Revisando conceitos
Coluna de Fábio Zambeli - Site Rebote
O técnico Antonio Carlos Barbosa aposta na liderança de Janeth
para o Brasil evoluir e chegar bem à Copa América de setembro
A seleção brasileira adulta feminina de basquete abre no próximo domingo uma longa jornada rumo à principal competição da temporada, a Copa América, marcada para setembro na República Dominicana.
Mesmo com conotação amistosa para o Brasil (já qualificado para o Mundial de 2006, do qual será sede), o torneio ganha status de marco inicial do projeto olímpico desenhado pela equipe técnica da CBB.
Para dar forma ao seu plano de ações, a entidade máxima da modalidade, que é refratária à tese da seleção permanente, montará por um período superior a três meses uma estrutura fixa para moldar a base do time que entrará nas quadras para defender a hegemonia continental.
O calendário de atividades tem a largada com o Sul-Americano da Colômbia, que será disputado entre 6 e 12 de julho – competição na qual as brasileiras vão tentar o décimo triunfo consecutivo.
Em seguida, o time dirigido por Antonio Carlos Barbosa parte para uma das etapas mais fundamentais na observação das atletas selecionadas: a equipe canarinho embarca para a Grécia e a Itália, onde medirá forças com equipes européias que estarão em fase de ajustes para o Pré-Mundial do Velho Continente.
No retorno ao país, a equipe passará a testar seu poderio contra os potenciais rivais na Copa América: estão agendados duelos com Cuba, Canadá e Argentina –incluindo um inusitado jogo em Macapá (AP) patrocinado pela estatal que injeta recursos no esporte.
Serão três meses viscerais na formatação de um conjunto que seja capaz de retornar ao pódio no Mundial doméstico, considerado trunfo no resgate da auto-estima do bola-ao-cesto no país.
O período de intertemporada colocará à prova ainda o esboço traçado por Barbosa para a formação que defenderá as cores verde e amarela no projeto olímpico.
Em sua convocação, o treinador foi conservador, embora tenha adotado discurso contraditório, dando a impressão de aderir a um projeto renovador. "Estamos trazendo novos talentos, rejuvenescendo a seleção”, disse Barbosa à ocasião da divulgação da lista.
Foram chamadas 23 atletas – 15 delas atuando em clubes do exterior. As estrangeiras atuam nas ligas da Itália, França, Espanha e na WNBA.
Entre as que pertencem a equipes nacionais, Ourinhos emplacou cinco jogadoras.
Barbosa insistiu na espinha dorsal formada pelas experientes Janeth, 36 anos, Alessandra, 31, Cíntia Tuiú, 30, Helen Luz, 32, e reativou a armadora Claudinha, 30, que havia manifestado sua intenção de abandonar a seleção, mas reexaminou a conduta.
Além dos óbvios chamamentos de Iziane, Érika, Kelly e Micaela, o comandante técnico do selecionado apostou em jovens promessas como Ana Flávia, Graziane e Flávia Luíza, da safra vice-campeã mundial sub-21. Também debuta com a camiseta principal a pivô Ísis, 21 anos e 2,02m, destaque do Paulista em curso, que ainda busca aprimorar sua leitura de jogo e tenta vencer limitações quanto à mobilidade.
A relação do exército de Barbosa para a maratona trimestral exclui, entretanto, atletas que construíram um início de temporada exuberante. Exemplos notáveis são os da armadora Karla, que exibiu belo desempenho no semestre em território polonês. Performance parecida, em dose dupla, teve Leila Sobral, a quem Barbosa prestigiou em momentos de menor esplendor. A intrépida lateral, titular em Atenas-04, vem repetindo atuações destacadas na Espanha e na reta final do Paulista (onde reforçou o Santo André).
Entre os nomes lembrados pelo técnico brasileiro, alguns serão desfalques na fase inicial de preparação.
Janeth e Iziane, ambas na NBA, só devem se incorporar ao grupo para a Copa América.
