CBB usa regulamento e veta atletas da NLB na seleção
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) confirmou o que era imaginado: atletas de equipes que disputarem o campeonato da Nossa Liga de Basquete (NLB) estão automaticamente fora de condições de defender as seleções nacionais. Usando o regulameno da Federação Internacional de Basquete (Fiba) para justificar a postura, o presidente da CBB, Gerasime Grego Bozikis, admitiu a restrição nesta terça-feira, em São Paulo, onde reuniu a imprensa para apresentar a programação das seleções até os Mundiais de 2006.
'Essa é uma questão mais legal do que técnica. A Fiba não permite em suas competições jogadores que não disputem torneios oficiais', afirmou o dirigente. Como o torneio da NLB não é reconhecido pela CBB, que representa o país junto à entidade internacional, seus atletas estariam impedidos de serem convocados, ainda que sejam federados (registrados junto às Federações estaduais).
Com 18 equipes inscritos em seu torneio, incluindo o atual campeão nacional da CBB, a NLB reunirá, pelo menos 216 atletas. Apesar disso, Grego considera que não haverá reflexos negativos nas convocações porque os atletas relacionados nas últimas convocações não integram essas equipes.
Na sua opinião, ainda não é hora de pensar em possíveis complicações decorrentes desta situação. 'Isso só vai ser um problema se, lamentavelmente, tiver uma estrela que legalmente não esteja apta a jogar pela seleção brasileira. Vou parar para pensar nisso quanto tiver esse problema'.
Perguntado sobre as chances de regularização da Liga junto à CBB, o dirigente carioca preferiu não ser enfático. Mas na prática, o acerto entre os dois lados parece um pouco mais complicado.
Grego reconhece que a NLB atende às exigências da Lei Pelé, mas discorda de sua necessidade para o esporte. 'Ser legal é, mas não pode ter representatividade nacional. Não vejo necessidade de outro campeonato nacional'.
Para ele, a criação da entidade fere a hierarquia mundial da modalidade. 'Eu tenho que olhar o basquetebol. Mas do outro lado tem que haver respeito à estrutura do basquete. A hierarquia não pode ser rasgada. É importante que respeitem a entidade maior e seu dirigente e procurem se aglutinar. As portas nunca poderão fechar', avalia.
Idealizada com a participação de atletas como Oscar, Hortência e Paula antes da eleição que reelegeu Grego, a Nossa Liga é vista pelo dirigente como uma entidade que nasceu sob motivação mais política que técnica, o que a diferenciaria de iniciativas semelhantes em outros países. 'Nos outros países não é que a Liga seja independente. Elas foram criadas, mas mantiveram ligação com a estrutura existente. Aqui, começamos querendo fazer tudo diferente, tentando dividir o poder. Nos outros países o que há é uma simbiose'.
Apesar dos impasses, o presidente da CBB garante que a finalidade é somar forças pelo esporte. 'Tenho esperança que, em algum momento, esse movimento se junte', assegura. 'Não tenho nada contra Oscar nem Paula nem Hortência. Mas o mesmo respeito que tenho por eles, também têm que ter. Adoraria que grandes atletas fossem tão bons politicamente e administrativamente quanto foram nas quadras'.
Nenê - Se as portas da seleção estão fechadas para os atletas da Nossa Liga, CBB e comissão técnica masculina garantem que não há impedimentos para o retorno de Nenê ao grupo. O jogador do Denver Nuggets ficou fora da equipe da Copa América, alegando problemas de contusão. Antes disso, Nenê havia declarado que não vestiria mais a camisa brasileira enquanto Grego dirigisse a CBB.
'Não há nenhum impedimento para quem quiser e tiver tesão para jogar na seleção brasileira', afirmou o dirigente. O técnico Aluísio Ferreira, o Lula, ainda não sabe quantos atletas irá convocar no próximo ano. A convocação está marcada para 5 de junho e a seleção tem programados dois torneios oficiais: Sul-Americano, em julho, e Mundial, em agosto.
Nem todos os jogadores estarão nos dois torneios. 'Alguns só irão ao Mundial, outros só no Sul-Americano e vamos ter alguns também que poderão estar nos dois', explica Lula.
A convocação da seleção feminina será em 9 de maio. A equipe disputará também duas competições: o Sul-Americano, em junho, e o Mundial, em setembro.
