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Sul-americano é primeiro passo para Atenas-2004
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - O início dos treinos para o Campeonato Sul-americano feminino de basquete marca o começo da caminhada da equipe para os Jogos Olímpicos de Atenas-2004, deixa claro o presidente da Confederação Brasileira (CBB), Gerasime Bozikis, o Grego. A seleção apresentou-se nesta segunda-feira em São Paulo e começa a treinar terça, em Ribeirão Preto.
O Sul-americano, de 22 a 28 de junho, no Equador, é o primeiro torneio da programação, que vai culminar com a disputa do Pré-olímpico, em setembro, no México. As brasileiras terão que lutar pela única vaga restante para o Continente Americano nos Jogos de Atenas.
Até o Pré-olímpico, a seleção tem um longo caminho, com várias competições para se aprimorar. 'Vamos disputar todos (os torneios) para ganhar. Uma competição está sempre preparando para outra e nos outros (torneios) estaremos com tempo maior para trabalhar', diz o técnico Antonio Carlos Barbosa. Além dos torneios principais (Sul-americano, Pan-americano e Pré-olímpico), a seleção terá duas competições internacionais no calendário.
Em julho (no Brasil) e agosto (na Rússia), a seleção brasileira enfrenta a Rússia. 'Será a primeira vez que as russas virão jogar aqui', destaca Barbosa. No início de setembro, o grupo vai para a Espanha disputar outra competição, tudo como preparatório para o Pré-olímpico.
Alessandra fica fora do Sul-americano
Enquanto a seleção joga no Equador, a pivô Alessandra treinará no Brasil
São Paulo (SP) - A pivô Alessandra é ausência certa na seleção brasileira feminina de basquete que disputará o Campeonato Sul-americano no Equador, entre os dias 22 e 29 deste mês. A jogadora passou por uma cirurgia para retirada de pedras na vesícula e durante o período do torneio ficará treinando no Brasil.
'Tive um problema renal e precisei ser operada', explica a pivô, que ainda não sabe quanto tempo demorará sua recuperação. A cirurgia foi feita há 15 dias e, nesta terça-feira, ela retorna ao médico para uma nova avaliação. 'Ainda estou com os pontos, 13, amanhã (terça) ele vai ver se pode tirar'.
O problema renal surgiu quando ela ainda estava na Hungria, onde defendeu o Gysenorsi-Euroleasing Sopron na última temporada. Quando chegou ao Brasil, os médicos diagnosticaram também uma nefrite (inflamação nos rins).
Segundo a jogadora, os médicos disseram que várias causas podem ter provocado a crise renal, entre elas o calendário puxado da atleta. Pelos cálculos da própria Alessandra, há seis anos ela não tira férias e tem emendado compromissos em clubes com a programação da seleção.
'Em qualquer equipe colocam ela para jogar logo no dia seguinte', ressalta o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Bozikis, o Grego. 'Uma pivô de 2,01m ninguém quer desperdiçar'.
Mas a interrupção no calendário de torneios não significa folga para a atleta. Alessandra fica fora do Sul-americano, mas permanecerá treinando com a seleção Sub-21, que se prepara para o Mundial da Croácia, em julho. Para o técnico do Sub-21, Paulo Bassul, que também é assistente da equipe adulta, a mudança nos planos será benéfica também para o time de base.
'Imagine ter um sparring como ela?', pergunta animado. 'A Alessandra só tem a acrescentar ao grupo, que poderá enfrentar uma jogadora com um nível que não será encontrado no Mundial'. Os treinos do Sub-21 começam daqui a duas semanas, em Americana (SP).
Barbosa inicia treinos para o Sul-americano com oito atletas
Marta Teixeira
São Paulo (SP) - O técnico da seleção brasileira feminina de basquete, Antonio Carlos Barbosa, começa a trabalhar nesta terça-feira com oito das 18 jogadoras convocadas para o Campeonato Sul-americano no Equador. A equipe, que se apresentou nesta segunda-feira, em São Paulo, treinará no Centro de Treinamento do COC, em Ribeirão Preto, até o embarque para a cidade de Lojas, dia 18.
O grupo inicial de trabalho de Barbosa conta com Kátia Regina, Mamá, Érika, Leila, Chuca, Renata, Vivian e Jacqueline Godoy. A pivô Kelly, que chegou quinta-feira da França, junta-se ao grupo apenas na próxima segunda-feira. Outras oito jogadoras - Cíntia Tuiú, Adrianinha, Ega, Cae, Lilian, Geisa (Unimed/Americana) e Silvinha e Cristina (Unimed/Ourinhos/Pão de Açúcar) - finalistas do Campeonato Paulista, só se apresentam depois da decisão, que pode se estender até dia 12. A única sem data exata de incorporação é a pivô Alessandra, que foi operada da vesícula e aguarda liberação médica para treinar.
