quarta-feira, 18 de junho de 2003

Vice-campeãs juvenis buscam título como adultas em Equador
Marta Teixeira


Barbosa reedita equipe de 1996 para buscar o 19º título do torneio
São Paulo (SP) - A seleção brasileira feminina de basquete embarcou nesta quarta-feira para o Equador, onde disputa a 28ª edição do Campeonato Sul-americano. O grupo busca seu 19º título, o oitavo consecutivo e o técnico Antônio Carlos Barbosa está apostando em uma receita antiga, que já deu bom resultado. Para o torneio na cidade de Lojas, Barbosa está levando praticamente a mesma equipe que conquistou o vice-campeonato sul-americano juvenil em 1996, disputado na capital Quito.
'A base do grupo é quase a mesma, com Adrianinha, Kelly, Cristina, Mamá, Geisa e Micaela', diz Barbosa, que embarcou confiante. A evolução do grupo ficou evidente dois meses depois do Sul-americano, quando a mesma equipe foi campeã da Copa América, derrotando os Estados Unidos, em Cancún, México. Como adultas, algumas conseguiram medalha olímpica em Sydney-2000 (Adrianinha e Kelly), títulos da Copa América (Kelly em 1997 e 2001, Geisa e Mamá em 2001) e até do Sul-americano, (Adrianinha em 99 e 2001, Kelly em 99 e Geisa, Micaela e Mamá em 2001). Mas agora, elas têm a chance de completar o serviço no Equador.

As adversárias estão um pouco diferentes, mas a confiança das brasileiras permanece igual, como afirma Adrianinha. Com pouco menos de uma semana de treino com a seleção, foi uma das últimas a se juntar ao grupo porque disputava a final do Campeonato Paulista, a armadora diz que o trabalho de preparação foi muito bom, o que reforça a confiança. 'Foi positivo não só para o Sul-americano, mas também para as outras competições. É um grupo que já se conhece, por isso a preparação foi tranqüila'.

Para o técnico Barbosa, os treinos em Ribeirão foram muito mais produtivos que os realizados do Mundial do ano passado. 'O crescimento (qualitativo) foi total. Voltamos à situação das Olimpíadas de 2000, quando a maioria (das convocadas) estava aqui e a minoria lá fora', comemora.

O Brasil estréia no Sul-americano domingo, enfrentando o Chile e não espera grandes desafios na primeira partida, apesar de saber pouco sobre este e outros oponentes. 'Conhecemos as equipes de dois anos atrás. Não temos informações muito atualizadas', admite o treinador. Mesmo assim, a preocupação maior continua sendo com a Argentina, adversária da próxima quarta-feira.


Barbosa diz que torneio é chance de reafirmação para atletas
Marta Teixeira

São Paulo (SP) - Nenhuma das 12 jogadoras selecionadas pelo técnico da seleção brasileira feminina de basquete Antonio Carlos Barbosa para o Sul-americano de Lojas é novata na equipe. Praticamente todas já disputaram e conquistaram pelo menos um título com o time adulto, as exceções são as alas Jacqueline e Cristina. Mas isto não significa que o grupo que embarcou nesta quarta-feira para o Equador não esteja em busca de seu lugar ao sol.
Para muitas, esta é a grande chance de mostrar seu potencial e provar que pode continuar na equipe nos próximos torneios. 'Tirando (Cíntia) Tuiú, Adrianinha e Kelly todas as outras ainda estão buscando se firmar na seleção', explica Barbosa. 'São jogadoras que têm ido para a seleção, mas sem constância', destaca.

É o caso de Cristina, que teve passagens pela seleção cadete e juvenil, mas ainda não conseguiu uma vaga no time principal. Destaque do Unimed/Ourinhos/Pão de Açúcar no último Campeonato Paulista, a jogadora está consciente de que esta pode ser sua chance de ouro. 'Estou feliz por ter sido convocada e cada campeonato é uma oportunidade. Espero fazer uma grande temporada', afirma a ala.

'É o momento de testar', diz o treinador. 'Vamos dar a oportunidade das jogadoras se reafirmarem', resume Barbosa, reafirmando a principal preocupação de seu trabalho com o grupo 'aumentar a base da seleção'.

Na opinião de Barbosa, Jacqueline é um exemplo que se enquadra nesta categoria. 'É uma jogadora de grande potencial, que agora tem uma grande oportunidade', explica o treinador, referindo-se à jogadora que atuou quatro anos nos Estados Unidos e, na última temporada, defendeu o Tenerife, na Espanha. Na mesma categoria ele coloca também Vivian, Cristina e Chuca.

'Para algumas atletas, o caminho até a seleção é mais árduo. Não por falta de talento delas, mas por mérito das outras. É uma série de circunstâncias que retardam sua chegada'.


Fonte: Gazeta

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