sexta-feira, 20 de maio de 2005

Lesões de amigas dão alerta e Adrianinha, enfim, planeja férias

Marta Teixeira

São Paulo (SP) - O desejo era mesmo de levantar a taça, mas o plano acabou não se concretizando para o Penta Faenza de Adrianinha na final do Campeonato Italiano feminino de basquete. Quinta-feira, sua equipe foi superada pelo Famila Schio, de Cíntia Tuiú, que acabou ficando com o título. Apesar da ligeira desilusão pelo desfecho, a armadora comemora a boa campanha da equipe e, finalmente, faz planos para tirar férias restauradoras.
Desde o Mundial da China, em 2002, Adrianinha não sabe o que é ficar com tempo livre. Titular na seleção brasileira, participou de todos os torneios oficiais da equipe, além de disputar também o Campeonato Italiano. Antes disso, já vinha emendando temporadas no Brasil e nos Estados Unidos, atuando na WNBA.

Depois desta longa maratona, a armadora definiu que a prioridade agora é descansar. A decisão não foi fruto apenas do cansaço, mas também da prevenção. 'Essas contusões que aconteceram com as meninas foram um aviso, né', admite, referindo-se aos problemas das pivôs Kelly e Alessandra. A primeira teve uma lesão no joelho esquerdo e Alessandra passou por uma microcirurgia no pé esquerdo.

Adrianinha sabe que não pode dar bobeira por causa de seu histórico. Pouco antes dos Jogos de Atenas-2004, precisou submeter-se a uma cirurgia no dedo do pé esquerdo. 'Tenho um cisto, um calo ósseo', diz, insinuando que a situação ainda não está definida. Ela pode jogar na Grécia e seguiu normalmente para a temporada na Itália, mas hoje, um dia depois da final, foi parar no hospital. Os problemas não param por aí: 'Fui fazer um raio-x e constataram que tenho uma microfratura na mão direita'.

Ao Brasil, ela só deve retornar no início do próximo mês. Neste meio tempo, negocia a renovação de seu contrato com o Faenza. 'Tenho interesse em ficar aqui. Em time que está ganhando, não se mexe'. Enquanto permanece na Itália, Adrianinha não faz nem questão de passear muito. 'Só estou pensando em descansar, assistir televisão e voltar para casa'. Mas antes disso, ainda tem a saideira com as outras brasileiras que atuam na Europa.

'A Alessandra (Reyer Venezia) já vem para cá, a Flávia (Terra Sarda Alghero) também. Só quem está aqui sabe como é difícil estar longe de casa', explica. Eleita a melhor jogadora estrangeira na temporada passada, Adrianinha reconhece que as cobranças não são poucas sobre quem vem de fora. 'É uma pressão que sempre tem. Um peso nas costas, que a gente gosta de carregar, mas quando acaba é claro que dá um alívio'.

Mas como certos hábitos são difíceis de abandonar, Adrianinha não descarta completamente a possibilidade de reforçar alguma equipe no Brasil durante as férias. A estratégia não é inédita: Janeth já fez isso no intervalo entre uma WNBA e outra, Leila está fazendo isso pelo Santo André no Paulista e Adrianinha acha que até poderia considerar uma proposta deste tipo. 'Não houve contato nenhum até agora, mas quem sabe? Uma equipe como Ribeirão, que é perto da minha casa...'

Fonte: Gazeta Esportiva

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