Houston Comets de Janeth devolve derrota ao Seattle Storm de Iziane pela WNBA
No último duelo brasileiro da temporada regular da WNBA, o Houston Comets da veterana ala Janeth Arcain derrotou em casa o campeão Seattle Storm da ala Iziane Castro Marques por 75 a 72 (29 a 26 no intervalo), resultado que deixou os times empatados no confronto direto por 2 a 2 e iguais na vice-liderança da Conferência Oeste com 16 vitórias e 13 derrotas, faltando cinco rodadas para os playoffs, com grandes possibilidades de voltaram a se encontrar no mata-mata. A paulista Janeth marcou seis pontos, dois rebotes, três roubos de bola e um toco em 31 minutos como titular, contra sete pontos, dois rebotes, uma assistência e um roubo de bola da maranhense Izzy em 25 minutos. A ala tricampeã olímpica e cestinha da liga Sheryl Swoopes decidiu para o Houston com 23 pontos e quatro assistências, além de um toco na ala-pivô australiana Lauren Jackson faltando oito segundos, daí a armadora Dominique Canty sofreu falta e definiu com dois lances livres vingando a derrota por 71 a 68 em Seattle na terça-feira passada.
Empurrado por um público de 7.992 torcedores no Toyota Center, o Houston tomou a iniciativa do jogo e abriu 6 a 2 no placar, Iziane respondeu com uma cesta de três pontos segundos depois de levar um toco de Sheryl Swoopes. O jogo continuou equilibrado ponto a ponto no primeiro tempo e Swoopes abriu 19 a 17 com uma cesta com giro, no lance seguinte Janeth deu um toco na armadora campeã olímpica Sue Bird, mas o Comets perdeu a chance de abrir quatro de frente e cestas consecutivas de Tanisha Wright viraram para o Storm: 21 a 19. Swoopes foi buscar o empate e no último minuto da etapa o Houston conseguiu abrir três de vantagem.
No início do segundo tempo, uma bandeja da pivô Janell Burse colocou o Seattle à frente por 32 a 31 e Janeth impediu o time de se distanciar roubando a bola de Iziane e o Comets voltou a controlar o ataque e abriu 44 a 38 com um lance livre de Swoopes. Após cinco pontos de Sue Bird em um minuto, Janeth fez sua primeira cesta numa bandeja de costas abrindo 48 a 43. O empate veio com uma cesta de três de Bird e uma bandeja da reserva Alicia Thompson. Daí o Houston se impôs novamente e foi abrindo diferença até chegar a 62 a 54 com uma bandeja da ala-pivô Tina Thompson.
Lauren Jackson e Sue Bird reduziram a desvantagem para quatro pontos, depois Janeth acertou dois lances livres e Iziane respondeu na mesma moeda da linha de penalidade. Entrando no último minuto, Izzy roubou uma bola de Tina Thompson e converteu uma bandeja no contra-ataque reduzindo o déficit para 69 a 66. Depois que Swoopes e Jackson trocaram pontos de lance livre, Janeth marcou seus dois últimos pontos em cobranças de falta abrindo 73 a 68 a 28 segundos do fim. Lauren Jackson acertou uma boa infiltração com bandeja faltando 22 segundos, Janeth errou dois lances livres a 20 segundos do fim, mas o toco decisivo de Swoopes em Jackson acabou com as chances do Seattle, Sue Bird errou um arremesso na seqüência, daí Dominique Canty ficou com a sobra e colocou 75 a 70 batendo lances livres fazendo seu nono ponto faltando três segundos, de nada adiantou a bandeja de Bird no último segundo.
Cestinha da temporada com 18,8 pontos por jogo, Sheryl Swoopes havia estabelecido um recorde da carreira de 34 pontos na derrota de terça-feira em Seattle e foi à forra em grande estilo, acertando oito em 15 arremessos de quadra e todos os seus sete lances livres, e marcando também cinco rebotes e dois tocos, justificando seu tricampeonato no prêmio de melhor defensora da liga. A vice-cestinha da liga Lauren Jackson converteu seis em 10 finalizações para dois pontos e todos os seus seis lances livres, errou seus quatro arremessos de três, pegou nove rebotes, deu duas assistências e dois tocos. Outros destaques do Houston foram a pivô All-Star Michelle Snow com 20 pontos e seis rebotes e a ala-pivô bicampeã olímpica Tina Thompson com 11 pontos e três rebotes. No lado do Storm, a pivô Janell Burse destacou-se com 15 pontos e 11 rebotes, Sue Bird fez 14 pontos (todos no segundo tempo) e quatro assistências, e a ala-armadora Tanisha Wright, substituta da titular lesionada Betty Lennox, marcou 13 pontos e dois rebotes.
Na defesa, Janeth foi melhor na marcação de Wright do que Iziane contra Swoopes. Izzy desperdiçou duas posses de bola, ficou pendurada com cinco faltas, acertou seu único arremesso de três logo no início, mas errou três em cinco finalizações de dois pontos. Arcain errou seis em sete arremessos de quadra, converteu quatro em seis lances livres, desperdiçou três posses de bola e cometeu três faltas. O Houston voltou a vencer depois de três derrotas seguidas, em parte graças ao retorno de Dominique Canty à condição de armadora titular no lugar da veterana tricampeã olímpica ex-Charlotte Dawn Staley, autora de apenas dois pontos e duas assistências.
“Da última vez que jogamos contra elas uma das coisas que nos levaram ao sucesso foi não termos deixado o Houston cobrar lances livres, e hoje elas foram à linha de penalidade 31 vezes. Provavelmente 10 dessas foram no final, são oportunidades demais para ceder. Houve momentos que deixamos de aproveitar, Swoopes ficou quatro minutos fora no segundo tempo e não tiramos vantagem disso. Há coisas que poderíamos ter feito diferente, mas no todo estamos no caminho certo. Há pontos positivos desta viagem que precisamos guardar, essa derrota não é motivo para abaixar a cabeça. Ainda estamos à caça da vantagem de mando de quadra nos playoffs e nos sentimos bem com a posição que ocupamos. Temos de nos prender às coisas boas e ter aquele olhar concentrado nos finais de jogos, ir para a prorrogação é uma coisa boa. Dou a Sue Bird aquele tipo de arremesso no final todas as noites, e ela acerta nove em dez vezes quando tem uma boa visão da cesta, hoje foi a bola que ela não acertou. Tivemos um grande segundo tempo porque Sue melhorou. Parecia que o time não sabia onde estava, não parecíamos estar jogando fora de casa, entramos muito concentradas, fomos fortes e competitivas. Não foi o típico time visitante que vínhamos vendo. Foi um grande jogo. Sentimos que vamos ficar bem desde que façamos nosso papel nos próximos jogos. Tivemos essa viagem para jogos em Minnesota e Houston e a competitividade que mostramos hoje nos dá confiança para a próxima viagem. Ainda controlamos nosso destino. Acho que nós todas nos sentimos bem quando temos a chance de ganhar fora de casa ou forçar uma prorrogação, fizemos boas jogadas no final e morremos nos lances livres. Voltar para casa com uma vitória e uma derrota não é ruim. Michelle Snow fez 20 pontos, muito acima da média dela. Ela tem uma confiança extra contra nós. Quando enfrentamos o Houston em Seattle, ela teve uma atuação parecida. Janell Burse sofreu com ela e honestamente não demos a ajuda que era necessária, Snow nos fez pagar pela marcação individual”, disse a técnica do Storm, Anne Donovan.