Expoente da modalidade e virtual capitã da esquadra nacional, Janeth experimenta trajetória descendente na liga americana. Pelo Houston Comets, a ala brasileira cumpre sua oitava temporada e amarga números mais tímidos nos primeiros oito jogos: média de 8.5 pontos em 31 minutos jogados – índice menor que o obtido nos últimos três campeonatos.
Para o comando da CBB, o objetivo da expedição que ora se inicia é o título da Copa América. “Independentemente de estarmos classificados para o Mundial, o objetivo é ganhar a competição”, adiantou o presidente Gerasime Bozikis, o Grego, à ocasião da convocação.
Ainda que tímida, a iniciativa da confederação brasileira de reunir a nata do bola-ao-cesto para 90 dias de trabalho conjunto, testes, treinos, amistosos e competições é um alento.
Mesmo com o questionável nível dos adversários e o pouco convincente modelo tático e de planejamento, a seleção esboça uma resposta ao clamor de especialistas, que encontra eco no Comitê Olímpico Brasileiro.
Sob pressão do COB, os dirigentes da bola-laranja tupiniquim dão indícios de que estão dispostos a rever velhos conceitos de olho na formação de uma geração que preserve a tradição vitoriosa das nossas meninas. Elas se transformaram no verdadeiro patrimônio da modalidade, combalida e hostilizada pelos sucessivos fiascos masculinos no cenário internacional.
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Zona Morta
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))) Surpresa no Paulista Feminino de basquete. Não, o favorito Ourinhos não foi eliminado pelo azarão Piracicaba nas quartas-de-final. Ao contrário. A série foi encerrada nesta terça-feira com 2 a 0 para o time de Antonio Carlos Vendramini. O destaque do confronto, entretanto, foi o primeiro jogo, disputado no ginásio Valdemar Vlatkauskas. As comandas de Branca por pouco não tiraram a invencibilidade das rivais no torneio. O triunfo ourinhense só foi assegurado nos segundos finais com um arremesso da pivô Lígia. Resultado final, 73-72. No segundo duelo da série, foi restabelecida a ordem: 82-52.
Coluna de Fábio Zambeli - Site Rebote
O técnico Antonio Carlos Barbosa aposta na liderança de Janeth
para o Brasil evoluir e chegar bem à Copa América de setembro
A seleção brasileira adulta feminina de basquete abre no próximo domingo uma longa jornada rumo à principal competição da temporada, a Copa América, marcada para setembro na República Dominicana.
Mesmo com conotação amistosa para o Brasil (já qualificado para o Mundial de 2006, do qual será sede), o torneio ganha status de marco inicial do projeto olímpico desenhado pela equipe técnica da CBB.
Para dar forma ao seu plano de ações, a entidade máxima da modalidade, que é refratária à tese da seleção permanente, montará por um período superior a três meses uma estrutura fixa para moldar a base do time que entrará nas quadras para defender a hegemonia continental.
O calendário de atividades tem a largada com o Sul-Americano da Colômbia, que será disputado entre 6 e 12 de julho – competição na qual as brasileiras vão tentar o décimo triunfo consecutivo.
Em seguida, o time dirigido por Antonio Carlos Barbosa parte para uma das etapas mais fundamentais na observação das atletas selecionadas: a equipe canarinho embarca para a Grécia e a Itália, onde medirá forças com equipes européias que estarão em fase de ajustes para o Pré-Mundial do Velho Continente.
No retorno ao país, a equipe passará a testar seu poderio contra os potenciais rivais na Copa América: estão agendados duelos com Cuba, Canadá e Argentina –incluindo um inusitado jogo em Macapá (AP) patrocinado pela estatal que injeta recursos no esporte.
Serão três meses viscerais na formatação de um conjunto que seja capaz de retornar ao pódio no Mundial doméstico, considerado trunfo no resgate da auto-estima do bola-ao-cesto no país.
O período de intertemporada colocará à prova ainda o esboço traçado por Barbosa para a formação que defenderá as cores verde e amarela no projeto olímpico.
