Meninos, Eu Vi!
Já que eu não sou o técnico da seleção brasileira, que sabe tudo que acontece no mundo do basquete, mesmo não tirando o pé de Bauru, criei coragem hoje e rumei à São Caetano pra ver a primeira partida semifinal da Copa Café Com Leite.
Como o placar sugere, a vitória de Ourinhos sobre São Caetano por 69 a 57 não foi das coisas maravilhosas que esses olhos míopes já viram.
Me desculpem o humor negro, mas antes da partida começar, o locutor pediu um minuto de silêncio e no péssimo som ambiente, entendi que tinha morrido alguém na Confederação. Mas já dizia minha vó, que vaso ruim não quebra. Não, não era ele.
Mas voltemos à vaca fria: o jogo.
Ourinhos não jogou nenhum espetáculo. Nem São Caetano. Mas Ourinhos teve um ataque que lhe permitia algumas esporádicas quebras na defesa do time do casa, através de contra-ataques, gerados pela supremacia ourinhense nos rebotes (35 a 27) e pelos erros de São Caetano (24 a 13).
Ourinhos tem problemas. A armação é caótica, nervosa. Ana Flávia e Bethânia têm pouco pulso e pouco comandam o time. Saem numa correria desenfreada e inciam uma troca de bolas monótona no ataque, esperando que alguém parta para o chute. Nenhuma das duas convenceu. O jogo de cinco-contra-cinco de Ourinhos tá um Deus nos acuda. Em vários momentos, parece que as meninas de Vendramini estão jogando batata-quente e não basquete. É uma tensão no rosto, um saracutico de lá e uma sapituca de cá. Ufa! Janeth fez uma partida bem normalzinha, pontaria na casa dos 25%. Mas se segurou nos lances-livres (10/10). 16 pontos. Chuca segurou-se em quadra com seus rebotes (7) e recuperações (4), mas fez uma partida horrível no ataque. Lígia ainda faz umas jogadas de efeito, mas nada de muito animador. E completando o time titular, a eficiente Lisdeivi aproveitou bem os espaços, registrando 19 pontos e 7 rebotes. Do banco, a opção mais animadora é o esforço de Milene (8 pts, 6 rebs). Fernanda caiu na armadilha e fez uma partida burocrática, tentando lances de 3. Natálya e Lelê não mostraram a que vieram.
São Caetano tem mais problemas que Ourinhos, mas ainda assim seu jogo me agradou mais. A começar pela armação. Fabianna grita e sinaliza mais que suas adversárias na posição e tem uma visão de jogo privilegiada, que algumas de suas companheiras não acompanham. Todas suas 5 assistências foram belas. No último quarto, roubou uma bola de Janeth com maestria e deu um passe açucarado pra Aide. Mesmo muito marcada, Aide é uma bela jogadora. Consciente, esforçada, é o pilar do time. Foi a cestinha da partida, com 22 pontos. Outra boa surpresa nesse time é a jovem Loredana. Fez uma partida muito boa, é inteligente no ataque, e também enxerga bem o jogo. Com um pouco mais de sucesso nas infiltrações, podia ter mudado a história da partida (13 pontos). Kattynha continua tentando se equilibrar entre seus incríveis erros com os igualmente incríveis acertos. É uma jogadora que me agrada pela dedicação (9 pontos). Nos pivôs, o jogo de São Caetano se complicou. Maristela tentou ajudar as meninas Regiane (Nani) e Flávia, mas nenhuma delas decolou. E mesmo Sandra Leão não emplacou.
Assim, eu vi esse primeiro jogo. Um jogo em que os erros superaram os acertos. Um prenúncio que a temperatura dessas semifinais não deve aumentar muito.
No máximo, talvez alcance o calor de um cafézinho abandonado pela manhá em uma garrafa térmica... Sem Açúcar.
Já que eu não sou o técnico da seleção brasileira, que sabe tudo que acontece no mundo do basquete, mesmo não tirando o pé de Bauru, criei coragem hoje e rumei à São Caetano pra ver a primeira partida semifinal da Copa Café Com Leite.
Como o placar sugere, a vitória de Ourinhos sobre São Caetano por 69 a 57 não foi das coisas maravilhosas que esses olhos míopes já viram.
Me desculpem o humor negro, mas antes da partida começar, o locutor pediu um minuto de silêncio e no péssimo som ambiente, entendi que tinha morrido alguém na Confederação. Mas já dizia minha vó, que vaso ruim não quebra. Não, não era ele.
Mas voltemos à vaca fria: o jogo.
Ourinhos não jogou nenhum espetáculo. Nem São Caetano. Mas Ourinhos teve um ataque que lhe permitia algumas esporádicas quebras na defesa do time do casa, através de contra-ataques, gerados pela supremacia ourinhense nos rebotes (35 a 27) e pelos erros de São Caetano (24 a 13).
Ourinhos tem problemas. A armação é caótica, nervosa. Ana Flávia e Bethânia têm pouco pulso e pouco comandam o time. Saem numa correria desenfreada e inciam uma troca de bolas monótona no ataque, esperando que alguém parta para o chute. Nenhuma das duas convenceu. O jogo de cinco-contra-cinco de Ourinhos tá um Deus nos acuda. Em vários momentos, parece que as meninas de Vendramini estão jogando batata-quente e não basquete. É uma tensão no rosto, um saracutico de lá e uma sapituca de cá. Ufa! Janeth fez uma partida bem normalzinha, pontaria na casa dos 25%. Mas se segurou nos lances-livres (10/10). 16 pontos. Chuca segurou-se em quadra com seus rebotes (7) e recuperações (4), mas fez uma partida horrível no ataque. Lígia ainda faz umas jogadas de efeito, mas nada de muito animador. E completando o time titular, a eficiente Lisdeivi aproveitou bem os espaços, registrando 19 pontos e 7 rebotes. Do banco, a opção mais animadora é o esforço de Milene (8 pts, 6 rebs). Fernanda caiu na armadilha e fez uma partida burocrática, tentando lances de 3. Natálya e Lelê não mostraram a que vieram.
São Caetano tem mais problemas que Ourinhos, mas ainda assim seu jogo me agradou mais. A começar pela armação. Fabianna grita e sinaliza mais que suas adversárias na posição e tem uma visão de jogo privilegiada, que algumas de suas companheiras não acompanham. Todas suas 5 assistências foram belas. No último quarto, roubou uma bola de Janeth com maestria e deu um passe açucarado pra Aide. Mesmo muito marcada, Aide é uma bela jogadora. Consciente, esforçada, é o pilar do time. Foi a cestinha da partida, com 22 pontos. Outra boa surpresa nesse time é a jovem Loredana. Fez uma partida muito boa, é inteligente no ataque, e também enxerga bem o jogo. Com um pouco mais de sucesso nas infiltrações, podia ter mudado a história da partida (13 pontos). Kattynha continua tentando se equilibrar entre seus incríveis erros com os igualmente incríveis acertos. É uma jogadora que me agrada pela dedicação (9 pontos). Nos pivôs, o jogo de São Caetano se complicou. Maristela tentou ajudar as meninas Regiane (Nani) e Flávia, mas nenhuma delas decolou. E mesmo Sandra Leão não emplacou.
Assim, eu vi esse primeiro jogo. Um jogo em que os erros superaram os acertos. Um prenúncio que a temperatura dessas semifinais não deve aumentar muito.
No máximo, talvez alcance o calor de um cafézinho abandonado pela manhá em uma garrafa térmica... Sem Açúcar.
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