“Todas as quatro vezes que encaramos o Seattle foram jogos parelhos, o equilíbrio é incrível. Que segundo tempo de basquete: 46 a 46! Foi um grande jogo e fomos felizes de sair com a vitória. Achei que Michelle foi incrível e faz a diferença. Descobrimos uma jogada com ela que forçou o adversário a modificar sua postura e é isso que você tem que fazer no basquete profissional. Foi realmente uma grande vitória para nós, contra um time muito bom. Lauren Jackson e Sue Bird nos deram muito trabalho, mudamos a marcação sobre elas e achamos modos de superar as habilidades das duas. A titularidade de Dominique é só uma questão de jogar bem principalmente nos momentos decisivos, ela acertou dois lances livres cruciais no final e fiquei muito satisfeito com ela. Ela estava penando ofensivamente e foi realmente agradável vê-la acertando sete em oito lances livres. No segundo tempo, nos focalizamos em Michelle Snow e Sheryl Swoopes e elas fizeram a diferença. O Seattle não conseguiu parar Snow e isso foi decisivo. Michelle fez um segundo tempo incrível, quando você tem um aproveitamento de 8 em 11 nos arremessos é sempre bom”, analisou o treinador do Comets, Van Chancellor.
“Eu e todo mundo achávamos que a última bola de Sue ia cair, mas não deu. Temos jogado muito melhor fora de casa do que vínhamos fazendo antes. Tivemos mais intensidade e energia, entramos fortes para fazer nosso jogo normal. Queremos ter vantagem nos playoffs e provar a nós mesmos que podemos vencer jogos seguidos. Agora estamos jogando com tudo o que temos porque não temos Betty Lennox, então precisamos dar um esforço extra. Achei que Michelle Snow teve alguns arremessos sem marcação, ela é uma boa jogadora e precisa ser respeitada, porque um dos maiores enganos é as pessoas pensarem que podem se descuidar dela porque o Comets tem outras jogadoras de alto nível. Não podemos fazer isso, Snow é uma boa jogadora. Acho que da próxima vez em momentos decisivos, como quando enfrentarmos o Houston nos playoffs, ela não terá tanta liberdade novamente. Temos que marcá-la, ponto final. Não podemos deixá-la livre para fazer dupla marcação em Sheryl ou quem quer que seja, você tem que defender seu garrafão contra ela. Quando Snow e Tina Thompson têm jogos assim, duvido que qualquer time possa derrotar o Comets”, afirmou Lauren Jackson.
“Foi uma grande vitória para nós voltando de uma excursão de três jogos na qual não conseguimos ganhar fora de casa. O fato de ter voltado ao nosso ginásio e jogado forte durante os 40 minutos é uma grande sensação. O Seattle é uma equipe muito boa e se os playoffs começarem amanhã, odiaria ter de dizer que não iríamos jogar a fase decisiva. Sair daqui hoje derrotando um grande time que está jogando bem nos faz sentir ótimas e confiantes naquilo que estamos fazendo. Ficamos um pouco surpresas com os arremessos de Tanisha Wright , nosso plano de jogo era dobrar a marcação no garrafão e fazê-las errar alguns arremessos de fora. Lauren é uma jogadora muito boa, é o tipo da atleta que não é possível parar no um contra um, você precisa ter a ajuda de algum lugar. Precisamos pegar rebotes e fazer boas jogadas defensivas, hoje fizemos isso e foi uma grande vitória coletiva. Não queríamos arriscar muitos arremessos do perímetro, queríamos atacar o Seattle sendo agressivas e tentando entrar no garrafão para forçar faltas e deixar as alas e pivôs delas penduradas. Fizemos um grande trabalho nesse sentido durante a partida inteira”, declarou Sheryl Swoopes.
“Acho que toda derrota é decepcionante. Certamente houve setores do jogo que dá para reclamar. Michelle fez seis pontos seguidos e mesmo assim ficamos cinco ou seis pontos atrás no final e estávamos numa boa posição para empatar o jogo, então saio desapontada, mas são duas grandes equipes que estão lutando pela mesma segunda posição. Estamos lutando pela vantagem de decidir em casa nos playoffs, nenhum time quer desistir ou se contentar com a terceira vaga, tenho certeza que o Houston teve uma boa oportunidade de vencer em Seattle e nós tivemos uma boa chance de vencer aqui em Houston. Seria ótimo se minha última bola tivesse caído, eu tinha uma boa visão da cesta, forçamos elas a mudarem a marcação, mas tive de arremessar um pouco mais alto porque Tina chegou para me marcar, acho que saiu um pouco forte demais. Snow fez um grande trabalho, quando ela acertou duas bandejas podíamos ouvir o técnico Van Chancellor nas laterais chamando o número dela e armando jogadas para a pivô. Ele queria que ela recebesse a bola debaixo da cesta porque viu que ela estava bem, você tem de dar-lhe muito crédito. Snow fez boas movimentações e bons arremessos. Sheryl Swoopes obviamente é o Houston Comets. Basta olhar o que ela faz ofensivamente e defensivamente. Realmente ela teve um efeito no jogo. Quando estava fora da quadra, era uma oportunidade para nós aproveitarmos, mas infelizmente não conseguimos, às vezes é mais fácil falar do que fazer”, disse Sue Bird.
“Tivemos que lutar e jogar duro. Uma coisa que quisemos foi acelerar o ritmo, bater a bola para dentro e forçar o Seattle a se desgastar na defesa, vendo quem ficaria livre. Fizemos isso no segundo tempo, conseguimos bandeja após bandeja e as carregamos com faltas. Quando colocamos a bola dentro do garrafão, elas tiveram de dobrar a marcação e isso nos deu cestas fáceis arremessando de fora ou pela porta dos fundos. Precisamos ter alguém pontuando dentro do garrafão então o adversário tem de fazer dupla marcação e isso facilita as coisas Sheryl, Tina e Janeth para os arremessos de fora”, completou Michelle Snow.