Dirigente confirma torneio sem clubes da NLB
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - O campeonato Nacional da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) não vai mesmo aceitar clubes que participem do nacional da Nossa Liga de Basquete (NLB). Segundo o presidente da CBB, Gerasime Grego Bozikis, ainda que os regulamentos dos campeonatos estaduais assegurem a classificação, só estarão no Nacional de 2006 os clubes que se inscreveram oficialmente junto a CBB.
Até a edição passada, disputar o torneio dependia apenas da classificação das equipes nos estaduais ou em outras competições classificatórias. Este ano, a Confederação incluiu em seu regulamento a exigência da pré-inscrição dos clubes, que também tiveram de se comprometer em não participar de outra disputa similar no país. Com 28 times pré-inscritos, ficaram de fora seis equipes que estavam no Nacional de 2005: Telemar, Liga Macaense, Winner/Limeira, Ulbra/Mogi/Basketball, Keltek/São José dos Pinhais e Uniara/Araraquara.
Apesar da mudança de regra, Grego não considera a medida nem uma forma de retaliação aos clubes nem uma infração a direito já existente. 'O regulamento do Paulista foi feito bem antes do Nacional. Quando surgiu o problema da Liga, a CBB ainda tinha tempo de fazer o regulamento do Nacional e colocou a exigência'. Segundo ele, a sugestão foi feita pela Comissão Executiva formada por representantes dos times.
Alguns clubes paulistas deixaram claro que pretendem recorrer à Justiça caso sejam impedidos de disputar o Nacional, mas Grego duvida que isso aconteça. 'Quem fala não faz, até porque se os advogados deles olharem o regulamento vão ver que está dentro da lei. Não tenho medo disso', desafia.
Se o regulamento está sendo utilizado para barrar os clubes no Nacional, também poderá tirar seu atual campeão do próximo Campeonato Sul-Americano de Clubes. Agora, a CBB exige que o representante nacional no torneio continental tenha disputado o Estadual e o Nacional de seu país. Como o Telemar é um dos que não preenche os requisitos prévios perderia sua vaga.
'Isso tudo já foi avisado ao Telemar', garante Grego, que nega haver motivação revanchista em tudo o que foi feito. 'Espero que os clubes entendam que só deve existir um campeonato nacional', justifica.
Uma reunião em São Paulo, ainda hoje, deve definir o número de equipes participantes no Nacional, que na edição passada contou com 16 clubes. Mesmo com os 28 pré-inscritos, o dirigente acha difícil que o número de participantes ultrapasse os 20.
A forma de subsídio oferecido aos clubes também continua indefinida. Para o próximo ano, Grego acena com a possibilidade da entidade oferecer um combinado de passagens de avião e ônibus, mas garante que o assunto não é de alçada da Confederação. 'Isso (transporte dos atletas) não é problema da CBB'.
Na última edição do Nacional, cada time recebeu R$ 10 mil da Confederação e não teve bancadas as passagens aéreas para jogadores e comissão técnica, como era anteriormente. 'Estamos comparando com uma época em que tínhamos dinheiro', defende-se Grego.
A crise financeira do Nacional, que teve uma verba de R$ 2,5 milhões reduzida a cerca de R$ 600 mil, foi um dos fatores que motivou a criação da Nossa Liga.
Sem sede definida para feminino, Brasil sonha com títulos
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - Sede do Campeonato Mundial feminino de basquete de 2006, o Brasil ainda não sabe onde a competição será realizada. A definição, segundo o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis, deverá ser anunciada nas duas próximas semanas, no máximo. Mesmo com a incerteza do local, tanto a seleção feminina quanto a masculina fazem planos para brigar pelo título em seus mundiais.
São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são as cidades cotadas para receber o Mundial feminino. A capital paulista, que promoveria os jogos no ginásio do Ibirapuera, é endereço certo. A dúvida está mesmo no Rio, cujas obras de recuperação do Maracanãzinho estão atrasadas.
'Há problema de estrutura no Maracanãzinho, que preocupa muito, principalmente aos engenheiros', afirma Grego. 'Mas o Mundial vai ser mesmo no Brasil', garante o dirigente, que pretende usar as campeãs mundiais de 94 na divulgação do evento.
