quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Seleção pega a Argentina


São Paulo - Como país-sede, o Brasil já tem presença garantida no 15º Mundial de Basquete Feminino, em 2006. Não precisará brigar por uma das três vagas em disputa na Copa América de Santo Domingo, na República Dominicana, a partir desta quarta-feira – a estréia é contra a Argentina, às 20 horas (SporTV e ESPN Brasil). Mesmo assim, a seleção jogará pelo título, apesar de não ser favorita, segundo o técnico Antônio Carlos Barbosa.

Para a ala Micaela, que ficou fora do Mundial da China (2002) e da Olimpíada de Atenas (2004) por causa de contusões, a competição significa a volta ao grupo como titular, ao lado de Vivian, na armação, da ala Lilian e das pivôs Érika e Ega, escaladas para a estréia. Os outros jogos desta quarta são Cuba x Canadá e República Dominicana x Porto Rico. O Brasil ainda enfrentará Porto Rico, Canadá, República Dominicana e Cuba na disputa por pontos corridos.

Micaela, de 26 anos, do italiano Pool Comense, nem treinou com a seleção para a Olimpíada de Atenas por causa de cirurgia no tendão de Aquiles. Na preparação para o Mundial da China, sofreu uma fratura no pé logo no primeiro treino. “Mas agora é titular. Na temporada, ela e a Érika têm sido as mais regulares. A Micaela vive um bom momento”, disse Barbosa.

Em Santo Domingo, o Brasil não terá sete jogadoras que podem voltar para o Mundial: Janeth, Iziane, Adrianinha, Helen, Alessandra, Cíntia e Kelly. Janeth e Iziane deram preferência à WNBA; Alessandra, ao espanhol Valencia; Cíntia, ao italiano Famiglia Schio; Adrianinha foi convocada, mas o italiano Penta Faenza não a liberou.

Assim, a Copa América é uma oportunidade para um grupo com média de 24,1 anos. “É uma competição dentro de um ciclo. A geração de atletas que está aqui briga por espaço”, afirmou Barbosa, que avisou: se em 2006 as atletas mais experientes não derem prioridade à seleção, estarão fora do Mundial. “A seleção não pode ser acessório”. O técnico ainda não falou sobre o assunto com a Confederação Brasileira de Basquete, mas acha que terá apoio da entidade.

Contra a Argentina, o Brasil, que tem retrospecto de 38 vitórias nos 40 confrontos anteriores, é favorito. Para Barbosa, os principais rivais serão os “reforçados” Cuba e Canadá. “Além de não termos a Adrianinha, perdemos a Mamá, contundida”, disse o treinador.

Fonte: Estadão

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