“Acho que nosso esforço foi incrível. Tivemos dois ou três grandes treinos durante a semana e eles ditaram o ritmo para o jogo. Fizemos o que foi preciso para sair com a vitória. O Seattle é um time sólido, mas os próximos cinco ou seis jogos são muito importantes para nós arrancarmos rumo aos playoffs. Queremos terminar uma boa posição, seja com vantagem de mando de quadra ou não, ainda queremos jogar em alto nível. Sentimos que, se vamos ganhar o campeonato ou ficar próximos disso, precisamos evoluir defensivamente. Quando jogamos bem na defesa coletivamente, isso gera oportunidades para nosso ataque. Se pudermos continuar a defender como hoje, ficaremos bem. Michelle Snow se superou e sua efetividade no garrafão abriu espaços para nós, tivemos a oportunidade de levar a bola para cesta mais vezes porque as adversárias estavam fora de posição tentando marcar Michelle. Ela definitivamente ditou o ritmo no segundo tempo e nos permitiu fazer muitas coisas”, explicou Tina Thompson.
No Madison Square Garden de Nova York , a armadora Becky Hammon fez 16 de seus 19 pontos no segundo tempo decidindo a terceira vitória seguida do New York Liberty (16V-13D), por 73 a 65 (27 a 35 no intervalo) em cima do lanterna geral já eliminado Charlotte Sting (4V-25D). O time da casa chegou a estar perdendo por 11 pontos no primeiro tempo, mas uma cesta de três de Hammon fechou uma série de 13 a 1 que deu a virada do Liberty para 46 a 44 e outra bola de três de Erin Thorn colocou 57 a 54 no placar faltando 6min22s. Thorn e Vickie Johnson fizeram cestas ampliando a diferença para 63 a 56 a 3min24s do fim, daí bastou administrar. A cestinha do Sting foi a pivô canadense Tammy Sutton-Brown com 19 pontos e o auxílio de 14 de Tangela Smith. O New York teve o desfalque da pivô belga All-Star Ann Wauters, que quebrou um dedo e ficará fora de quatro a seis semanas, sua participação nos playoffs é incerta. A russa Elena Baranova marcou oito pontos e 10 rebotes como pivô titular do Liberty. O Charlotte segue sem vencer fora de casa, foram 14 derrotas no ano como visitante.
Na Mohegan Sun Arena de Uncasville, o líder geral Connecticut Sun (23V-6D) bateu em casa o Washington Mystics (14V-14D) por 80 a 77 (42 a 30 no intervalo) e garantiu-se no topo da Conferência Leste assegurando a vantagem ao longo dos playoffs. Foi a 12a vitória do vice-campeão Sun em 13 jogos em seu ginásio e a quinta consecutiva no geral. A ala Nykesha Sales e a armadora Lindsay Whalen comandaram o time com 17 e 16 pontos, o Connecticut chegou a abrir 69 a 50 faltando 5min10s, mas a equipe da capital americana reagiu com uma série de 17 a 1 e encostou em 70 a 67 no placar com uma cesta da pivô Chasity Melvin a 1min31s do fim, o Sun voltou a abrir 79 a 75, mas Sales perdeu uma bola e DeLisha Milton-Jones fez uma bandeja encostando em 79 a 77 faltando três segundos. O Mystics fez falta na saída de bola sobre a ala-pivô Taj MicWilliams-Franklin, que acertou um em dois lances livres fazendo seu 12o ponto, mas Milton-Jones, autora de 15 pontos, errou no último segundo uma tentativa de três que forçaria a prorrogação. A ala-pivô Charlotte Smith-Taylor acabou com 17 pontos e nove rebotes para o Washington, que agora está empatado com o Detroit Shock na briga pela quarta e última posição nos playoffs do Leste. No Arizona, o Phoenix Mercury perdeu do Indiana Fever por 62 a 56.
Seattle de Iziane derrota Minnesota Lynx fora de casa e encara Houston de Janeth
O campeão Seattle Storm derrotou o Minnesota Lynx em Minneapolis por 72 a 66 (39 a 33 no intervalo), firmou-se na vice-liderança da Conferência Oeste com sua oitava vitória nos últimos dez 10 jogos e se aproximou da vaga nos playoffs. A armadora campeã olímpica Sue Bird foi a cestinha do jogo com 20 pontos, seis assistências e três roubos de bola, e a ala-pivô australiana Lauren Jackson colaborou com 17 pontos, 10 rebotes e três tocos. A ala brasileira Iziane Castro Marques teve atuação discreta pelo Storm (16V-12D) com dois pontos de lance livre, um rebote e uma assistência em 18 minutos como titular. No domingo tem a revanche do duelo brazuca em Houston contra o Comets da veterana ala Janeth Arcain, terceiro colocado no Oeste (15V-13D) vencido por 71 a 68 na terça-feira em Seattle. O Phoenix Mercury (13V-13D) fecha a zona de classificação ao mata-mata passando o Lynx (13V-16D) após superar o líder do Oeste já classificado Sacramento Monarchs (20V-8D) por 76 a 62 (49 a 35 no intervalo) com 23 pontos da ala australiana Penny Taylor.
O jogo no Target Center com 6.352 pagantes começou bastante equilibrado, Iziane fez seus únicos pontos logo no início cobrando falta e empatando por 4 a 4, depois houve nova igualdade em 13 a 13 e o time da casa conseguiu abrir 20 a 15 com uma cesta de Tynesha Lewis. O Seattle reagiu e virou o jogo para 30 a 26 com quatro lances livres seguidos da pivô reserva australiana Suzy Batkovic, depois sustentou a vantagem em seis pontos no intervalo.
No segundo tempo, o Minnesota se recuperou e voltou a ficar à frente no placar com duas cestas seguidas incluindo uma bandeja de costas da ala russa Svetlana Abrosimova fazendo 47 a 45. Faltando 15min33s, Iziane fez a assistência para uma cesta de três de Sue Bird colocando 48 a 47 no placar e iniciando uma série de 15 a 2 que decidiu a partida. Bird fez mais um arremesso certeiro e Lauren Jackson anotou seis pontos nessa seqüência incluindo a cesta que abriu 60 a 49 a 9min42s do fim. O Lynx reagiu comandado por Chandi Jones, autora de 16 pontos, e chegou a reduzir a desvantagem para quatro pontos duas vezes nos últimos dois minutos e meio, mas Jackson e Bird frustraram a torcida local com dois lances livres cada garantindo a diferença final de seis pontos.