Nesta terça-feira, em São Paulo, as comissões técnicas apresentaram suas programações para 2006. A meta é a conquista dos títulos mundiais. O feminino, cujo Mundial começa em 12 de setembro, abre seu calendário em 9 de maio com a convocação da seleção. O masculino, que disputa o torneio em agosto, convoca em junho.
O técnico Antonio Carlos Barbosa deverá contar com todas as suas atletas, já que mesmo as que atuam na WNBA, cujo calendário sempre coincide com as principais competições internacionais, expressaram o desejo de optar pela seleção. Na temporada passada, as atletas abriram mão da liga norte-americana para disputar os Jogos de Atenas. Este ano, apenas duas foram jogar nos Estados Unidos, as alas Iziane e Janeth.
Antes do Mundial, a seleção disputa o Sul-Americano, em junho, que também ainda não tem sede definida e realiza uma excursão à Europa. Ao contrário do time masculino, que não poderá contar com todos os seus atletas em todas as competições, Barbosa pretende ir ao Sul-Americano com o grupo principal. 'Vai ser bom ir completo. Faz um teste com tempo bastante para reavaliar o que for necessário', analisa.
Além dos jogos no exterior, as meninas do Brasil deverão enfrentar algumas adversárias internacionais em casa. Isso porque há seleções interessadas em se aclimatar antes do Mundial. Espanha é uma oponente praticamente certa e a França outra possibilidade.
A história é exatamente o oposto no masculino. Sob o comando do técnico Aluísio Ferreira, a seleção deve ir ao Sul-Americano sem alguns titulares. 'Disputar o sul-americano já não é mais uma experiência tão importante para alguns atletas. Outros poderão ir até nos dois torneios', explica Lula.
Na preparação para os jogos no Japão, a comissão técnica prepara uma estratégia para minimizar os efeitos do fuso de 12 horas. 'Fizemos um acerto com gregos e espanhóis e vamos disputar guadrangulares com eles. Ficamos dez dias na Europa e talvez façamos mais dois amistosos para quebrar o fuso pela metade', explica Grego, que resume a filosofia para as duas seleções. 'Tudo é importante em 2006. Vamos para ganhar os dois campeonatos'.
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) confirmou o que era imaginado: atletas de equipes que disputarem o campeonato da Nossa Liga de Basquete (NLB) estão automaticamente fora de condições de defender as seleções nacionais. Usando o regulameno da Federação Internacional de Basquete (Fiba) para justificar a postura, o presidente da CBB, Gerasime Grego Bozikis, admitiu a restrição nesta terça-feira, em São Paulo, onde reuniu a imprensa para apresentar a programação das seleções até os Mundiais de 2006.
'Essa é uma questão mais legal do que técnica. A Fiba não permite em suas competições jogadores que não disputem torneios oficiais', afirmou o dirigente. Como o torneio da NLB não é reconhecido pela CBB, que representa o país junto à entidade internacional, seus atletas estariam impedidos de serem convocados, ainda que sejam federados (registrados junto às Federações estaduais).
Com 18 equipes inscritos em seu torneio, incluindo o atual campeão nacional da CBB, a NLB reunirá, pelo menos 216 atletas. Apesar disso, Grego considera que não haverá reflexos negativos nas convocações porque os atletas relacionados nas últimas convocações não integram essas equipes.
Na sua opinião, ainda não é hora de pensar em possíveis complicações decorrentes desta situação. 'Isso só vai ser um problema se, lamentavelmente, tiver uma estrela que legalmente não esteja apta a jogar pela seleção brasileira. Vou parar para pensar nisso quanto tiver esse problema'.
Perguntado sobre as chances de regularização da Liga junto à CBB, o dirigente carioca preferiu não ser enfático. Mas na prática, o acerto entre os dois lados parece um pouco mais complicado.
Grego reconhece que a NLB atende às exigências da Lei Pelé, mas discorda de sua necessidade para o esporte. 'Ser legal é, mas não pode ter representatividade nacional. Não vejo necessidade de outro campeonato nacional'.
Para ele, a criação da entidade fere a hierarquia mundial da modalidade. 'Eu tenho que olhar o basquetebol. Mas do outro lado tem que haver respeito à estrutura do basquete. A hierarquia não pode ser rasgada. É importante que respeitem a entidade maior e seu dirigente e procurem se aglutinar. As portas nunca poderão fechar', avalia.
