LUTA E VITÓRIA EM TODAS AS CATEGORIAS
Em janeiro de 2005 foi realizado na cidade de Christchurch, Nova Zelândia, o 8º Campeonato Mundial Master de Basquete, no qual o Brasil foi representado em diversas categorias, inclusive uma feminina.
Tenho o prazer de conviver aqui em Recife com três das atletas que bravamente lutaram, não só dentro de quadra, para levar nosso esporte ao lugar honroso em que sempre deve estar.
Desta forma, pedi as "minhas amigas" Simone e Suely Roma a escreverem um artigo falando a respeito deste evento que muitos de nós, amantes do basquete feminino, sequer viemos a saber.
Peço que leiam com atenção e prestigiem essas Guerreiras, que assim como nós, lutamos pela sobrevivência desta nossa paixão.
Em janeiro de 2005 foi realizado na cidade de Christchurch, Nova Zelândia, o 8º Campeonato Mundial Master de Basquete, no qual o Brasil foi representado em diversas categorias, inclusive uma feminina.
Tenho o prazer de conviver aqui em Recife com três das atletas que bravamente lutaram, não só dentro de quadra, para levar nosso esporte ao lugar honroso em que sempre deve estar.
Desta forma, pedi as "minhas amigas" Simone e Suely Roma a escreverem um artigo falando a respeito deste evento que muitos de nós, amantes do basquete feminino, sequer viemos a saber.
Peço que leiam com atenção e prestigiem essas Guerreiras, que assim como nós, lutamos pela sobrevivência desta nossa paixão.
VITALIDADE E PAIXÃO PELO BASQUETE
Por Simone Roma
Desde 1991, os basqueteiros veteranos de todo o mundo têm um encontro marcado a cada dois anos, sempre em um país diferente, para a disputa dos World Maxibasketball Championships. São homens e mulheres amantes do "bola ao cesto" , que mantêm viva a paixão por esse esporte e permanecem em atividade mesmo depois de passada as fases áureas em que brilharam nas grandes equipes e seleções de suas cidades, seus estados e seus paises.
Os mundiais são organizados pela FIMBA - Federação Internacional Maxibasketball. As equipes são separadas em categorias com idades de cinco em cinco anos. Para os homens começam com 35+ e para mulheres com 30+ . Um atleta de mais idade pode participar de uma categoria mais jovem, mas o contrário não é permitido.
Neste ano de 2005, no período de 22 a 30 de janeiro, foram realizados na bela cidade de Christchurch, Nova Zelândia, os 8th World Maxibaskeball Championships, e o nosso País se fez presente em cinco categorias masculinas e uma feminina, obtendo excelentes resultados.
As pernambucanas Ceça e Simone Roma levando nossa bandeira no desfile da abertura
O basquete de veteranos já é bastante desenvolvido no Brasil, tanto no masculino quanto no feminino. Anualmente acontecem Campeonatos Nacionais e Regionais, sob o comando da FBBM - Federação Brasileira de Basquetebol Master, contando com a participação de Associações de quase todos os estados.
Ceça, Wandinha e a armadora Cátia assistindo suas companheiras jogarem
No setor masculino os brasileiros têm comparecido aos mundiais com regularidade desde os primeiros jogos, em 1991, na Argentina (faltaram apenas em 1993, em Las Vegas). Todavia, no feminino a primeira participação somente veio a ocorrer em 2003, no 7° Campeonato, em Orlando-USA, quando a Associação de Basquetebol de Veteranos do Rio de Janeiro - ABVRJ, através do seu Presidente, Benedicto Cícero Torteli, o Paulista, um bicampeão mundial de basquete pela seleção brasileira em 1962, decidiu incluir na delegação a equipe feminina da Associação, na categoria de 35+, então Tricampeã Brasileira. Isto foi possível em virtude do patrocínio geral obtido junto aos Correios e algumas outras empresas.
Suely Roma na marcação da finlandesa no jogo final
E valeu a pena, pois esta equipe feminina conseguiu brilhantemente o Título de Campeã. O grupo vitorioso incluía grandes atletas, algumas que antes haviam integrado seleções brasileiras, como Suzete (SP), as gêmeas Vânia e Vanira (SP), Ceça Vasconcelos (PE) e Joyce (PR), além de Bia (RJ), Aninha (RJ), Ana Regina (PE), Cátia (RJ) e Simone Roma (PE), tendo o comando do Técnico Michael Dietrich.