A cestinha Bird acertou oito em 17 arremessos, sendo dois em cinco da linha de três, mais dois lances livres, pegou cinco rebotes e só deu dois passes errados. Lauren converteu seis em 11 arremessos, sendo um em três da linha de três, além de quatro em cinco lances livres, ela ainda deu cinco assistências e roubou uma bola. A pivô Janell Burse ajudou o Storm com 10 pontos e quatro rebotes, e Suzy Batkovic com nove pontos, três rebotes e dois tocos, mas a dupla foi suficiente para superar os 14 pontos e 11 rebotes de Vanessa Hayden para o Minnesota, que teve apenas 37% de aproveitamento nos arremessos contra 41% do atual campeão. Na quinta-feira esses dois times voltam a se enfrentar. Domingo no Toyota Center de Houston, Lauren Jackson faz com a ala tricampeã olímpica Sheryl Swoopes o duelo das fortes candidatas a melhor jogadora da temporada regular.
“Nossos times se conhecem bastante, do outro lado estão três atletas e o técnico da nossa seleção campeã olímpica (Swoopes, a ala-pivô Tina Thompson e a armadora Dawn Staley), o Van Chancellor usa exatamente as mesmas jogadas da seleção, não muda, mas você pode dar ao adversário todo o seu livro de jogadas, o importante é saber executar. Essa é a vantagem que a experiência de Dawn traz para o Houston”, reconheceu Sue Bird.
“Essa reta final de temporada é sempre estressante, mas nosso time encaixa bem contra o Houston, estamos ansiosas para voltar a enfrentá-las”, afirmou Anne Donovan, técnica do Storm e auxiliar de Chancellor na seleção dos EUA.
“Já ganhei o prêmio de MVP (Jogadora Mais Valiosa) da liga uma vez e seria uma grande honra ganhar de novo, mas no momento precisamos é de vitórias para a classificação. Vou me concentrar em fazer o melhor pelo meu time, me concentrar na vaga nos playoffs e se meu jogo justificar o prêmio, tudo bem”, declarou a ala-pivô Lauren Jackson.
“A temporada passada não foi como eu queria e apareceram muitos críticos, então tive que me provar para muitas pessoas, é algo que eu não esperava ter de fazer após tantas conquistas na carreira, mas tudo bem. Então é especial para mim estar disputando o MVP, mas não é esse troféu que quero, meu objetivo é ganhar o campeonato e se depois disso eu me aposentar, posso dizer que me despedi no topo”, disse Sheryl Swoopes.
No Arizona, o Phoenix acabou com a invencibilidade recorde de sete jogos do líder do Oeste Sacramento Monarchs vencendo em casa por 76 a 62. O time californiano não perdia desde o dia 22 de julho e tinha vencido 10 dos últimos 11 confrontos com o Mercury, além de ter a volta da ala-pivô All-Star DeMya Walker, que ficou fora quase um mês com uma lesão no joelho. A ala australiana Penny Taylor comandou o Phoenix com 23 pontos e a ala-pivô russa de 2,05m Maria Stepanova somou 14 pontos e sete assistências. A armadora Anna DeForge ajudou o time mandante com 14 pontos e a pivô tcheca Kamila Vodichkova com 12 contra 20 do destaque do Monarchs, Nicole Powell. A ala-armadora Diana Taurasi fez 11 pontos antes de sair no final do primeiro tempo com uma lesão no joelho direito. O Phoenix conseguiu uma impressionante arrancada saindo da vice-lanterna do Oeste para a zona de playoffs com 10 vitórias nos últimos 11 jogos passando Minnesota e Los Angeles Sparks.
Em Charlotte, o New York Liberty precisou de duas prorrogações para vencer o lanterna geral eliminado Sting por 82 a 74 (34 a 39 no primeiro tempo e 63 a 63 no segundo). A equipe nova-iorquina chegou a estar perdendo por 34 a 16 na etapa final, mas reagiu com uma série de 18 a 5 reduzindo a desvantagem para cinco pontos no intervalo e marcou os seis primeiros pontos no segundo tempo com uma cesta da ala-pivô russa Elena Baranova, autora de 18 pontos, virando o placar para 40 a 39. Faltando 59 segundos no tempo regulamentar, dois lances livres da ala Sheri Sam empataram o jogo por 63 a 63 para o Sting, mas Crystal Robinson não conseguiu converter um arremesso faltando seis segundos que daria a vitória ao Liberty. O Charlotte empatou na primeira prorrogação em 71 a 71 com uma cesta da veterana ala Adrienne Goodson faltando 36 segundos, mas o New York (15V-13D) errou três finalizações seguidas na última posse de bola, duas delas com Robinson, e foi preciso outro tempo extra. Aí a reserva Shameka Christon decidiu fazendo sete de seus 18 pontos na segunda prorrogação, incluindo uma jogada de três que colocou 78 a 73 no marcador a 2min27s do fim. A ala-armadora Vickie Johnson foi a cestinga do New York com 20 pontos contra 15 da pivô canadense Tammy Sutton-Brown mais 14 da ala Tangela Smith para o Sting (4V-25D), que perdeu 12 das últimas 13 partidas e tem uma revanche no domingo em Nova York.
Na rodada de quinta-feira à noite, o líder geral garantido nos playoffs Connecticut Sun (22V-6D) ganhou do Washington Mystics (14V-13D) na capital americana por 80 a 65 (38 a 34 no intervalo) com 20 pontos da veterana ala Nykesha Sales contra 18 da ala-armadora Alana Beard. O vice-líder do Leste Indiana Fever (16V-11D) superou o lanterna do Oeste SilverStars (7V-22D) em San Antonio por 57 a 50 (31 a 24 no intervalo) graças a 11 pontos e seis assistências da ala Tamika Catchings mais 10 pontos e nove rebotes da ala-pivô Jugita Streimikyte, e o Detroit Shock (13V-14D) bateu na prorrogação o Minnesota Lynx por 72 a 66 (26 a 34 no intervalo e 62 a 62 no tempo normal) graças a 25 pontos somados pela dupla de armação Katie Smith/Deanna Nolan contra 18 da russa Svetlana Abrosimova. Neste sábado o San Antonio recebe o Detroit e o LA Sparks (12V-15D) encara o Indiana em Los Angeles. Domingo, além de Houston x Seattle e New York x Charlotte, o Phoenix receberá o Indiana e o Connecticut joga em casa contra o Washington.