Em sua convocação, o treinador foi conservador, embora tenha adotado discurso contraditório, dando a impressão de aderir a um projeto renovador. "Estamos trazendo novos talentos, rejuvenescendo a seleção”, disse Barbosa à ocasião da divulgação da lista.
Foram chamadas 23 atletas – 15 delas atuando em clubes do exterior. As estrangeiras atuam nas ligas da Itália, França, Espanha e na WNBA.
Entre as que pertencem a equipes nacionais, Ourinhos emplacou cinco jogadoras.
Barbosa insistiu na espinha dorsal formada pelas experientes Janeth, 36 anos, Alessandra, 31, Cíntia Tuiú, 30, Helen Luz, 32, e reativou a armadora Claudinha, 30, que havia manifestado sua intenção de abandonar a seleção, mas reexaminou a conduta.
Além dos óbvios chamamentos de Iziane, Érika, Kelly e Micaela, o comandante técnico do selecionado apostou em jovens promessas como Ana Flávia, Graziane e Flávia Luíza, da safra vice-campeã mundial sub-21. Também debuta com a camiseta principal a pivô Ísis, 21 anos e 2,02m, destaque do Paulista em curso, que ainda busca aprimorar sua leitura de jogo e tenta vencer limitações quanto à mobilidade.
A relação do exército de Barbosa para a maratona trimestral exclui, entretanto, atletas que construíram um início de temporada exuberante. Exemplos notáveis são os da armadora Karla, que exibiu belo desempenho no semestre em território polonês. Performance parecida, em dose dupla, teve Leila Sobral, a quem Barbosa prestigiou em momentos de menor esplendor. A intrépida lateral, titular em Atenas-04, vem repetindo atuações destacadas na Espanha e na reta final do Paulista (onde reforçou o Santo André).
Entre os nomes lembrados pelo técnico brasileiro, alguns serão desfalques na fase inicial de preparação.
Janeth e Iziane, ambas na NBA, só devem se incorporar ao grupo para a Copa América.
Expoente da modalidade e virtual capitã da esquadra nacional, Janeth experimenta trajetória descendente na liga americana. Pelo Houston Comets, a ala brasileira cumpre sua oitava temporada e amarga números mais tímidos nos primeiros oito jogos: média de 8.5 pontos em 31 minutos jogados – índice menor que o obtido nos últimos três campeonatos.
Para o comando da CBB, o objetivo da expedição que ora se inicia é o título da Copa América. “Independentemente de estarmos classificados para o Mundial, o objetivo é ganhar a competição”, adiantou o presidente Gerasime Bozikis, o Grego, à ocasião da convocação.
Ainda que tímida, a iniciativa da confederação brasileira de reunir a nata do bola-ao-cesto para 90 dias de trabalho conjunto, testes, treinos, amistosos e competições é um alento.
Mesmo com o questionável nível dos adversários e o pouco convincente modelo tático e de planejamento, a seleção esboça uma resposta ao clamor de especialistas, que encontra eco no Comitê Olímpico Brasileiro.
Sob pressão do COB, os dirigentes da bola-laranja tupiniquim dão indícios de que estão dispostos a rever velhos conceitos de olho na formação de uma geração que preserve a tradição vitoriosa das nossas meninas. Elas se transformaram no verdadeiro patrimônio da modalidade, combalida e hostilizada pelos sucessivos fiascos masculinos no cenário internacional.
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Zona Morta
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))) Surpresa no Paulista Feminino de basquete. Não, o favorito Ourinhos não foi eliminado pelo azarão Piracicaba nas quartas-de-final. Ao contrário. A série foi encerrada nesta terça-feira com 2 a 0 para o time de Antonio Carlos Vendramini. O destaque do confronto, entretanto, foi o primeiro jogo, disputado no ginásio Valdemar Vlatkauskas. As comandas de Branca por pouco não tiraram a invencibilidade das rivais no torneio. O triunfo ourinhense só foi assegurado nos segundos finais com um arremesso da pivô Lígia. Resultado final, 73-72. No segundo duelo da série, foi restabelecida a ordem: 82-52.
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