Idealizada com a participação de atletas como Oscar, Hortência e Paula antes da eleição que reelegeu Grego, a Nossa Liga é vista pelo dirigente como uma entidade que nasceu sob motivação mais política que técnica, o que a diferenciaria de iniciativas semelhantes em outros países. 'Nos outros países não é que a Liga seja independente. Elas foram criadas, mas mantiveram ligação com a estrutura existente. Aqui, começamos querendo fazer tudo diferente, tentando dividir o poder. Nos outros países o que há é uma simbiose'.
Apesar dos impasses, o presidente da CBB garante que a finalidade é somar forças pelo esporte. 'Tenho esperança que, em algum momento, esse movimento se junte', assegura. 'Não tenho nada contra Oscar nem Paula nem Hortência. Mas o mesmo respeito que tenho por eles, também têm que ter. Adoraria que grandes atletas fossem tão bons politicamente e administrativamente quanto foram nas quadras'.
Nenê - Se as portas da seleção estão fechadas para os atletas da Nossa Liga, CBB e comissão técnica masculina garantem que não há impedimentos para o retorno de Nenê ao grupo. O jogador do Denver Nuggets ficou fora da equipe da Copa América, alegando problemas de contusão. Antes disso, Nenê havia declarado que não vestiria mais a camisa brasileira enquanto Grego dirigisse a CBB.
'Não há nenhum impedimento para quem quiser e tiver tesão para jogar na seleção brasileira', afirmou o dirigente. O técnico Aluísio Ferreira, o Lula, ainda não sabe quantos atletas irá convocar no próximo ano. A convocação está marcada para 5 de junho e a seleção tem programados dois torneios oficiais: Sul-Americano, em julho, e Mundial, em agosto.
Nem todos os jogadores estarão nos dois torneios. 'Alguns só irão ao Mundial, outros só no Sul-Americano e vamos ter alguns também que poderão estar nos dois', explica Lula.
A convocação da seleção feminina será em 9 de maio. A equipe disputará também duas competições: o Sul-Americano, em junho, e o Mundial, em setembro.
Dirigente confirma torneio sem clubes da NLB
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - O campeonato Nacional da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) não vai mesmo aceitar clubes que participem do nacional da Nossa Liga de Basquete (NLB). Segundo o presidente da CBB, Gerasime Grego Bozikis, ainda que os regulamentos dos campeonatos estaduais assegurem a classificação, só estarão no Nacional de 2006 os clubes que se inscreveram oficialmente junto a CBB.
Até a edição passada, disputar o torneio dependia apenas da classificação das equipes nos estaduais ou em outras competições classificatórias. Este ano, a Confederação incluiu em seu regulamento a exigência da pré-inscrição dos clubes, que também tiveram de se comprometer em não participar de outra disputa similar no país. Com 28 times pré-inscritos, ficaram de fora seis equipes que estavam no Nacional de 2005: Telemar, Liga Macaense, Winner/Limeira, Ulbra/Mogi/Basketball, Keltek/São José dos Pinhais e Uniara/Araraquara.
Apesar da mudança de regra, Grego não considera a medida nem uma forma de retaliação aos clubes nem uma infração a direito já existente. 'O regulamento do Paulista foi feito bem antes do Nacional. Quando surgiu o problema da Liga, a CBB ainda tinha tempo de fazer o regulamento do Nacional e colocou a exigência'. Segundo ele, a sugestão foi feita pela Comissão Executiva formada por representantes dos times.
Alguns clubes paulistas deixaram claro que pretendem recorrer à Justiça caso sejam impedidos de disputar o Nacional, mas Grego duvida que isso aconteça. 'Quem fala não faz, até porque se os advogados deles olharem o regulamento vão ver que está dentro da lei. Não tenho medo disso', desafia.
Se o regulamento está sendo utilizado para barrar os clubes no Nacional, também poderá tirar seu atual campeão do próximo Campeonato Sul-Americano de Clubes. Agora, a CBB exige que o representante nacional no torneio continental tenha disputado o Estadual e o Nacional de seu país. Como o Telemar é um dos que não preenche os requisitos prévios perderia sua vaga.