No último duelo brasileiro da temporada regular da WNBA, o Houston Comets da veterana ala Janeth Arcain derrotou em casa o campeão Seattle Storm da ala Iziane Castro Marques por 75 a 72 (29 a 26 no intervalo), resultado que deixou os times empatados no confronto direto por 2 a 2 e iguais na vice-liderança da Conferência Oeste com 16 vitórias e 13 derrotas, faltando cinco rodadas para os playoffs, com grandes possibilidades de voltaram a se encontrar no mata-mata. A paulista Janeth marcou seis pontos, dois rebotes, três roubos de bola e um toco em 31 minutos como titular, contra sete pontos, dois rebotes, uma assistência e um roubo de bola da maranhense Izzy em 25 minutos. A ala tricampeã olímpica e cestinha da liga Sheryl Swoopes decidiu para o Houston com 23 pontos e quatro assistências, além de um toco na ala-pivô australiana Lauren Jackson faltando oito segundos, daí a armadora Dominique Canty sofreu falta e definiu com dois lances livres vingando a derrota por 71 a 68 em Seattle na terça-feira passada.
Empurrado por um público de 7.992 torcedores no Toyota Center, o Houston tomou a iniciativa do jogo e abriu 6 a 2 no placar, Iziane respondeu com uma cesta de três pontos segundos depois de levar um toco de Sheryl Swoopes. O jogo continuou equilibrado ponto a ponto no primeiro tempo e Swoopes abriu 19 a 17 com uma cesta com giro, no lance seguinte Janeth deu um toco na armadora campeã olímpica Sue Bird, mas o Comets perdeu a chance de abrir quatro de frente e cestas consecutivas de Tanisha Wright viraram para o Storm: 21 a 19. Swoopes foi buscar o empate e no último minuto da etapa o Houston conseguiu abrir três de vantagem.
No início do segundo tempo, uma bandeja da pivô Janell Burse colocou o Seattle à frente por 32 a 31 e Janeth impediu o time de se distanciar roubando a bola de Iziane e o Comets voltou a controlar o ataque e abriu 44 a 38 com um lance livre de Swoopes. Após cinco pontos de Sue Bird em um minuto, Janeth fez sua primeira cesta numa bandeja de costas abrindo 48 a 43. O empate veio com uma cesta de três de Bird e uma bandeja da reserva Alicia Thompson. Daí o Houston se impôs novamente e foi abrindo diferença até chegar a 62 a 54 com uma bandeja da ala-pivô Tina Thompson.
Lauren Jackson e Sue Bird reduziram a desvantagem para quatro pontos, depois Janeth acertou dois lances livres e Iziane respondeu na mesma moeda da linha de penalidade. Entrando no último minuto, Izzy roubou uma bola de Tina Thompson e converteu uma bandeja no contra-ataque reduzindo o déficit para 69 a 66. Depois que Swoopes e Jackson trocaram pontos de lance livre, Janeth marcou seus dois últimos pontos em cobranças de falta abrindo 73 a 68 a 28 segundos do fim. Lauren Jackson acertou uma boa infiltração com bandeja faltando 22 segundos, Janeth errou dois lances livres a 20 segundos do fim, mas o toco decisivo de Swoopes em Jackson acabou com as chances do Seattle, Sue Bird errou um arremesso na seqüência, daí Dominique Canty ficou com a sobra e colocou 75 a 70 batendo lances livres fazendo seu nono ponto faltando três segundos, de nada adiantou a bandeja de Bird no último segundo.
Cestinha da temporada com 18,8 pontos por jogo, Sheryl Swoopes havia estabelecido um recorde da carreira de 34 pontos na derrota de terça-feira em Seattle e foi à forra em grande estilo, acertando oito em 15 arremessos de quadra e todos os seus sete lances livres, e marcando também cinco rebotes e dois tocos, justificando seu tricampeonato no prêmio de melhor defensora da liga. A vice-cestinha da liga Lauren Jackson converteu seis em 10 finalizações para dois pontos e todos os seus seis lances livres, errou seus quatro arremessos de três, pegou nove rebotes, deu duas assistências e dois tocos. Outros destaques do Houston foram a pivô All-Star Michelle Snow com 20 pontos e seis rebotes e a ala-pivô bicampeã olímpica Tina Thompson com 11 pontos e três rebotes. No lado do Storm, a pivô Janell Burse destacou-se com 15 pontos e 11 rebotes, Sue Bird fez 14 pontos (todos no segundo tempo) e quatro assistências, e a ala-armadora Tanisha Wright, substituta da titular lesionada Betty Lennox, marcou 13 pontos e dois rebotes.
Na defesa, Janeth foi melhor na marcação de Wright do que Iziane contra Swoopes. Izzy desperdiçou duas posses de bola, ficou pendurada com cinco faltas, acertou seu único arremesso de três logo no início, mas errou três em cinco finalizações de dois pontos. Arcain errou seis em sete arremessos de quadra, converteu quatro em seis lances livres, desperdiçou três posses de bola e cometeu três faltas. O Houston voltou a vencer depois de três derrotas seguidas, em parte graças ao retorno de Dominique Canty à condição de armadora titular no lugar da veterana tricampeã olímpica ex-Charlotte Dawn Staley, autora de apenas dois pontos e duas assistências.
“Da última vez que jogamos contra elas uma das coisas que nos levaram ao sucesso foi não termos deixado o Houston cobrar lances livres, e hoje elas foram à linha de penalidade 31 vezes. Provavelmente 10 dessas foram no final, são oportunidades demais para ceder. Houve momentos que deixamos de aproveitar, Swoopes ficou quatro minutos fora no segundo tempo e não tiramos vantagem disso. Há coisas que poderíamos ter feito diferente, mas no todo estamos no caminho certo. Há pontos positivos desta viagem que precisamos guardar, essa derrota não é motivo para abaixar a cabeça. Ainda estamos à caça da vantagem de mando de quadra nos playoffs e nos sentimos bem com a posição que ocupamos. Temos de nos prender às coisas boas e ter aquele olhar concentrado nos finais de jogos, ir para a prorrogação é uma coisa boa. Dou a Sue Bird aquele tipo de arremesso no final todas as noites, e ela acerta nove em dez vezes quando tem uma boa visão da cesta, hoje foi a bola que ela não acertou. Tivemos um grande segundo tempo porque Sue melhorou. Parecia que o time não sabia onde estava, não parecíamos estar jogando fora de casa, entramos muito concentradas, fomos fortes e competitivas. Não foi o típico time visitante que vínhamos vendo. Foi um grande jogo. Sentimos que vamos ficar bem desde que façamos nosso papel nos próximos jogos. Tivemos essa viagem para jogos em Minnesota e Houston e a competitividade que mostramos hoje nos dá confiança para a próxima viagem. Ainda controlamos nosso destino. Acho que nós todas nos sentimos bem quando temos a chance de ganhar fora de casa ou forçar uma prorrogação, fizemos boas jogadas no final e morremos nos lances livres. Voltar para casa com uma vitória e uma derrota não é ruim. Michelle Snow fez 20 pontos, muito acima da média dela. Ela tem uma confiança extra contra nós. Quando enfrentamos o Houston em Seattle, ela teve uma atuação parecida. Janell Burse sofreu com ela e honestamente não demos a ajuda que era necessária, Snow nos fez pagar pela marcação individual”, disse a técnica do Storm, Anne Donovan.