Apesar dos contratempos, o técnico Barbosa deixa claro que a situação é melhor que a enfrentada no último Mundial, no qual as últimas atletas só se uniram à seleção na semana do torneio. 'Agora temos que administrar como vamos ordenar a organização da equipe', explica Barbosa, que pretende dedicar a primeira semana à preparação individual e física das atletas.
Na prática, o técnico poderá ter apenas uma semana de treino com o grupo completo. 'Vamos ficar com o tempo apertado aqui (no Brasil) porque tivemos de antecipar a viagem para o Equador por causa da altitude', diz. Com esta situação, Barbosa considera que o repatriamento das estrangeiras feito pela Confederação Brasileira de Basquete chegou em boa hora.
'Das oito que queríamos, conseguimos ficar com cinco. Se não fosse assim, as dificuldades seriam grandes até para o Sul-americano', revela o treinador, pensando nos outros compromissos da temporada (Jogos Pan-americanos e Pré-Olímpico) e lembrando o que aconteceu na edição de 1991 do torneio. 'Tínhamos apenas três jogadoras, Adrianinha, Silvinha e Adriana Santos, com mais experiência'. O resultado foi que, apesar do garantir o título, o Brasil enfrentou grandes dificuldades para vencer os dois jogos contra a seleção argentina.
Até o embarque para Equador, Barbosa fará seis cortes no grupo. Dois estão definidos. A ala/pivô Leila fica fora do torneio, porque está voltando a ativa agora, depois de quatro anos sem jogar. A pivô Alessandra será poupada, para poder se recuperar completamente da cirurgia. Outra incerteza é a pivô Érika. Ela também faz parte da seleção Sub-21, que disputará o Mundial da categoria na Croácia.
'Temos que avaliar a situação para ver se (ela) fica treinando com o Sub-21 ou vai para o Sul-americano', completa Barbosa, que faz questão de deixar claro uma coisa. 'Esta convocação é para o Sul-americano. Posso acrescentar ou tirar nomes para os próximos torneios'.
Altitude antecipa embarque para o Equador
Marta Teixeira
Seleção viaja antes para evitar surpresas com a altitude
São Paulo (SP) - A seleção brasileira feminina de basquete vai encurtar o período de preparação no Brasil para se adaptar melhor à altitude da cidade de Loja, no Equador, onde será disputado o Campeonato Sul-americano. O torneio começa dia 22 e as brasileiras embarcam quatro dias antes. O treino no Brasil tem início nesta terça-feira.
A preocupação do técnico Antonio Carlos Barbosa é habituar as atletas às reações físicas provocadas pela altitude da cidade (aproximadamente 2.200m acima do nível do mar), localizada na região Sul do país. 'O regulamento nos permite chegar antes e vamos aproveitar para treinar lá', diz Barbosa.
Em altitudes elevadas os indivíduos podem apresentar reações diversas, que vão desde a clássica falta de ar, até sangramento no nariz, dor-de-cabeça ou perda de consciência. As brasileiras ficam no Equador até dia 29.
Segundo a Confederação Brasileira de Basquete (CBB), o calendário do evento ainda não está definido. Quatro seleções estão confirmadas (Brasil, Venezuela, Equador e Argentina) e outras duas devem se juntar ao grupo.
Argentinas são a preocupação de Barbosa
Marta Teixeira
Barbosa atento à evolução da equipe argentina
São Paulo (SP) - Desde 1986 a seleção brasileira feminina adulta de basquete está invicta em confrontos contra países sul-americanos. Apesar disso, o técnico Antonio Carlos Barbosa não esconde que a equipe Argentina tem se tornado uma preocupação maior a cada dia e deve dar muito trabalho no Campeonato Sul-americano, que será disputado de 22 a 28 de junho, no Equador.
'É uma competição de um jogo só. Com a Argentina é um jogo complicado, porque há várias atletas da seleção atuando no exterior', diz Barbosa. Ele justifica a precaução com a equipe argentina, lembrando suas últimas atuações em torneios internacionais. 'Elas eliminaram o Canadá em dois mundiais'.
Para completar, no Sul-americano de 1991 o Brasil teve trabalho para passar por estas adversárias. No primeiro jogo, a vantagem foi de apenas três pontos no marcador (84 a 81), diferença que subiu para quatro pontos na final (94 a 90). 'A Argentina é um time de qualidade e que vem crescendo a cada ano'.
Fonte: Gazeta Esportiva
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