossa Liga, no primeiro semestre deste ano. Quando a Confederação elaborou o regulamento de seu torneio, incluiu a exigência de apresentação de uma carta dos clubes com o compromisso de não participar de competições similares. Isso, inviabilizou a presença de equipes que disputam o torneio da NLB no Nacional da Confederação.
O problema é que fora dos torneios da CBB, os times também não têm como garantir vaga em competições internacionais relacionadas à Federação Internacional de Basquete (Fiba) como o Sul-Americano de Clubes Campeões, por exemplo. É justamente este direito que o atual campeão brasileiro, Telemar, deseja.
'Quero minha vaga na Sul-Americana', resume o ex-jogador Oscar Schmidt, dirigente da equipe carioca e presidente da NLB. 'É simplesmente isso'. Sua equipe seria uma das três classificadas para o Nacional ter fechado a primeira fase na liderança do estadual do Rio. Contudo, apenas o Flamengo representará o Estado na competição.
Apesar da ligação indireta com a existência da NLB, Nogueira ressalta que a mobilização envolve apenas as partes diretamente interessadas e não tem nada a ver com a Liga. 'Não é uma briga política', afirma, acrescentando que tudo é uma reação a um 'ato irregular e ilegal do presidente da CBB'.
De acordo com a Confederação, não há prazo para o pronunciamento de Barbieri, mas sua decisão deve ser anunciada tão logo avalie a documentação apresentada pelos clubes. Levar o caso à Justiça Comum pode custar caro às agremiações. Pelo regulamento da CBB, quem recorre à Justiça Comum é suspenso por dois anos de competições oficiais da entidade.
Foi o que aconteceu com a equipe feminina de Osasco, na época ainda BCN, em 2000. Insatisfeito com uma punição pela CBB, o clube foi à Justiça Comum e, com a possibilidade de suspensão, optou por acabar com a equipe adulta, que nunca mais foi remontada.
O Nacional Masculino tem início previsto para este domingo, 18 equipes estão inscritas no torneio.
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - O Campeonato Nacional Masculino da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) nem começou, mas já está rendendo nos bastidores. No último dia 25, seis equipes e duas federações - Telemar, Ulbra, Maringá, Limeira, Araraquara, Casa Branca e as federações do Rio de Janeiro e Paraná - entraram com um mandado de garantia no Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBB para assegurar o direito de participar da competição. O caso deve ser apreciado até esta sexta-feira e, dependendo do resultado, as equipes ameaçam recorrer à Justiça comum para ter seu direito assegurado.
'Ninguém quer parar campeonato ou tirar o Grego (Gerasime Bozikis) da presidência (da CBB). As equipes querem apenas ter seu direito resguardado', afirma o advogado Marcio Andraus Nogueira, um dos representantes dos clubes. 'Não tem nada pessoal contra Grego ou CBB'.
De acordo com ele, as equipes vão aguardar o pronunciamento do presidente do tribunal, Marcelo Barbieri, para definir os próximos passos. 'Se ele não se manifestar, ou dependendo da decisão, podemos entrar em juízo ou pedir uma cautelar na Justiça comum'.
Os clubes querem que seja respeitado o regulamento das competições estaduais. No caso de São Paulo, por exemplo, o artigo 24 garante aos oito quadrifinalistas a classificação automática para o Nacional. 'Acreditamos que isso está valendo', diz o técnico Luiz Zanon, responsável pelo Winner/Limeira, único dos paulistas reclamantes que já teria sua vaga assegurada pelo critério técnico. 'Se não houver isso, quer dizer que o Paulista também não tem valor e isso é muito ruim para o Brasileiro'.
Todo o impasse sobre o direito ou não das equipes participarem do Nacional da CBB surgiu com a criação da Nossa Liga, no primeiro semestre deste ano. Quando a Confederação elaborou o regulamento de seu torneio, incluiu a exigência de apresentação de uma carta dos clubes com o compromisso de não participar de competições similares. Isso, inviabilizou a presença de equipes que disputam o torneio da NLB no Nacional da Confederação.
O problema é que fora dos torneios da CBB, os times também não têm como garantir vaga em competições internacionais relacionadas à Federação Internacional de Basquete (Fiba) como o Sul-Americano de Clubes Campeões, por exemplo. É justamente este direito que o atual campeão brasileiro, Telemar, deseja.
'Quero minha vaga na Sul-Americana', resume o ex-jogador Oscar Schmidt, dirigente da equipe carioca e presidente da NLB. 'É simplesmente isso'. Sua equipe seria uma das três classificadas para o Nacional ter fechado a primeira fase na liderança do estadual do Rio. Contudo, apenas o Flamengo representará o Estado na competição.
Apesar da ligação indireta com a existência da NLB, Nogueira ressalta que a mobilização envolve apenas as partes diretamente interessadas e não tem nada a ver com a Liga. 'Não é uma briga política', afirma, acrescentando que tudo é uma reação a um 'ato irregular e ilegal do presidente da CBB'.
De acordo com a Confederação, não há prazo para o pronunciamento de Barbieri, mas sua decisão deve ser anunciada tão logo avalie a documentação apresentada pelos clubes. Levar o caso à Justiça Comum pode custar caro às agremiações. Pelo regulamento da CBB, quem recorre à Justiça Comum é suspenso por dois anos de competições oficiais da entidade.
Foi o que aconteceu com a equipe feminina de Osasco, na época ainda BCN, em 2000. Insatisfeito com uma punição pela CBB, o clube foi à Justiça Comum e, com a possibilidade de suspensão, optou por acabar com a equipe adulta, que nunca mais foi remontada.
O Nacional Masculino tem início previsto para este domingo, 18 equipes estão inscritas no torneio.
Fonte: Gazeta Esportiva
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