“Todas as quatro vezes que encaramos o Seattle foram jogos parelhos, o equilíbrio é incrível. Que segundo tempo de basquete: 46 a 46! Foi um grande jogo e fomos felizes de sair com a vitória. Achei que Michelle foi incrível e faz a diferença. Descobrimos uma jogada com ela que forçou o adversário a modificar sua postura e é isso que você tem que fazer no basquete profissional. Foi realmente uma grande vitória para nós, contra um time muito bom. Lauren Jackson e Sue Bird nos deram muito trabalho, mudamos a marcação sobre elas e achamos modos de superar as habilidades das duas. A titularidade de Dominique é só uma questão de jogar bem principalmente nos momentos decisivos, ela acertou dois lances livres cruciais no final e fiquei muito satisfeito com ela. Ela estava penando ofensivamente e foi realmente agradável vê-la acertando sete em oito lances livres. No segundo tempo, nos focalizamos em Michelle Snow e Sheryl Swoopes e elas fizeram a diferença. O Seattle não conseguiu parar Snow e isso foi decisivo. Michelle fez um segundo tempo incrível, quando você tem um aproveitamento de 8 em 11 nos arremessos é sempre bom”, analisou o treinador do Comets, Van Chancellor.
“Eu e todo mundo achávamos que a última bola de Sue ia cair, mas não deu. Temos jogado muito melhor fora de casa do que vínhamos fazendo antes. Tivemos mais intensidade e energia, entramos fortes para fazer nosso jogo normal. Queremos ter vantagem nos playoffs e provar a nós mesmos que podemos vencer jogos seguidos. Agora estamos jogando com tudo o que temos porque não temos Betty Lennox, então precisamos dar um esforço extra. Achei que Michelle Snow teve alguns arremessos sem marcação, ela é uma boa jogadora e precisa ser respeitada, porque um dos maiores enganos é as pessoas pensarem que podem se descuidar dela porque o Comets tem outras jogadoras de alto nível. Não podemos fazer isso, Snow é uma boa jogadora. Acho que da próxima vez em momentos decisivos, como quando enfrentarmos o Houston nos playoffs, ela não terá tanta liberdade novamente. Temos que marcá-la, ponto final. Não podemos deixá-la livre para fazer dupla marcação em Sheryl ou quem quer que seja, você tem que defender seu garrafão contra ela. Quando Snow e Tina Thompson têm jogos assim, duvido que qualquer time possa derrotar o Comets”, afirmou Lauren Jackson.
“Foi uma grande vitória para nós voltando de uma excursão de três jogos na qual não conseguimos ganhar fora de casa. O fato de ter voltado ao nosso ginásio e jogado forte durante os 40 minutos é uma grande sensação. O Seattle é uma equipe muito boa e se os playoffs começarem amanhã, odiaria ter de dizer que não iríamos jogar a fase decisiva. Sair daqui hoje derrotando um grande time que está jogando bem nos faz sentir ótimas e confiantes naquilo que estamos fazendo. Ficamos um pouco surpresas com os arremessos de Tanisha Wright , nosso plano de jogo era dobrar a marcação no garrafão e fazê-las errar alguns arremessos de fora. Lauren é uma jogadora muito boa, é o tipo da atleta que não é possível parar no um contra um, você precisa ter a ajuda de algum lugar. Precisamos pegar rebotes e fazer boas jogadas defensivas, hoje fizemos isso e foi uma grande vitória coletiva. Não queríamos arriscar muitos arremessos do perímetro, queríamos atacar o Seattle sendo agressivas e tentando entrar no garrafão para forçar faltas e deixar as alas e pivôs delas penduradas. Fizemos um grande trabalho nesse sentido durante a partida inteira”, declarou Sheryl Swoopes.
“Acho que toda derrota é decepcionante. Certamente houve setores do jogo que dá para reclamar. Michelle fez seis pontos seguidos e mesmo assim ficamos cinco ou seis pontos atrás no final e estávamos numa boa posição para empatar o jogo, então saio desapontada, mas são duas grandes equipes que estão lutando pela mesma segunda posição. Estamos lutando pela vantagem de decidir em casa nos playoffs, nenhum time quer desistir ou se contentar com a terceira vaga, tenho certeza que o Houston teve uma boa oportunidade de vencer em Seattle e nós tivemos uma boa chance de vencer aqui em Houston. Seria ótimo se minha última bola tivesse caído, eu tinha uma boa visão da cesta, forçamos elas a mudarem a marcação, mas tive de arremessar um pouco mais alto porque Tina chegou para me marcar, acho que saiu um pouco forte demais. Snow fez um grande trabalho, quando ela acertou duas bandejas podíamos ouvir o técnico Van Chancellor nas laterais chamando o número dela e armando jogadas para a pivô. Ele queria que ela recebesse a bola debaixo da cesta porque viu que ela estava bem, você tem de dar-lhe muito crédito. Snow fez boas movimentações e bons arremessos. Sheryl Swoopes obviamente é o Houston Comets. Basta olhar o que ela faz ofensivamente e defensivamente. Realmente ela teve um efeito no jogo. Quando estava fora da quadra, era uma oportunidade para nós aproveitarmos, mas infelizmente não conseguimos, às vezes é mais fácil falar do que fazer”, disse Sue Bird.
“Tivemos que lutar e jogar duro. Uma coisa que quisemos foi acelerar o ritmo, bater a bola para dentro e forçar o Seattle a se desgastar na defesa, vendo quem ficaria livre. Fizemos isso no segundo tempo, conseguimos bandeja após bandeja e as carregamos com faltas. Quando colocamos a bola dentro do garrafão, elas tiveram de dobrar a marcação e isso nos deu cestas fáceis arremessando de fora ou pela porta dos fundos. Precisamos ter alguém pontuando dentro do garrafão então o adversário tem de fazer dupla marcação e isso facilita as coisas Sheryl, Tina e Janeth para os arremessos de fora”, completou Michelle Snow.