Silvana, Suely Roma e Cátia em momento de descontração
Registra-se que neste Campeonato o setor feminino incluiu disputas em cinco categorias, de 30+ a 50+, enquanto o Brasil foi representado apenas na categoria de 35+. Na final, o Brasil venceu a Eslovênia, ficando com a medalha de ouro, enquanto a Finlândia ficou com o terceiro lugar.
O time em um dos tempos pedidos na final contra a Finlândia
Para o 8° Campeonato, as "garotas" brasileiras esperavam comparecer com pelo menos duas categorias, mas os elevados custos da viagem para a distante Nova Zelândia logo desfizeram este sonho. Entretanto, permanecia a quase certeza de se poder repetir a participação de Orlando, com a categoria de 35+, quando nada para defender o título ali conquistado.
Nosso time:da esquerda para a direita -Cátia, Simone, Silvana, Suely, Ceça, Michael Dietrich (técnico) e Wandinha (em pé), e Bia (abaixada)
Porém, à medida que se aproximava o Campeonato, crescia a incerteza, porque desta vez não aparecia patrocínio. As passagens de avião estavam muito caras, cerca de US$ 2.500,00 cada uma. A ABVRJ solicitou que suas atletas procurassem viabilizar individualmente pelo menos parte dos custos.
Então, as pernambucanas Simone Roma e Ceça Vasconcelos, que já haviam sido campeãs em Orlando, e mais Suely Roma, conseguiram obter o patrocínio integral da CHESF - Companhia Hidro Elétrica do São Francisco. Mas a ABVRJ não obteve meios para bancar o restante da equipe e quando faltava menos de um mês para o início do Campeonato resolveu jogar a toalha, assumindo a decisão de que não poderia bancar a viagem. Foi ai que as pernambucanas insistiram e com a intermediação do Dr. Dilton da Conti, Presidente da CHESF, conseguiram que o Presidente da Eletrobrás, Dr. Silas Rendeau, assumisse o patrocínio daquela empresa para mais cinco atletas, possibilitando assim a formação de uma equipe com oito jogadoras, o número mínimo razoável para uma participação condigna. Então, o Presidente da ABVRJ convocou as atletas e designou o técnico Michael Dietrich.
Suely Roma no momento do lance livre
Note-se que isto somente foi definido às vésperas da viagem, depois de muitas marchas e contra-marchas. Cinco dias antes da data do embarque, ainda não se tinha certeza se a equipe ia ou não. Na verdade, a ABVRJ não pôde se representar no 8° Mundial e acabou agregando a sua equipe feminina ao grupo da AVEBESP - Associação de Veteranos de Basquetebol do Estado de São Paulo, que estava mandando duas equipes masculinas (55+ e 65+). O Brasil comparecia ainda com outras três equipes masculinas (45+, 50+ e 60+) sob a bandeira da FBBM - Federação Brasileira de Basquetebol Master, todos também com o patrocínio da Eletrobrás.
Lances do jogo final
A equipe feminina foi composta pelas cariocas Bia e Cátia, pelas pernambucanas Ceça, as irmãs Simone e Suely, pela maranhense Silvana, pela paulista Vandinha e pela pernambucana radicada em São Paulo Ana Regina. Apesar de todas as dificuldades, a participação das meninas brasileiras foi muito boa, por pouco não conseguindo o objetivo maior, que seria o bicampeonato. Ficaram com o honroso vice-campeonato, a medalha da prata, depois de perderem a final para Finlândia, pelo placar de 67x60, quando jogaram com apenas seis atletas, devido às contusões ocorridas nas atletas Ana Regina e Vandinha na partida da véspera. Nesta partida da fase de classificação, o Brasil havia vencido a mesma Finlândia pelo placar de 78x62, até com certa facilidade, chegando a colocar vantagem de 20 pontos. Porto Rico ficou com o bronze.
Lances do jogo final
Valeu o esforço de todos que compareceram. O campeonato foi excelente e a oportunidade de congraçamento e troca de experiências culturais e esportivas foi magnífica. Christchurch é uma cidade lindíssima e a Nova Zelândia, no dizer da nossa atleta pernambucana Suely Roma, é um paraíso.
Os 9th World Maxibasketball Championships já estão definidos e serão realizados em San Juan de Puerto Rico, em 2007. Desde já os planos são para que no setor feminino o Brasil se faça representar pelo menos com duas categorias. E certamente, mais uma vez, em busca de medalhas.
Lances do jogo final
A propósito, não seria demais registrar que em Christchusch, além das meninas, os rapazes brasileiros também conseguiram ótimos resultados: Campeões na categoria 45+, vice em 50+, 55+ e 60+ e terceiro lugar no 65+. Portanto, estão todos de parabéns.
Maiores informações, acessem o site da FIMBA - www.fimba.net
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