'Isso tudo já foi avisado ao Telemar', garante Grego, que nega haver motivação revanchista em tudo o que foi feito. 'Espero que os clubes entendam que só deve existir um campeonato nacional', justifica.
Uma reunião em São Paulo, ainda hoje, deve definir o número de equipes participantes no Nacional, que na edição passada contou com 16 clubes. Mesmo com os 28 pré-inscritos, o dirigente acha difícil que o número de participantes ultrapasse os 20.
A forma de subsídio oferecido aos clubes também continua indefinida. Para o próximo ano, Grego acena com a possibilidade da entidade oferecer um combinado de passagens de avião e ônibus, mas garante que o assunto não é de alçada da Confederação. 'Isso (transporte dos atletas) não é problema da CBB'.
Na última edição do Nacional, cada time recebeu R$ 10 mil da Confederação e não teve bancadas as passagens aéreas para jogadores e comissão técnica, como era anteriormente. 'Estamos comparando com uma época em que tínhamos dinheiro', defende-se Grego.
A crise financeira do Nacional, que teve uma verba de R$ 2,5 milhões reduzida a cerca de R$ 600 mil, foi um dos fatores que motivou a criação da Nossa Liga.
Sem sede definida para feminino, Brasil sonha com títulos
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - Sede do Campeonato Mundial feminino de basquete de 2006, o Brasil ainda não sabe onde a competição será realizada. A definição, segundo o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis, deverá ser anunciada nas duas próximas semanas, no máximo. Mesmo com a incerteza do local, tanto a seleção feminina quanto a masculina fazem planos para brigar pelo título em seus mundiais.
São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são as cidades cotadas para receber o Mundial feminino. A capital paulista, que promoveria os jogos no ginásio do Ibirapuera, é endereço certo. A dúvida está mesmo no Rio, cujas obras de recuperação do Maracanãzinho estão atrasadas.
'Há problema de estrutura no Maracanãzinho, que preocupa muito, principalmente aos engenheiros', afirma Grego. 'Mas o Mundial vai ser mesmo no Brasil', garante o dirigente, que pretende usar as campeãs mundiais de 94 na divulgação do evento.
Nesta terça-feira, em São Paulo, as comissões técnicas apresentaram suas programações para 2006. A meta é a conquista dos títulos mundiais. O feminino, cujo Mundial começa em 12 de setembro, abre seu calendário em 9 de maio com a convocação da seleção. O masculino, que disputa o torneio em agosto, convoca em junho.
O técnico Antonio Carlos Barbosa deverá contar com todas as suas atletas, já que mesmo as que atuam na WNBA, cujo calendário sempre coincide com as principais competições internacionais, expressaram o desejo de optar pela seleção. Na temporada passada, as atletas abriram mão da liga norte-americana para disputar os Jogos de Atenas. Este ano, apenas duas foram jogar nos Estados Unidos, as alas Iziane e Janeth.
Antes do Mundial, a seleção disputa o Sul-Americano, em junho, que também ainda não tem sede definida e realiza uma excursão à Europa. Ao contrário do time masculino, que não poderá contar com todos os seus atletas em todas as competições, Barbosa pretende ir ao Sul-Americano com o grupo principal. 'Vai ser bom ir completo. Faz um teste com tempo bastante para reavaliar o que for necessário', analisa.
Além dos jogos no exterior, as meninas do Brasil deverão enfrentar algumas adversárias internacionais em casa. Isso porque há seleções interessadas em se aclimatar antes do Mundial. Espanha é uma oponente praticamente certa e a França outra possibilidade.
A história é exatamente o oposto no masculino. Sob o comando do técnico Aluísio Ferreira, a seleção deve ir ao Sul-Americano sem alguns titulares. 'Disputar o sul-americano já não é mais uma experiência tão importante para alguns atletas. Outros poderão ir até nos dois torneios', explica Lula.
Na preparação para os jogos no Japão, a comissão técnica prepara uma estratégia para minimizar os efeitos do fuso de 12 horas. 'Fizemos um acerto com gregos e espanhóis e vamos disputar guadrangulares com eles. Ficamos dez dias na Europa e talvez façamos mais dois amistosos para quebrar o fuso pela metade', explica Grego, que resume a filosofia para as duas seleções. 'Tudo é importante em 2006. Vamos para ganhar os dois campeonatos'.
Fonte: Gazeta Esportiva
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