“Acho que nosso esforço foi incrível. Tivemos dois ou três grandes treinos durante a semana e eles ditaram o ritmo para o jogo. Fizemos o que foi preciso para sair com a vitória. O Seattle é um time sólido, mas os próximos cinco ou seis jogos são muito importantes para nós arrancarmos rumo aos playoffs. Queremos terminar uma boa posição, seja com vantagem de mando de quadra ou não, ainda queremos jogar em alto nível. Sentimos que, se vamos ganhar o campeonato ou ficar próximos disso, precisamos evoluir defensivamente. Quando jogamos bem na defesa coletivamente, isso gera oportunidades para nosso ataque. Se pudermos continuar a defender como hoje, ficaremos bem. Michelle Snow se superou e sua efetividade no garrafão abriu espaços para nós, tivemos a oportunidade de levar a bola para cesta mais vezes porque as adversárias estavam fora de posição tentando marcar Michelle. Ela definitivamente ditou o ritmo no segundo tempo e nos permitiu fazer muitas coisas”, explicou Tina Thompson.
No Madison Square Garden de Nova York , a armadora Becky Hammon fez 16 de seus 19 pontos no segundo tempo decidindo a terceira vitória seguida do New York Liberty (16V-13D), por 73 a 65 (27 a 35 no intervalo) em cima do lanterna geral já eliminado Charlotte Sting (4V-25D). O time da casa chegou a estar perdendo por 11 pontos no primeiro tempo, mas uma cesta de três de Hammon fechou uma série de 13 a 1 que deu a virada do Liberty para 46 a 44 e outra bola de três de Erin Thorn colocou 57 a 54 no placar faltando 6min22s. Thorn e Vickie Johnson fizeram cestas ampliando a diferença para 63 a 56 a 3min24s do fim, daí bastou administrar. A cestinha do Sting foi a pivô canadense Tammy Sutton-Brown com 19 pontos e o auxílio de 14 de Tangela Smith. O New York teve o desfalque da pivô belga All-Star Ann Wauters, que quebrou um dedo e ficará fora de quatro a seis semanas, sua participação nos playoffs é incerta. A russa Elena Baranova marcou oito pontos e 10 rebotes como pivô titular do Liberty. O Charlotte segue sem vencer fora de casa, foram 14 derrotas no ano como visitante.
Na Mohegan Sun Arena de Uncasville, o líder geral Connecticut Sun (23V-6D) bateu em casa o Washington Mystics (14V-14D) por 80 a 77 (42 a 30 no intervalo) e garantiu-se no topo da Conferência Leste assegurando a vantagem ao longo dos playoffs. Foi a 12a vitória do vice-campeão Sun em 13 jogos em seu ginásio e a quinta consecutiva no geral. A ala Nykesha Sales e a armadora Lindsay Whalen comandaram o time com 17 e 16 pontos, o Connecticut chegou a abrir 69 a 50 faltando 5min10s, mas a equipe da capital americana reagiu com uma série de 17 a 1 e encostou em 70 a 67 no placar com uma cesta da pivô Chasity Melvin a 1min31s do fim, o Sun voltou a abrir 79 a 75, mas Sales perdeu uma bola e DeLisha Milton-Jones fez uma bandeja encostando em 79 a 77 faltando três segundos. O Mystics fez falta na saída de bola sobre a ala-pivô Taj MicWilliams-Franklin, que acertou um em dois lances livres fazendo seu 12o ponto, mas Milton-Jones, autora de 15 pontos, errou no último segundo uma tentativa de três que forçaria a prorrogação. A ala-pivô Charlotte Smith-Taylor acabou com 17 pontos e nove rebotes para o Washington, que agora está empatado com o Detroit Shock na briga pela quarta e última posição nos playoffs do Leste. No Arizona, o Phoenix Mercury perdeu do Indiana Fever por 62 a 56.
Seattle de Iziane derrota Minnesota Lynx fora de casa e encara Houston de Janeth
O campeão Seattle Storm derrotou o Minnesota Lynx em Minneapolis por 72 a 66 (39 a 33 no intervalo), firmou-se na vice-liderança da Conferência Oeste com sua oitava vitória nos últimos dez 10 jogos e se aproximou da vaga nos playoffs. A armadora campeã olímpica Sue Bird foi a cestinha do jogo com 20 pontos, seis assistências e três roubos de bola, e a ala-pivô australiana Lauren Jackson colaborou com 17 pontos, 10 rebotes e três tocos. A ala brasileira Iziane Castro Marques teve atuação discreta pelo Storm (16V-12D) com dois pontos de lance livre, um rebote e uma assistência em 18 minutos como titular. No domingo tem a revanche do duelo brazuca em Houston contra o Comets da veterana ala Janeth Arcain, terceiro colocado no Oeste (15V-13D) vencido por 71 a 68 na terça-feira em Seattle. O Phoenix Mercury (13V-13D) fecha a zona de classificação ao mata-mata passando o Lynx (13V-16D) após superar o líder do Oeste já classificado Sacramento Monarchs (20V-8D) por 76 a 62 (49 a 35 no intervalo) com 23 pontos da ala australiana Penny Taylor.
O jogo no Target Center com 6.352 pagantes começou bastante equilibrado, Iziane fez seus únicos pontos logo no início cobrando falta e empatando por 4 a 4, depois houve nova igualdade em 13 a 13 e o time da casa conseguiu abrir 20 a 15 com uma cesta de Tynesha Lewis. O Seattle reagiu e virou o jogo para 30 a 26 com quatro lances livres seguidos da pivô reserva australiana Suzy Batkovic, depois sustentou a vantagem em seis pontos no intervalo.
No segundo tempo, o Minnesota se recuperou e voltou a ficar à frente no placar com duas cestas seguidas incluindo uma bandeja de costas da ala russa Svetlana Abrosimova fazendo 47 a 45. Faltando 15min33s, Iziane fez a assistência para uma cesta de três de Sue Bird colocando 48 a 47 no placar e iniciando uma série de 15 a 2 que decidiu a partida. Bird fez mais um arremesso certeiro e Lauren Jackson anotou seis pontos nessa seqüência incluindo a cesta que abriu 60 a 49 a 9min42s do fim. O Lynx reagiu comandado por Chandi Jones, autora de 16 pontos, e chegou a reduzir a desvantagem para quatro pontos duas vezes nos últimos dois minutos e meio, mas Jackson e Bird frustraram a torcida local com dois lances livres cada garantindo a diferença final de seis pontos.
