quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

Novo ano, novas esperanças

Por Juarez Araújo - 11:55 - 05/01/2005


O ano de 2004 felizmente se foi. E para o basquete brasileiro bem que poderia ser anulado para sempre e não entrar em nossa rica história de conquistas e desafios vencidos. Foi um ano ruim, sem medalhas em Olimpíada, sem títulos e até fracassos nas categorias de base, além, é claro, de um Campeonato Nacional masculino sem infra-estrutura e um feminino ainda pior. Vem agora 2005, ano em que logo no início teremos uma eleição na Confederação Brasileira de Basquete e quem sabe uma mudança radical para voltarmos a sonhar com novas conquistas.

Um ano melhor

Quando cito que o ano de 2004 precisa ser esquecido pelo basquete brasileiro, volta na memória nossa triste participação no Pré-olímpico de Porto Rico (masculino), na participação brasileira no feminino na Olimpíada de Atenas. Sem, claro, esquecer dos títulos perdidos no Continente. Até o juvenil feminino conseguimos perder para a Argentina. O que fazer, meu Deus? A resposta e soluções não são tão simples assim.


Reestruturar o basquete brasileiro de baixo para cima. E isso não será uma missão fácil para os atuais dirigentes ou até mesmo uma eventual nova diretoria, caso seja eleita nas eleições no início do ano. O basquete brasileiro precisa de projetos, idéias novas aplicadas e metas para serem cumpridas. Entra ano, sai ano e vem campeonato e termina campeonato sem aquilo que chamamos de plano de ação no que se refere à busca de novos patrocinadores, novas equipes e atrair, principalmente, uma rede aberta de TV. O basquete brasileiro precisa começar do zero.


Durante quase todo o ano de 2004, poucas foram as ações feitas por clubes, federações e a Confederação Brasileira, que merecessem elogios para quem é crítico e acompanha o esporte. O basquete brasileiro, em todos os sentidos está precisando de uma mexida geral, até na cabeça dos jogadores. Recentemente, assistindo um programa de TV, fiquei pasmado com a declaração de um importantíssimo jogador do passado. Ele disse: “O problema do basquete brasileiro é que não é transmitido por redes abertas”. Ora meu Deus, não passa e não vai passar tão cedo porque não tem ídolos, não tem projetos, não tem planos de ação em qualquer segmento de um esporte sério e atraente.


O basquete que é – e isso estou cansado de repetir – o segundo esporte no mundo. Apenas no Brasil fica em planos secundários, perdendo prestígio para o organizado voleibol, etc... O nosso basquete, minha gente, vive de conquistas passadas. Vive nas mãos de amadores que vivem do esporte e não vivem para o basquete. Tá falado e tá dito.

De bandeja



• Vem aí as eleições da CBB, marcadas para o início de fevereiro. Três candidatos estão anunciando que irão brigar pelo cargo de presidência: Gerasime Bozikis, atual presidente, candidato natural à reeleição pela terceira vez, mais dois candidatos de oposição. O ex-técnico José Medalha, com a proposta Muda CBB e Hélio Barbosa, com algumas idéias que, colocadas em prática, devolverár o basquete brasileiro ao seu posto de esporte número dois do País. Doa a quem doer.


Fonte: AOL

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