Unimep tem presença na A-1 ameaçada
Anúncio do fim time de Americana acende sinal vermelho para as equipes femininas do Estado de São Paulo; Ilda Borges e técnica Branca consideram cenário desolador
O anúncio do fim da equipe de basquete feminino de Americana, anteontem, é observado como desolador pela presidente da AD Unimep (Associação Desportiva da Universidade Metodista de Piracicaba), Ilda Borges Gonçalves, e pela técnica da Unimep, Maria Angélica Gonçalves, a Branca. "É preocupante porque a Federação Paulista de Basquete não toma providências em relação a situação dos clubes. O fim de um time significa dificuldades para a formação de seleções", disse Ilda.
A Unimed que mantinha o time de Americana divulgou que pretende centrar suas forças em projetos sociais e só ficará com os times de base, que contam com a participação de cerca de 500 garotas.
Outro problema citado por Ilda é quanto ao Campeonato Paulista da Série A-1 deste ano. A previsão era da presença de 11 times, mas informações extra-oficiais dão conta de que, além de Americana, Santos e Marília também estarão ausentes. "Santos e Marília não teriam condições financeiras. Do lado da Unimep, já conversamos com o elenco sobre o risco de também não participarmos", disse Ilda.
Para Ilda, somente um programa de incentivo fiscal deixará as empresas mais dispostas para investir nos esportes e evitando, assim, o encerramento de atividades de vários clubes em todo o país. A falta de recursos não só limita a contratação de atletas, mas também a infra-estrutura do clube. A Unimep, por exemplo, tenta patrocínio para participar da A-1 este ano. As inscrições terminam dia 14 e o campeonato está previsto para começar dia 19.
A presidente da AD Unimep descartou a possibilidade de absorver alguma atleta de Americana. Algumas jogadoras que deixaram o time já passaram pelas categorias de base da Unimep. São os casos de Cíntia, Lílian e Geisa –– todas já vestiram a camisa da seleção brasileira.
O GRUPO - As 13 jogadoras do elenco da Unimep retornaram aos treinos na segunda-feira. Nove jogadoras disseram que mesmo não participando da A-1 pretendem ficar na cidade porque elas têm direito a uma bolsa de estudo cada uma. A Unimep é atual vice-campeã paulista da A-2 de 2004, colocação que lhe garantiu vaga na A-1 deste ano.
Para Branca, o fim de um time de ponta vai dificultar ainda mais o contrato de patrocínio para outras equipes participarem da A-1, inclusive a Unimep. A desistência de Americana terá reflexos negativos para novos contratos empresariais, segundo Branca. A Unimep precisa de R$ 30 mil para se manter na A-1 –– já tem garantidos R$ 15 mil em apoios oficial, da Unimep e de uma empresa alemã.
Outra dificuldade no marketing esportivo é vencer o conceito de que projeto vitorioso é somente aquele em que o time é campeão. Branca explicou que quando um elenco não consegue títulos a tendência é que o patrocinador desista "para evitar a associação entre sua marca e a derrota".
Para a treinadora, o projeto de Americana foi vitorioso, mesmo com a equipe não levantando nenhum título. O time de Americana é o vice-campeão do Paulista e do Nacional de 2004. Se transformou no maior rival de Ourinhos pela hegemonia do basquetebol nacional. Chegou, inclusive, a disputar a Copa do Mundo, terminando na quinta colocação.
Fonte: Jornal de Piracicaba
Anúncio do fim time de Americana acende sinal vermelho para as equipes femininas do Estado de São Paulo; Ilda Borges e técnica Branca consideram cenário desolador
O anúncio do fim da equipe de basquete feminino de Americana, anteontem, é observado como desolador pela presidente da AD Unimep (Associação Desportiva da Universidade Metodista de Piracicaba), Ilda Borges Gonçalves, e pela técnica da Unimep, Maria Angélica Gonçalves, a Branca. "É preocupante porque a Federação Paulista de Basquete não toma providências em relação a situação dos clubes. O fim de um time significa dificuldades para a formação de seleções", disse Ilda.
A Unimed que mantinha o time de Americana divulgou que pretende centrar suas forças em projetos sociais e só ficará com os times de base, que contam com a participação de cerca de 500 garotas.
Outro problema citado por Ilda é quanto ao Campeonato Paulista da Série A-1 deste ano. A previsão era da presença de 11 times, mas informações extra-oficiais dão conta de que, além de Americana, Santos e Marília também estarão ausentes. "Santos e Marília não teriam condições financeiras. Do lado da Unimep, já conversamos com o elenco sobre o risco de também não participarmos", disse Ilda.
Para Ilda, somente um programa de incentivo fiscal deixará as empresas mais dispostas para investir nos esportes e evitando, assim, o encerramento de atividades de vários clubes em todo o país. A falta de recursos não só limita a contratação de atletas, mas também a infra-estrutura do clube. A Unimep, por exemplo, tenta patrocínio para participar da A-1 este ano. As inscrições terminam dia 14 e o campeonato está previsto para começar dia 19.
A presidente da AD Unimep descartou a possibilidade de absorver alguma atleta de Americana. Algumas jogadoras que deixaram o time já passaram pelas categorias de base da Unimep. São os casos de Cíntia, Lílian e Geisa –– todas já vestiram a camisa da seleção brasileira.
O GRUPO - As 13 jogadoras do elenco da Unimep retornaram aos treinos na segunda-feira. Nove jogadoras disseram que mesmo não participando da A-1 pretendem ficar na cidade porque elas têm direito a uma bolsa de estudo cada uma. A Unimep é atual vice-campeã paulista da A-2 de 2004, colocação que lhe garantiu vaga na A-1 deste ano.
Para Branca, o fim de um time de ponta vai dificultar ainda mais o contrato de patrocínio para outras equipes participarem da A-1, inclusive a Unimep. A desistência de Americana terá reflexos negativos para novos contratos empresariais, segundo Branca. A Unimep precisa de R$ 30 mil para se manter na A-1 –– já tem garantidos R$ 15 mil em apoios oficial, da Unimep e de uma empresa alemã.
Outra dificuldade no marketing esportivo é vencer o conceito de que projeto vitorioso é somente aquele em que o time é campeão. Branca explicou que quando um elenco não consegue títulos a tendência é que o patrocinador desista "para evitar a associação entre sua marca e a derrota".
Para a treinadora, o projeto de Americana foi vitorioso, mesmo com a equipe não levantando nenhum título. O time de Americana é o vice-campeão do Paulista e do Nacional de 2004. Se transformou no maior rival de Ourinhos pela hegemonia do basquetebol nacional. Chegou, inclusive, a disputar a Copa do Mundo, terminando na quinta colocação.
Fonte: Jornal de Piracicaba
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