A cestinha Bird acertou oito em 17 arremessos, sendo dois em cinco da linha de três, mais dois lances livres, pegou cinco rebotes e só deu dois passes errados. Lauren converteu seis em 11 arremessos, sendo um em três da linha de três, além de quatro em cinco lances livres, ela ainda deu cinco assistências e roubou uma bola. A pivô Janell Burse ajudou o Storm com 10 pontos e quatro rebotes, e Suzy Batkovic com nove pontos, três rebotes e dois tocos, mas a dupla foi suficiente para superar os 14 pontos e 11 rebotes de Vanessa Hayden para o Minnesota, que teve apenas 37% de aproveitamento nos arremessos contra 41% do atual campeão. Na quinta-feira esses dois times voltam a se enfrentar. Domingo no Toyota Center de Houston, Lauren Jackson faz com a ala tricampeã olímpica Sheryl Swoopes o duelo das fortes candidatas a melhor jogadora da temporada regular.
“Nossos times se conhecem bastante, do outro lado estão três atletas e o técnico da nossa seleção campeã olímpica (Swoopes, a ala-pivô Tina Thompson e a armadora Dawn Staley), o Van Chancellor usa exatamente as mesmas jogadas da seleção, não muda, mas você pode dar ao adversário todo o seu livro de jogadas, o importante é saber executar. Essa é a vantagem que a experiência de Dawn traz para o Houston”, reconheceu Sue Bird.
“Essa reta final de temporada é sempre estressante, mas nosso time encaixa bem contra o Houston, estamos ansiosas para voltar a enfrentá-las”, afirmou Anne Donovan, técnica do Storm e auxiliar de Chancellor na seleção dos EUA.
“Já ganhei o prêmio de MVP (Jogadora Mais Valiosa) da liga uma vez e seria uma grande honra ganhar de novo, mas no momento precisamos é de vitórias para a classificação. Vou me concentrar em fazer o melhor pelo meu time, me concentrar na vaga nos playoffs e se meu jogo justificar o prêmio, tudo bem”, declarou a ala-pivô Lauren Jackson.
“A temporada passada não foi como eu queria e apareceram muitos críticos, então tive que me provar para muitas pessoas, é algo que eu não esperava ter de fazer após tantas conquistas na carreira, mas tudo bem. Então é especial para mim estar disputando o MVP, mas não é esse troféu que quero, meu objetivo é ganhar o campeonato e se depois disso eu me aposentar, posso dizer que me despedi no topo”, disse Sheryl Swoopes.
No Arizona, o Phoenix acabou com a invencibilidade recorde de sete jogos do líder do Oeste Sacramento Monarchs vencendo em casa por 76 a 62. O time californiano não perdia desde o dia 22 de julho e tinha vencido 10 dos últimos 11 confrontos com o Mercury, além de ter a volta da ala-pivô All-Star DeMya Walker, que ficou fora quase um mês com uma lesão no joelho. A ala australiana Penny Taylor comandou o Phoenix com 23 pontos e a ala-pivô russa de 2,05m Maria Stepanova somou 14 pontos e sete assistências. A armadora Anna DeForge ajudou o time mandante com 14 pontos e a pivô tcheca Kamila Vodichkova com 12 contra 20 do destaque do Monarchs, Nicole Powell. A ala-armadora Diana Taurasi fez 11 pontos antes de sair no final do primeiro tempo com uma lesão no joelho direito. O Phoenix conseguiu uma impressionante arrancada saindo da vice-lanterna do Oeste para a zona de playoffs com 10 vitórias nos últimos 11 jogos passando Minnesota e Los Angeles Sparks.
Em Charlotte, o New York Liberty precisou de duas prorrogações para vencer o lanterna geral eliminado Sting por 82 a 74 (34 a 39 no primeiro tempo e 63 a 63 no segundo). A equipe nova-iorquina chegou a estar perdendo por 34 a 16 na etapa final, mas reagiu com uma série de 18 a 5 reduzindo a desvantagem para cinco pontos no intervalo e marcou os seis primeiros pontos no segundo tempo com uma cesta da ala-pivô russa Elena Baranova, autora de 18 pontos, virando o placar para 40 a 39. Faltando 59 segundos no tempo regulamentar, dois lances livres da ala Sheri Sam empataram o jogo por 63 a 63 para o Sting, mas Crystal Robinson não conseguiu converter um arremesso faltando seis segundos que daria a vitória ao Liberty. O Charlotte empatou na primeira prorrogação em 71 a 71 com uma cesta da veterana ala Adrienne Goodson faltando 36 segundos, mas o New York (15V-13D) errou três finalizações seguidas na última posse de bola, duas delas com Robinson, e foi preciso outro tempo extra. Aí a reserva Shameka Christon decidiu fazendo sete de seus 18 pontos na segunda prorrogação, incluindo uma jogada de três que colocou 78 a 73 no marcador a 2min27s do fim. A ala-armadora Vickie Johnson foi a cestinga do New York com 20 pontos contra 15 da pivô canadense Tammy Sutton-Brown mais 14 da ala Tangela Smith para o Sting (4V-25D), que perdeu 12 das últimas 13 partidas e tem uma revanche no domingo em Nova York.
Na rodada de quinta-feira à noite, o líder geral garantido nos playoffs Connecticut Sun (22V-6D) ganhou do Washington Mystics (14V-13D) na capital americana por 80 a 65 (38 a 34 no intervalo) com 20 pontos da veterana ala Nykesha Sales contra 18 da ala-armadora Alana Beard. O vice-líder do Leste Indiana Fever (16V-11D) superou o lanterna do Oeste SilverStars (7V-22D) em San Antonio por 57 a 50 (31 a 24 no intervalo) graças a 11 pontos e seis assistências da ala Tamika Catchings mais 10 pontos e nove rebotes da ala-pivô Jugita Streimikyte, e o Detroit Shock (13V-14D) bateu na prorrogação o Minnesota Lynx por 72 a 66 (26 a 34 no intervalo e 62 a 62 no tempo normal) graças a 25 pontos somados pela dupla de armação Katie Smith/Deanna Nolan contra 18 da russa Svetlana Abrosimova. Neste sábado o San Antonio recebe o Detroit e o LA Sparks (12V-15D) encara o Indiana em Los Angeles. Domingo, além de Houston x Seattle e New York x Charlotte, o Phoenix receberá o Indiana e o Connecticut joga em casa contra o Washington.
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